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sexta-feira, abril 28, 2006

Receita Federal desarticula esquema de fraude ao IR em Florianópolis




Fonte:



Por Redação do IDG Now!
Publicada em 28 de abril de 2006 às 15h02


São Paulo – Dupla de mãe e filho faturou 750 mil reais, nos últimos três anos, com esquema de restituições de imposto falsas.

Investigações iniciadas em abril levaram a uma operação conjunta entre a Receita Federal e a Polícia Federal nesta sexta-feira (28/04), que desbaratou esquema de tentativa de fraude ao Imposto de Renda pela internet.

O esquema tentou fraudar a Receita Federal em 2005 com centenas de declarações falsas, que apresentavam indevidamente em média 1,5 mil cada de imposto a restituir.

As declarações foram enviadas pela internet, utilizando nomes de diversos contribuintes desavisados dos fatos, de diversas regiões fiscais.

A ação tinha como mentores duas pessoas, mãe e filho, já identificados pela Polícia. Para identificar os autores do esquema, a Receita monitorou em tempo real as entregas das declarações de IRPF deste exercício de 2006, observando o início das operações no começo de março.

A fraude utilizou a mesma lista de contribuintes do exercício de 2005. Observou-se ainda que a seqüência de envio pela internet coincidia, em muitos momentos, com a mesma ordem de envio das declarações de 2005, bem como na média de valores de imposto a restituir.

Os mandados de busca judiciais cumpridos em dois endereços residenciais, em Florianópolis e São José (Santa Catarina), resultaram na apreensão de centenas de cartões de crédito e bancários, além de cédulas de identidade originais, preparadas para colocação de fotos dos estelionatários envolvidos.

Na ação integrada também foi apreendida agenda completa de todos os nomes e CPFs utilizados na fraude, com os respectivos valores das restituições indevidamente pleiteadas. A fraude é estimada em 750 mil reais, nos últimos três anos.



Yahoo é implicado em prisão de escritor político na China




Fonte:



Por Steven Schwankert, para o IDG Now!*
Publicada em 28 de abril de 2006 às 10h54


Pequim - Em menos de três meses, é a segunda vez que o Portal é acusado de fornecer informações digitais sobre ativistas para a repreensão do governo.

A subsidiária do Yahoo em Hong Kong forneceu informações para autoridades chinesas que levaram à prisão do escritor Wang Xiaoning por acusações de incitar a subversão, disse um grupo de direitos humanos nesta sexta-feira.

Wang foi sentenciado a 10 anos de prisão em setembro de 2003, por ter participado da redação e distribuição dos textos pela internet. O caso só veio à tona recentemente, de acordo com os Direitos Humanos da China, um grupo localizado, ironicamente, em Nova York.

Entre as evidências citadas no julgamento contra Wang está a informação de que a Yahoo Holdings afirmou que o grupo de discussão "aaabbbccc”, criado pelo escritor pelo portal, foi formulado usando o endereço de e-mail bxoguh@yahoo.com.cn localizado na China.

A subsidiária de Hong Kong também confirmou que o endereço ahqq@yahoo.com.cn, pelo o qual Wang mandou mensagens para o grupo, era uma conta baseada na China, de acordo com o órgão.

O julgamento, levado à Primeira Corte de Intermédio Popular de Pequim, não indicou se o Yahoo Holding ou o Yahoo China especificamente revelaram a identidade de Wang para autoridades chinesas, disse a organização. O Yahoo China opera dentro do portal Alibaba.com desde o ano passado, mas não estava no país quando Wang foi sentenciado.

Portas-vozes do Yahoo na China e em Hong Kong não responderam imediatamente aos pedidos de comentário na sexta-feira. A companhia também disse no passado que tem que concordar com as leis locais.

Esta é a segunda vez em três meses que o Yahoo vem sendo implicado na prisão de um escritor político na China. Em fevereiro, a organização de jornalismo francesa Repórteres sem Fronteiras, disse que o portal ofereceu informações sobre um e-mail usado por Li Zhi, um ativista político e ex-oficial do governo chinês condenado a oito anos de cadeia.

A polícia pode ter identificado Li usando seu endereço de e-mail para encontrar seu endereço IP e sua localização, disse a organização.

A China julga ativistas políticos que distribuem material antigovernamental por e-mail ou em páginas online.

*Steven Schwankert é editor do IDG News Service, em Pequim.


Empregado Doméstico




Fonte:





Lúcia Helena Briski Young


Bacharela em Direito, com especialização em Direito Tributário. Contadora, com especialização em Auditoria e Controladoria Interna. Administradora, com especialização em Gestão Empresarial e Direito. Instrutora/palestrante de cursos tributários. Responsável Técnica pelo Boletim "Atualidades Tributárias Juruá", Autora de livros tributários pela Juruá Editora. Membro Honorário do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário - IBPT. Membro Consultivo da Associação Paulista de Estudos Tributários - APET.
Email: luciayoung@terra.com.br




Base Legal

» Lei 5.859, de 11.12.1972.
» Decreto 71.885, de 09.03.1973.
» Lei 10.208, de 23.03.2001.
» Decreto 3.361, de 10.02.2000.
» Constituição Federal, art. 7º, parágrafo único.

Conceito

Empregado doméstico é a pessoa física que presta serviços de natureza contínua, subordinada e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, recebendo salário por isso.

O empregado doméstico deverá ter as seguintes características:

a) empregado ser pessoa física;
b) impessoalidade;
c) prestar serviços com habitualidade;
d) subordinação;
e) o empregador sem finalidade lucrativa;
f) trabalho realizado na residência do empregador;
g) serviço prestado remunerado.

Podemos citar como exemplos de empregados domésticos: copeira, babá, cozinheira, mordomo, governanta, jardineiro, enfermeira doméstica, empregado que presta serviços em chácaras, vigia de residências particulares, motorista, arrumadeira, passadeira de roupas, caseiro, etc.

Prestar atenção, no caso de empregados que prestam serviços em chácaras de lazer são considerados empregados domésticos. Porém, caso a chácara possua finalidade lucrativa (agropecuária, por exemplo), o empregado será considerado rural.

Outro detalhe: a lei estabelece que o serviço seja prestado no âmbito residencial do empregador, porém, no caso do motorista, ele presta serviços para o âmbito residencial, e mesmo assim, é considerado empregado doméstico.

Caso o empregado auxilie no serviço lucrativo do empregador ou em havendo atividade econômica, ficará descaracterizada a figura do empregado doméstico.

Documentação para Admissão

Para a ocorrência da admissão ao emprego deverá o empregado doméstico apresentar:

I - Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS;

II - Atestado de boa conduta, que na prática são as famosas "referências";

III - Atestado de saúde, a critério do empregador.

Férias

O empregado doméstico terá direito a férias anuais remuneradas de 20 (vinte) dias úteis, após cada período de 12 (doze) meses de trabalho, prestado à mesma pessoa ou família.

FGTS

É facultada a inclusão do empregado doméstico no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, de que trata a Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, mediante requerimento do empregador, a partir da competência março do ano 2000.

Tal faculdade foi instituída pela Lei 10.208, de 2001.

Efetivado o primeiro depósito na conta vinculada, o empregado doméstico será automaticamente incluído no FGTS.

Lembrar que a inclusão do empregado doméstico no FGTS é irretratável com relação ao respectivo vínculo contratual e sujeita o empregador às obrigações e penalidades previstas na Lei 8.036, de 1990.

Seguro Desemprego

O empregado doméstico que for dispensado sem justa causa fará jus ao benefício do seguro-desemprego, de que trata a Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, no valor de um salário mínimo, por um período máximo de três meses, de forma contínua ou alternada, conforme previsão na Lei 10.208, de 2001.

Porém, o benefício será concedido ao empregado inscrito no FGTS que tiver trabalhado como doméstico por um período mínimo de quinze meses nos últimos vinte e quatro meses contados da dispensa sem justa causa.

Considera-se justa causa as hipóteses previstas no art. 482, com exceção das alíneas "c" e "g" e do seu parágrafo único, da Consolidação das Leis do Trabalho, quais sejam:
  • "Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador:

    a) ato de improbidade;
    b) incontinência de conduta ou mau procedimento;
    c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço;
    d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena;
    e) desídia no desempenho das respectivas funções;
    f) embriaguez habitual ou em serviço;
    g) violação de segredo da empresa;
    h) ato de indisciplina ou de insubordinação;
    i) abandono de emprego;
    j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
    k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
    l) prática constante de jogos de azar.
    Parágrafo único - Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado a prática, devidamente comprovada em inquérito administrativo, de atos atentatórios à segurança nacional. (Parágrafo incluído pelo Decreto-lei nº 3, de 27.1.1966)"


Para se habilitar ao benefício, o trabalhador deverá apresentar ao órgão competente do Ministério do Trabalho e Emprego:

I - Carteira de Trabalho e Previdência Social, na qual deverão constar a anotação do contrato de trabalho doméstico e a data da dispensa, de modo a comprovar o vínculo empregatício, como empregado doméstico, durante pelo menos quinze meses nos últimos vinte e quatro meses;

Na contagem do tempo de serviço citado, serão considerados os meses em que foram efetuados depósitos no FGTS em nome do trabalhador como empregado doméstico, por um ou mais empregadores.

Neste caso, considera-se um mês de atividade a fração igual ou superior a quinze dias.

II - termo de rescisão do contrato de trabalho atestando a dispensa sem justa causa;

III - comprovantes do recolhimento da contribuição previdenciária e do FGTS, durante o período referido no inciso I, na condição de empregado doméstico;

IV - declaração de que não está em gozo de nenhum benefício de prestação continuada da Previdência Social, exceto auxílio-acidente e pensão por morte; e

V - declaração de que não possui renda própria de qualquer natureza suficiente à sua manutenção e de sua família."

O seguro-desemprego deverá ser requerido de sete a noventa dias contados da data da dispensa.

Observar que novo seguro-desemprego só poderá ser requerido a cada período de dezesseis meses decorridos da dispensa que originou o benefício anterior.

Horas Extras

Não cabem as disposições referentes a horas extras para os empregados domésticos.

Salário Família

Não cabem as disposições referentes ao salário família para os empregados domésticos, em virtude de que a jornada de trabalho dos mesmos não é limitada por lei, e igualmente pela Constituição Federal.

Assistência na Rescisão Contratual

Segundo o art. 3º, da Instrução Normativa SRT/MTE 3/2002, não é devida a assistência à rescisão em que figure o empregador doméstico, ainda que optante pelo FGTS.

13º Salário

É devido ao empregado doméstico o pagamento do 13º salário, sendo que a primeira parcela deverá ser paga entre fevereiro e novembro de cada ano e a segunda até 20 de dezembro. Porém, não há qualquer impeditivo legal de o pagamento ser efetuado em um único pagamento, até 30 de novembro.

O empregado doméstico tem direito ao 13º salário, com base em 1/12 avos da remuneração integral relativa ao mês de dezembro por mês de serviço do ano correspondente, sendo considerado mês integral a fração igual ou superior a 15 dias de trabalho.

Saliente-se que, o empregador doméstico optante pelo depósito mensal do FGTS em conta vinculada em nome do empregado doméstico também deverá fazê-lo sobre a parcela referente ao 13º salário.

Ainda, o 13º salário pertinente ao período em que a empregada doméstica estiver afastada em virtude da licença maternidade deverá ser pago pela Previdência Social sob a denominação "abono anual".

Benefícios Constitucionais

Segundo o art. 7º, parágrafo único, da CF/88 são os seguintes os benefícios concedidos aos empregados domésticos:

a) salário mínimo;
b) irredutibilidade salarial;
c) repouso semanal remunerado;

Nota: Cabe observar que no caso de empregado mensalista, o repouso semanal remunerado já está incluso no salário.

d) férias anuais com gratificação de 1/3;
e) licença gestante de 120 dias;

Nota:A remuneração é paga pela Previdência Social, conforme previsão na Lei 8.213, de 24.07.1991, art. 71.
  • "Art. 71. O salário-maternidade é devido à segurada da Previdência Social, durante 120 (cento e vinte) dias, com início no período entre 28 (vinte e oito) dias antes do parto e a data de ocorrência deste, observadas as situações e condições previstas na legislação no que concerne à proteção à maternidade." (redação dada pelo art. 1º da Lei 10.710, de 05.08.2003)

    Comentário:
    Segundo o art. 93 do Regulamento da Previdência Social, com redação dada pelo Decreto 3.668, de 22.11.2000, em casos excepcionais, os períodos de repouso anterior e posterior ao parto podem ser aumentados de mais duas semanas, mediante atestado médico específico.
    O parto é considerado com o nascimento ocorrido a partir da 23ª semana de gestação, inclusive natimorto.
    Na hipótese de aborto não criminoso, comprovado mediante atestado médico, a segurada terá direito ao salário-maternidade correspondente a duas semanas.

    Importante:
    Para a empregada doméstica não há estabilidade para gestante, e virtude da restrição do art. 7º, inciso I e parágrafo único, da CF/88. Portanto, a empregada doméstica possui direito à licença gestante, mas não à garantia de emprego (proteção contra dispensa arbitrária ou sem justa causa).



f) licença-paternidade;

Nota: Conforme art. 10, § 1º, das Disposições Transitórias da Constituição Federal de 1988, a licença-paternidade corresponderá a 5 dias, sendo paga pelo empregador.

g) aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de 30 dias;

h) benefícios previdenciários (Lei 8.212, de 24.07.1991, art. 12, alínea "f", inciso II);

i) aposentadoria.

Consolidação das Leis do Trabalho - CLT

A CLT não se aplica ao empregado doméstico, conforme dispõe o art. 7º, alínea "a", da mesma.

Súmula TST

Reza a Súmula TST 377: "Preposto. Exigência da condição de empregado. Exceção na hipótese de empregado doméstico. Trabalhador doméstico. CLT, art. 843, § 1º."

Notícias do TRT

Cuidava de chácara, mas não era empregado

Publicado em 7 de Fevereiro de 2006 às 16h44
  • Trabalhador que tem liberdade pessoal para cumprir suas atividades, sem interferência por parte da pessoa que o contratou, não pode ser considerado empregado. Esse é o entendimento unânime da 5ª Câmara do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região - Campinas/SP.
    Contratado para cuidar de uma chácara, o trabalhador entrou com reclamação na Vara do Trabalho de São Sebastião, pedindo que fosse reconhecido o vínculo empregatício com a proprietária do imóvel. Em suma, o trabalhador pediu que a Justiça do Trabalho lhe concedesse registro na carteira de trabalho, com salário, férias, 13º salário, entre outros.

    Condenada em 1ª instância, a suposta empregadora recorreu ao TRT. Segundo alegou, a chácara é para fins-de-semana, pois mora a 250km do local, o que a impedia de fiscalizar o trabalho do contratado. Diante disso, pediu a reforma da sentença proferida pela vara trabalhista, isentando-a do vínculo empregatício.

    Segundo o relator do recurso, Juiz Lorival Ferreira dos Santos, o próprio trabalhador admitiu que era ele quem determinava os dias e horários de trabalho, pois não era fiscalizado, além de, às vezes, ser substituído por parentes. Lorival ainda esclareceu que as ferramentas de trabalho eram do próprio trabalhador e que suas atividades se limitavam ao quintal da propriedade, já que sequer possuía as chaves da casa.

    "É forçoso concluir pela inexistência de vínculo empregatício, já que o trabalhador tinha absoluta liberdade pessoal para cumprir as atividades ajustadas com a ré, na medida em que não se submetia a horário prefixado ou havia qualquer fiscalização na forma de execução de seus serviços, podendo, inclusive, ser substituído por parente próximo", fundamentou Lorival.

    Para o magistrado, não pode ser mantido o vínculo empregatício, pois o trabalho autônomo se configura quando há liberdade de iniciativa e ação do trabalhador, que atua como patrão de si mesmo, com poderes de organização do trabalho. Para concluir, Lorival deu provimento ao recurso, restando improcedente a ação trabalhista. Processo nº 00705-2004-121-15-00-6 ROPS

    Fonte: Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região




Fonte: Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul.
27/04/2006







Ao fazer referência a esta obra, utilize o seguinte formato:
(de acordo com a norma da ABNT NBR6023-2002)

YOUNG, Lúcia Helena Briski. Empregado Doméstico. Jus Vigilantibus, Vitória, 27 abr. 2006. Disponível em: . Acesso em: 28 abr. 2006.


Bonavides: só mobilização nacional barra invasão da Amazônia




Fonte:




Nota: Em toda a internet a informação de Internacionalização da Amazônia é considerada com sendo um Hoax. Por que um dos maiores e mais respeitados mestres do Direito Constitucional em atividade no País, o jurista Paulo Bonavides vem reforçar esse assunto?

Mas o que é Hoax? É embuste, numa tradução literal, ou uma mensagem cujo conteúdo é "alarmante". A definição mais real sobre hoax é que é um vírus social, que utiliza a boa fé das pessoas para se reproduzir, sendo esse o seu único objetivo.

Exemplos:





Brasília, 27/04/2006 - Um dos maiores e mais respeitados mestres do Direito Constitucional em atividade no País, o jurista Paulo Bonavides renovou hoje (27) seu alerta para os riscos de internacionalização - ou de invasão mesmo, conforme diz - da Amazônia, região que concentra a maior biodiversidade e as principais reservas hídricas e florestais do planeta. “Estamos diante de um dever moral, como encargo do nosso compromisso com as gerações passadas e com as gerações futuras, de mantermos a herança da independência do território nacional”, afirmou Bonavides, que prega a necessidade de uma ampla mobilização da sociedade brasileira para transformar 2006 no ano da Amazônia e blindar a região contra a ameaça estrangeira.

Para o constitucionalista Bonavides, se o Brasil ficar de braços cruzados nesta questão pode ser vítima da mesma agressão sofrida pelo México no século XIX, quando aquele país foi invadido e dois terços de seu território anexados aos Estados Unidos. Para evitar uma tragédia dessas proporções com a Amazônia brasileira, ele sugere que entidades como OAB, CNBB e entidades das Forças Armadas se unam na defesa da região, “preparando o País para resistir a essa invasão branca que já começou e que está em curso”.

O mesmo alerta o jurista lançou durante aula magna na XIX Conferência Nacional dos Advogados em Florianópolis, sem setembro de 2005, cuja Carta final manifestou sua preocupação da advocacia brasileira com a “defesa da soberania nacional, no que tange, notadamente, aos recursos energéticos, à biodiversidade e à floresta amazônica”. Bonavides, nesta entrevista, conclama mais uma vez os advogados a lutarem pela preservação da Amazônia.

A seguir, a íntegra da entrevista do jurista Paulo Bonavides concedida a este site:

P - O sr. tem alertado para o risco de invasão estrangeira da Amazônia. Qual é hoje a possibilidade de tal ameaça se concretizar e o que pode ser feito?
R - É imperioso que a OAB, de imediato, execute a recomendação da Conferência de Florianópolis, celebrado em setembro do ano passado, e constante da Carta que ali se formulou, acerca de pontos fundamentais relativos a um programa de regeneração institucional do país e de defesa da soberania nacional, sobre a Amazônia. Conforme temos com freqüência assinalado, essa região se acha debaixo de gravíssima ameaça internacional. O povo brasileiro deve tomar consciência de que vivemos um dos mais graves momentos da História deste país, em que a integridade nacional corre graves riscos. Estamos sendo vítimas de um confisco das riquezas do país. Estamos diante de um dever moral, como encargo do nosso compromisso com as gerações passadas e com as gerações futuras, de mantermos a herança da independência do território nacional. A meu ver, não podemos cair na omissão do cumprimento desse dever, porque é o compromisso com o passado e é o compromisso maior com o futuro, com as gerações pró-vindouras. A esse movimento, acerca do qual, na aula magna que proferi durante aquela Assembléia Nacional e Internacional de Juristas, adverti, na parte final, que a Amazônia corre o risco da internacionalização. Não é a vez primeira que isso se passa na nossa História. Já tivemos essa ameaça no século passado. Ela se renovou, ou melhor, já tivemos essa ameaça no século XIX, quando se intentou a internacionalização da Amazônia por via do assalto à navegação dos rios da Amazônia.

P - E já houve em outros momentos, logo no pós-guerra, outras tentativas de internacionalização, não?
R - O segundo momento crítico ocorreu ao fim da primeira metade do século passado, à época da Constituinte de 1946, quando, mais uma vez, o autor da Carta aos Brasileiros, professor Gofredo da Silva Teles, combateu na tribuna Constituinte o projeto da Hiléia Amazônica, e foi bem-sucedido. A este homem admirável, nacionalista, patriota, exemplo de brasilidade, o país deveu, naquela época, a preservação da Amazônia. Como deveu, depois, pela sua Carta aos Brasileiros, monumento de civismo, o tiro de misericórdia na ditadura militar que afligia as instituições, abalava e retardava a formação política do povo brasileiro, no sentido da democracia.

P - E o sr. considera que agora estaria em curso uma nova tentativa de internacionalização da floresta Amazônica?
R - Sim, a terceira sombria ameaça se desenha agora, nesse quadro preocupante em que nós vemos já a mesma investida, nos moldes conhecidos e praticados no século passado pela potência hegemônica da atualidade e que determinou o sacrifício de dois terços do território mexicano. A nação mexicana, República irmã do continente, foi mutilada no seu território depois de uma guerra injusta, uma guerra imperialista, uma guerra que reduziu o seu espaço territorial a um terço da constituição originária do país, perdendo as partes mais opulentas do seu território.

P - Mas o sr. avalia que essa tragédia mexicana pode se repetir na Amazônia?
R - Essa tragédia pode, sim, ocorrer na Amazônia. E temos como dever histórico, na lembrança dos grandes momentos em que ao longo da nossa História, desde a época colonial até os nossos dias, tomarmos parte em movimentos de libertação. Expulsamos os franceses do Rio de Janeiro, durante o período colonial, expulsamos do Maranhão, expulsamos os holandeses e constituímos esta Nação independente, no século XIX. De sorte que a esse movimento faz-se mister que ele penetre com profundeza em todas as camadas sociais, na Nação brasileira, a conjugação dos esforços da Ordem dos Advogados do Brasil com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a CNBB.

P - Além dessas entidades, não é necessário também um engajamento maior da sociedade, de outras instituições nessa luta pela preservação da Amazônia?
R - Eu me refiro à OAB e à CNBB porque são duas entidades altamente representativas da legitimidade da sociedade brasileira, no sentido de mantermos uma sociedade livre, democrática, justa e votada aos grandes interesses nacionais da sobrevivência do povo brasileiro, da guarda de sua soberania. Duas entidades que estão empenhadas na preparação de um destino melhor que não seja este, da travessia que estamos fazendo no momento, para banirmos deste país, desta sociedade, desta Nação, para sempre o germe da corrupção. Mas é preciso que na luta pela Amazônia se juntem a CNBB, a Ordem dos Advogados do Brasil, as entidades de classe mais representativas da Aeronáutica, do Exército e da Marinha - afinal, as Forças Armadas têm o múnus constitucional de defesa da integridade nacional, a fazer a guarda das fronteiras e, em suma, preparar o país para resistir a essa invasão branca que já começou e que está em curso.

P - Mas não seria necessário também, ao lado dessa resistência, uma legislação que discipline mais rigorosamente a compra de terras na região, o desmatamento etc., não é mesmo?
R - Eu vi outro dia na televisão, um caso que me alarmou: o sujeito comprou uma área na Amazônia quase do tamanho de um Estado, do tamanho de Sergipe, e a pretexto de preservar a floresta. Para quê? Para que amanhã, no futuro, outros venham e comprem as terras, de modo a abrir a porta. O mesmo caso que aconteceu no Texas: compraram, proclamaram a República, depois invadiram. Só que a conspiração aqui é mais grave porque ela não parte de uma única nação. Nos bastidores dessa conspiração contra o Brasil, que é a internacionalização da Amazônia, está o país hegemônico, a potência hegemônica, mas com a cumplicidade dos países da União Européia e das Nações Unidas. Isso ainda é mais grave, porque dá uma aparência de legitimação àquilo que, na verdade, na sua nudez, é simplesmente uma agressão imperialista à Amazônia. É o assalto à soberania nacional.


STF: Defensores públicos não podem advogar de forma privada




Fonte:






Brasília, 27/04/2006 – A permissão para defensor público mineiro exercer paralelamente a advocacia privada foi declarada inconstitucional pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão, unânime, acompanhou o voto do relator, ministro Eros Grau, e julgou procedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) 3043, proposta pela Procuradoria Geral da República contra o artigo 137 da Lei Complementar nº 65/2003, do Estado de Minas Gerais.

O ministro Eros Grau, ao proferir seu voto, entendeu ser clara a desarmonia do dispositivo questionado com o artigo 134 da Constituição, que afasta o desempenho, pelos membros da Defensoria Pública, de atividades próprias da advocacia privada.

Eros Grau ressaltou que encontra-se em vigor a Lei Complementar nº 80/94, que dispõe sobre a organização da Defensoria Pública da União, do Distrito Federal e dos Territórios e prescreve normas gerais para sua organização nos Estados-membros.

Essa norma define expressamente, nos artigos 46, 91, 130 e 137, ser proibido o exercício da advocacia pelos membros da Defensoria Pública, tanto na esfera federal como na estadual. “E ainda na eventual inexistência do texto de lei, o exercício da atividade de que se cuida fora das atribuições institucionais é categoricamente proibido desde o advento da Constituição de 1988”, afirmou o ministro, ao declarar a constitucionalidade do dispositivo mineiro. As informações são do site do STF.


Busato: decisões coletivas são mais da natureza dos Tribunais




Fonte:






Brasília, 27/04/2006 - O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Roberto Busato, afirmou hoje que a advocacia brasileira vê com simpatia, em princípio, o projeto aprovado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado determinando que a concessão de liminares pelo Supremo Tribunal Federal não pode mais ser monocrática ou ato de apenas um ministro, mas sim coletivas. “O julgamento monocrático sempre foi, até certo ponto, criticado pela advocacia, em função do fato de que é da natureza dos Tribunais o julgamento coletivo dos casos que são apreciados por eles”, afirmou Busato durante entrevista no Supremo Tribunal Federal, onde discursou na cerimônia de posse da presidente, ministra Ellen Gracie, primeira mulher a ocupar este cargo naquela Corte.

Eis a entrevista do presidente nacional da OAB, Roberto Busato, concedida ao chegar ao STF:

P - O presidente Lula disse que só vai se declarar candidato depois de fazer todas as inaugurações; antes, ele não vai se declarar. O que o sr. acha desse procedimento?
R - Legalmente, é um procedimento que não temos nada a criticar. Isto está no plano moral, e ele, presidente, tem que ver qual a conveniência política e ética dele praticar esse ato. Agora, no aspecto legal ele ainda não está impedido de tal ato.

P - E a afirmação do presidente Lula de que o problema do caseiro Francenildo, que teve seu sigilo bancário quebrado, é um problema da CPI, que ele não sabia de nada...
R - Nesse assunto, sempre disse que devemos agir com todo rigor. Devemos investigar todas as implicações e punir aqueles que cometeram este crime contra o Estado democrático de Direito e contra o sigilo do cidadão.

P - E quanto ao tom da campanha presidencial este ano, a OAB pode fazer um alerta, para que haja um tom civilizado?
R - Sem dúvida nenhuma. Entendemos que o calendário eleitoral se iniciou num tom muito forte e nós devemos ter a serenidade, neste momento; ter serenidade para que sejam apresentados os planos de governo e o povo possa, livremente, escolher aquele que mais atende aos seus anseios.

P - Como o sr. vê a proposta em discussão no Senado para que as liminares no STF pedidas pelo Executivo ou Legislativo, por exemplo, só possam ser concedidas pelo colegiado e não mais de forma monocrática?
R - A característica de julgamentos dos tribunais é a decisão coletiva. Então, é natural esse perfil dos tribunais. Eu só temo pela falta de estrutura que deve haver para dar uma resposta imediata quando esta for necessária. Agora, o julgamento monocrático sempre foi, até certo ponto, criticado pela advocacia, em função do fato de que é da natureza dos Tribunais o julgamento coletivo dos casos que são apreciados por eles.

P - Mas isso não tolhe o direito do cidadão que precisa de uma decisão urgente?
R - Ele não tolhe se o Tribunal não der a resposta ao momento certo. O que está em discussão não está negando o direito a uma liminar para se preservar o direito do cidadão. Apenas se leva (o pedido de medida liminar) a um colegiado reunido para esse fim. É por isso que eu digo que temo que o Tribunal não tenha condições de reunir com a agilidade que às vezes a urgência determina para o caso apresentado


Busato: se houve descortesia, foi com quadrilha do "mensalão"




Fonte:






Brasília, 27/04/2006 - O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Roberto Busato, rebateu hoje (27), após discursar na posse da ministra Ellen Gracie na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), a declaração feita pelo líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia, de que ele teria sido descortês com o Congresso Nacional durante seu discurso. "Eu posso sim ter sido descortês, mas com os liderados dele que cometeram infrações éticas. Não fui descortês com o Congresso. Se fui descortês, fui exclusivamente com os deputados que agiram erradamente no Congresso e que são liderados por ele, Arlindo Chinaglia".

Ao ser questionado por que não se seguiu, desta vez, a tradição na OAB de focar os atos do presidente da República no discurso de posse no STF, Busato lembrou que o Conselho Federal da OAB examina, no próximo dia 8, apoio a pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Entendemos que nesse momento em que estamos em vias de discutir o impeachment do presidente Lula no Conselho Federal da OAB, não seria o momento de tomar qualquer atitude com relação a seu governo. Assim, procuramos exprimir a nossa insatisfação em outros campos, como fizemos".

O presidente da OAB saiu novamente em defesa da classificação de excepcionalidade do processo envolvendo os 40 acusados pela Procuradoria-Geral da República de terem se beneficiado do pagamento de "mensalão". Busato foi taxativo: se não houver essa excepcionalidade, o processo não será julgado, uma vez que será alcançado pela prescrição.

"Se queremos Justiça, se queremos julgamento dos culpados, temos que excepcionalizar esse processo porque o ministro Joaquim Barbosa (do STF) não terá a mínima condição de chegar ao resultado desse processo sem que este seja alcançado pela prescrição e, logo, pela impunidade".

A seguir, a íntegra da entrevista concedida pelo presidente nacional da OAB, Roberto Busato:

P - O senhor não acha que foi duro demais com o Congresso?
R - Não, entendo que não. Procurei refletir tudo aquilo que aconteceu. A Ordem repercute os fatos acontecidos. Não entendo que tenha havido descortesia com o Congresso, tendo em vista que eu fiz um contraponto entre uma parte do Congresso e outra parte. As posições tomadas pelo Conselho de Ética e o resultado no Plenário. Acredito que tenha sido, sim, uma repercussão dos fatos como eles aconteceram.

P - A morosidade processual foi tema abordado novamente. Qual a participação do poder público nisso?
R - Uma participação muito grande. A parcela de morosidade do Judiciário em relação ao poder pública é imensa. O poder público, hoje, detém a maioria das causas nos tribunais. É o grande causador desse descalabro que é o prazo na tramitação dos processos. Portanto, é saudável, mais uma vez, lembrar o poder público que ele tem que parar de procrastinar o andamento dos feitos.

P - O senhor tem esperança de que haja, como a OAB pediu, a excepcionalidade do processo envolvendo os 40 acusados de terem recebido "mensalão"?
R - É necessário. Se não houver essa excepcionalidade, o processo não será julgado. Será alcançado pela prescrição sem dúvida nenhuma. Se queremos Justiça, se queremos julgamento dos culpados, temos que excepcionalizar esse processo porque o ministro Joaquim Barbosa (do STF) não terá a mínima condição de chegar ao resultado desse processo sem que este seja alcançado pela prescrição e, logo, pela impunidade.

P - O líder do governo, Arlindo Chinaglia, disse que o senhor foi descortês com o Congresso em seu discurso.
R - Eu posso sim ter sido descortês, mas com os liderados dele que cometeram infrações éticas. Não fui descortês com o Congresso. Se fui descortês, fui exclusivamente com os deputados que agiram erradamente no Congresso e que são liderados por ele, Arlindo Chinaglia.

P - Tradicionalmente, o discurso da OAB em posses de presidentes do Supremo vai em direção do presidente da República. Neste ano, o Congresso Nacional foi o principal alvo. Por que?
R - Estamos adentrando em clima eleitoral. A Ordem quer ser totalmente imparcial. Não quer, absolutamente, se aproveitar de qualquer circunstância . A Ordem nunca foi oportunista, como, às vezes, é acusada. Entendemos que nesse momento em que estamos em vias de discutir o impeachment do presidente Lula no Conselho Federal da OAB, não seria o momento de tomar qualquer atitude com relação a seu governo. Assim, procuramos exprimir a nossa insatisfação em outros campos, como fizemos.

P - Há algum indicativo com relação ao exame do impeachment do presidente Lula?
R - Não, não há indicativo. Nós estamos agindo na Presidência com total isenção. Não estamos, absolutamente, perquirindo o Conselho Federal sobre a forma com que vai tratar o assunto. Esperamos que o relator da matéria na OAB, que é o conselheiro Sérgio Ferraz, apresente um bom voto, seja ele favor ou contrário ao apoio a um pedido de impeachment. De minha parte, estou esperando o resultado com toda a tranqüilidade pela envergadura dos membros do Conselho Federal da OAB.



Microsoft adapta sistemas ao padrão brasileiro de certificação digital




Fonte:



Por Camila Fusco, repórter do Computerworld

Publicada em 27 de abril de 2006 às 17h39


São Paulo - Companhia anuncia que adequou seus sistemas Win 2003 e Win XP integralmente às exigências da ICP-Brasil.

Empenhada em atender às solicitações da Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), a Microsoft adequou seus sistemas Windows 2003 e XP integralmente ao padrão brasileiro de certificação digital.

Segundo a companhia, apesar de os certificados digitais emitidos pela ICP-Brasil serem aplicáveis em qualquer situação prevista para tal tecnologia, algumas funcionalidades até agora não haviam sido habilitadas em seus sistemas operacionais, entre elas a assinatura de código (Code Signing) e o carimbo de tempo (Time Stamping). Em 2002, o governo brasileiro havia solicitado a inclusão do certificado da ICP-Brasil no Internet Explorer, navegador de internet da Microsoft. A inclusão foi feita, mas as duas ferramentas não foram habilitadas na ocasião. "Tais funções não haviam sido ativadas porque até então não existiam tais demandas. Com a identificação da ICP, ativamos esses dois bits", diz Roberto Prado, gerente de estratégia de mercado da Microsoft Brasil.

De acordo com Renato Martini, presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), instituição à qual a ICP-Brasil é vinculada, a adequação foi realizada após um pedido - datado do final do ano passado - da Serasa, que atua como autoridade certificadora (AC). "Na ocasião, a Serasa relatou problemas com o certificado-raiz. Como tais funcionalidades não estavam habilitadas, os usuários não conseguiam realizar tais tarefas", aponta.

A partir de então, a ICP-Brasil encaminhou um documento à Microsoft solicitando a habilitação de tais funções. O processo, entretanto, não foi simples. "Entramos em contato com a equipe da Microsoft responsável por certificação nos Estados Unidos e também com o grupo de desenvolvimento. A partir daí, a alteração foi aprovada e as novas versões do Windows 2003 e XP já vêm com tais ferramentas habilitadas", complementa Prado.

Os usuários das versões anteriores podem habilitar as funções pelo próprio Internet Explorer. (veja passo-a-passo na página seguinte). Segundo a Microsoft, outros esforços estão sendo conduzidos em parceria com a ICP-Brasil sobre certificação digital. Embora não cite detalhes, a companhia informa que até o fim do mês de maio deva anunciar outra estratégia sobre o tema.

Passo-a-passo:

1. Inicie o IE, selecione a opção Ferramentas -> Opções de internet. Selecione a guia Conteúdo, e clique no botão Certificados...

2. Selecione a guia Autoridades de certificação-raiz confiáveis. Ela irá mostrar a lista de todas as certificadoras-raiz confiáveis. Selecione a Autoridade Certificadora-Raiz Brasileira e clique em Remover. Isto vai remover o certificado da ICP Brasil.

3. Clique Fechar e OK para fechar as janelas.

4. Navegue com o IE agora em um site que tenha um certificado da ICP Brasil, por exemplo o da Caixa Econômica Federal. Isso vai fazer com que o certificado com as novas configurações seja baixado da Microsoft.

5. Para verificar que a mudança foi feita, vá de novo na opção Ferramentas -> Opções de Internet. Selecione a guia Conteúdo, e clique no botão Certificados. Selecione a guia Autoridades de certificação-raiz confiáveis, e clique duas vezes sobre Autoridade Certificadora-Raiz Brasileira.

6. Clique na guia Detalhes e em seguida em Editar Propriedades... Estará marcado agora Code Signing e Digital Timestamping.

quinta-feira, abril 27, 2006

Google avisa: não quebrará sigilos




Fonte:






Não será fácil chegar até os brasileiros que praticam crime de pedofilia e racismo na internet. Principalmente se os internautas criminosos fizerem parte do Orkut, rede de relacionamentos com 12 milhões de usuários, dos quais 75% brasileiros.

Nesta quarta-feira (26/04), na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, o diretor-jurídico do Google (empresa que administra o Orkut), David Drummond, disse que vai colaborar com as investigações, mas avisou que não quebrará sigilo de usuários.

"Se permitirmos à Justiça brasileira o acesso a dados de seus usuários, poderemos ser processados", justificou. Ele apresenta como principal argumento o fato de o Orkut ter sede nos Estados Unidos, país que garante na Constituição o sigilo dos usuários de computador.

Na sessão, o procurador da República Sérgio Suiama disse que o Google não colabora com as investigações, acrescentando que a empresa se recusa a fornecer dados dos usuários que praticam pedofilia e estimulam crimes raciais na internet.

"No sábado, um grupo de skinhead paulistas matou um homossexual na rua, no Bairro dos Jardins. O crime foi combinado numa comunidade do Orkut", relatou o procurador. Segundo ele, o Google poderia colaborar mais com as investigações.

Apesar das ressalvas feitas por Drummond, o presidente da Comissão de Direito Humanos, deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), considerou o encontro com os representantes do Google "proveitoso". Ele reconhece que será difícil a Justiça brasileira chegar até os dados dos usuários por quebra de sigilo. "As leis norte-americanas são rigorosas. Nos Estados Unidos, há comunidades na internet chamadas "morte aos negros" e o Orkut não quebrou o sigilo dos autores", observou.

Para combater os crimes na web, a Comissão de Direitos Humanos vai lançar uma força-tarefa chamada "limpeza na internet". O primeiro passo será reunir todos os projetos que tramitam no Congresso sobre crimes cibernéticos.

Em seguida, será assinado um acordo de cooperação entre o Google e o governo federal, o Ministério Público e a Câmara dos Deputados. "Vamos colaborar, mas na medida do possível", informou o Google, por meio de uma carta enviada ao Congresso.

A deputada Maria do Rosário (PT-RS) ficou indignada com a postura da empresa que administra o Orkut. Ela lembrou que a maioria dos usuários é brasileira e que o Congresso pode iniciar um movimento de boicote, já que a rede de relacionamentos virou terreno de crimes. "Aí eu quero ver se vocês não vão colaborar com as investigações. Vão desprezar o mercado brasileiro?", desafiou.

Segundo Suiama, o Google é o único serviço de internet que se recusa a colaborar com a caça aos internautas pedófilos e racistas. Ele citou outras três empresas que operam no Brasil e que sempre fornecem dados de usuários que praticam crimes cibernéticos.

A principal justificativa do Google para não fornecer informações ao Brasil é que todas as informações que constam no Orkut ficam arquivadas nos Estados Unidos ou na Grã-Bretanha.

"O Google tem 16 milhões de usuários em 12 línguas diferentes. Por essa razão, a empresa precisa lidar com as legislações de diferentes países. Se fornecermos as informações, a empresa poderá ser punida", ressaltou Drummond.

A empresa já havia feito um acordo com a Justiça brasileira se comprometendo a disponibilizar os dados em casos emergenciais, ou seja, em que haja ameaça à vida. Nas outras situações, a empresa deverá fornecer os dados entre 30 e 90 dias, prazo necessário para a tramitação legal desse tipo de processo nos Estados Unidos.







Procurador diz que Google não colabora com a justiça




Fonte:







Em audiência entre representantes da Câmara, do Ministério Público e executivos do Google, procurador diz que empresa não colabora; executivo alega que leis dos EUA não permitem acesso a dados

Com Agência Câmara


SÃO PAULO - Sem acordo até o momento nas conversações entre representantes do Ministério Público e do Google, empresa responsável pelo site de relacionamentos Orkut.

Executivos da empresa estão no Brasil para discutir meios de cooperar com investigações de crimes na internet.

O procurador regional dos Direitos do Cidadão no Estado de São Paulo, Sérgio Gardenghi Suiama, disse que a única empresa de internet que não coopera com a Justiça brasileira é a Google.

Só no mês de março, o Ministério Público Federal de São Paulo recebeu mais de 14 mil denúncias contra o Orkut, rede de relacionamentos ligada ao Google.

Suiama disse que, no ano passado, os procuradores fizeram quatro tentativas de comunicação com a empresa, mas não obtiveram sucesso.

Segundo o procurador, a Google alega que os dados requeridos estão nos Estados Unidos, portanto fora da jurisdição da Justiça brasileira. Mas isso não se sustenta, avalia Suiama, pois 75% dos usuários do Orkut são brasileiros.

"Logo, esses dados são produzidos por e para brasileiros", completou. O procurador observou ainda que outras empresas norte-americanas, como Yahoo e Hotmail, sempre colaboraram com a Justiça, fornecendo os dados solicitados.

Lei norte-americana

Diante das alegações dos representantes do MPF, o diretor jurídico da Google, David Drummond, disse que a empresa pode ser punida se permitir à Justiça brasileira acesso a dados de seus usuários, já que se baseia nos Estados Unidos, país que garante o sigilo dos usuários.

Ele acrescentou que todas as informações que constam no Orkut ficam situadas nos Estados Unidos ou na Grã-Bretanha. Como tem usuários em vários países, a empresa precisa lidar com as legislações de todos eles, defendeu-se o executivo.

"Se fornecermos as informações [à Justiça do Brasil], a empresa poderá ser punida", disse Drummond.

Acordo

A Google, segundo ele, fez acordo com a Justiça brasileira pelo qual se comprometeu a disponibilizar os dados em casos emergenciais, ou seja, em que haja ameaça à vida.

Nas situações consideradas não emergenciais, a empresa deverá fornecer os dados entre 30 e 90 dias, prazo necessário para a tramitação legal desse tipo de processo nos Estados Unidos.

A reunião prossegue na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara.









Google promete cooperação com a justiça brasileira




Fonte:







Em comunicado à imprensa, empresa detalha como pretende cooperar com investigações

Alexandre Barbosa




David Drummond, diretor jurídico da Google, discute cooperação com a justiça brasileira

SÃO PAULO - Em uma longa nota divulgada à imprensa, na qual explica que o site de comunidades Orkut tem um objetivo positivo, de congregar comunidades de acordo com seus interesses, a empresa anunciou as ações que pretende tomar para inibir o uso irregular do serviço.

A princípio, o Google irá fornecer às autoridades brasileiras informações sobre usuários que cometerem irregularidades, desde que tais pedidos estejam em conformidade com o processo legal. Cada caso será analisado individualmente

Com relação a conteúdo considerado ilegal no Brasil, quando devidamente notificada, a Google irá remover qualquer conteúdo que esteja violando seu Termo de Serviço, inclusive aqueles contendo racismo e pornografia infantil.

Outras medidas incluem:

- Quebra emergencial no sigilo das comunicações e transações que envolverem uma ameaça séria ou morte de qualquer pessoa

- Manter por 90 dias, os dados das comunicações e transações, mediante pedido do Ministério Público, de acordo com os procedimentos estabelecidos pela Google em cooperação com as autoridades brasileiras.

- Prestar informações, tais como dados de usuário e endereços de IP, mediante pedido procedente feito pela autoridade brasileira competente, o que levará à identificação do provedor do serviço ao suspeito, segundo as normas legais.

- Cooperar com todos os pedidos de processo internacionais, submetidos em conformidade com procedimentos legais e processuais.

- Notificar casos de pornografia infantil e/ou pedofilia ao Centro Nacional de Crianças Desaparecidas e Exploradas, assim que forem descobertos ou denunciados.

Defesa

A companhia, contudo, se defendeu, dizendo que não é simples conciliar a cooperação com a justiça brasileira às demandas de outras leis internacionais.

A empresa alega, por exemplo, que ´como ocorre no mundo real (offline), sempre existirão indivíduos ou discursos que, para algumas pessoas, serão ofensivos e inapropriados. Nosso objetivo, como uma organização com membros tão diversificados, é sempre combater estas intervenções negativas causadas por uma pequena minoria, no sentido de preservar o diálogo positivo, a colaboração e o espírito comunitário compartilhado pela imensa maioria´.

A empresa ressaltou ainda que estabeleceu um conjunto de valores e normas a serem seguidos, conhecido como Padrões de Normas e Conduta das Comunidades do Orkut, que se encontram descritos no Termo de Serviço e que existem procedimentos que prevêem que os próprios usuários denunciem denunciar conteúdos fraudulentos ou inadequados.

Artigo: A OAB e o impeachment




Fonte:







Brasília, 26/04/2006 – O artigo “A OAB e o impeachment” é de autoria do presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Roberto Busato, e foi publicado na edição de hoje (26) do jornal Correio Braziliense:

A crise política, que se arrasta há quase um ano, coloca mais uma vez em evidência o papel institucional da Ordem dos Advogados do Brasil. Um papel que, infelizmente, nem todos compreendem: o de intervir no processo político sem, no entanto, permitir que essa intervenção se contamine por qualquer interesse faccioso.

A OAB não é partido político nem tem ideologia. É uma tribuna da cidadania, espaço público não-estatal a serviço dos interesses da sociedade civil. Como em outros momentos dramáticos da história republicana brasileira, somos chamados a exercer um protagonismo na cena política que não postulamos, mas a que não podemos fugir.

O que nos move é o que está expresso no artigo 44, inciso I, do Estatuto da Advocacia: o compromisso com a defesa da Constituição, da ordem jurídica do Estado democrático de Direito, dos direitos humanos, da justiça social e da boa aplicação das leis.

No próximo dia 8, o plenário do Conselho Federal da OAB deliberará em Brasília a respeito de proposta de impeachment ao atual presidente da República. Esse tema está posto não por nós, mas como decorrência natural da série de escândalos trazidos à tona a partir das denúncias do ex-deputado Roberto Jefferson, em junho do ano passado. Denúncias às quais, no início deste mês, o procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, deu sua implacável chancela.

Em denúncia formal ao Supremo Tribunal Federal, enquadrou como delinqüentes nada menos que 40 personalidades, a maioria agentes públicos — ex-ministros e parlamentares —, figuras de destaque no atual governo. Com a autoridade e a responsabilidade que o cargo lhe confere, sustenta que agiram como “organização criminosa”, a que reiteradamente chama de “quadrilha”.

Acusa, sem meias-palavras, o ex-chefe da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu, de “chefe da quadrilha”. E aponta a antiga cúpula do PT como “núcleo da organização criminosa”. Seu relatório, ao confirmar as denúncias de Jefferson, acrescendo-as de dados objetivos colhidos pelas investigações das CPIs e do próprio Ministério Público, coloca a crise em patamar diferenciado: já não é apenas política — é institucional.

São fatos concretos. O mensalão é uma realidade, investigada e constatada. Realidade abjeta, que levou alguns parlamentares a renunciar ao mandato para evitar a cassação; outros a serem cassados; e, finalmente, preservou o mandato de outra parte, acobertada por um indecoroso espírito de corpo.

Diante dos fatos, a OAB não pode deixar de se manifestar. Mas não permitiremos que essa intervenção, que é da cidadania, seja eleitoralmente explorada. A OAB não sobe em palanque — nem permitirá que facções políticas queiram erguê-lo sobre nossas trincheiras de luta. Vivemos um momento trágico da história brasileira, mas mesmo assim fundamental em nosso processo de amadurecimento como nação.

Precisamos emergir moralmente engrandecidos deste episódio. Torná-lo fator propulsor da elevação de nossas práticas políticas. Não podemos permitir a manipulação eleitoral da crise.

No momento em que a sociedade descrê de seus homens públicos, de suas instituições, o que está em risco é a própria democracia, a própria República. É desse fermento que se nutre a serpente do autoritarismo. Lamentavelmente, é este o caldo de cultura que se está formando. A tanto nos levou a ação deletéria de alguns de nossos agentes públicos.

O Conselho Federal da OAB é um colegiado plural, democrático, que decide à luz da consciência de seus integrantes. Não é movido por qualquer outro interesse senão o de bem servir à sociedade civil brasileira. Sua credibilidade decorre dessa isenção. E ela há de pautar os trabalhos do próximo dia 8.

O impeachment é remédio amargo, drástico, ministrado em casos extremos. Mas se o diagnóstico assim o indicar, deve ser visto com naturalidade, como recurso institucional legítimo, a serviço do Estado Democrático de Direito. A serviço da sociedade.

Se a instituição, no entanto, entender também que não é caso de impeachment, não poderá ser acusada de omissão, ou de estar de costas para a parte da sociedade que quer aquela solução. Prevalecerá a vontade soberana da maioria.

Como presidente desta instituição, não me cabe decidir solitariamente, nem induzi-la a decisões. Daí a cautela de minhas palavras, o cuidado na emissão de conceitos.

A única garantia que posso dar é de que a Ordem não se omitirá. Cumprirá o seu dever cívico e institucional, como sempre o fez. Quanto a isso, o país saiba que pode contar conosco”.




Desinteresse Eleitoral, Analfabetismo Político e Liberalização do voto




Fonte:





Olavo D´Câmara


Mestre em Direito Político e Econômico e especialista em Direito Constitucional e Didática do Ensino Superior, ambos pela Universidade Mackenzie, especialista em Ciências Sociais pela PUC-SP e professor do Ipojur (Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas em Ciências Políticas e Jurídicas).





O Brasil vive um momento de grandes reflexões e também de decepções no plano político. Em pesquisa realizada no ano 2000 pelo IBOPE/CNI e publicado pela Folha de São Paulo, portanto há cinco anos, revelava que 56% das pessoas entrevistas naquela época, diziam que não estavam interessadas nas eleições que elegeriam prefeitos e vereadores naquele ano. Esse desinteresse revelado deve ter aumentado muito nos dias atuais, em virtude das denúncias de corrupção, mensalão, mensalinho e desmoralização da classe política como todo, guardadas as devidas proporções.

Bertold Brecht, escritor e teatrólogo, escreveu um alerta sob o tema: “O Analfabeto Político”. Dizia ele: “O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não houve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço co feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo”.

O desinteresse do povo pode ser explicado pela desmoralização dos legislativos municipais, estaduais e do congresso nacional. Obviamente, devem ser respeitadas as proporções, uma vez que há gente correta e honesta. O abuso de poder, mordomias, politiquice e incapacidade moral e intelectual por parte da maioria absoluta daqueles que representam o poder legislativo. A desmoralização dos legislativos está a pedir mudanças profundas. Os governos têm preservado as imoralidades políticas. Mas, é possível mudar? Sim, desde que haja reformas político eleitorais, além de mudanças nos estatutos partidários e outras como a seguir: implantação do voto distrital, do regime parlamentarista, tornar o voto não obrigatório, modificar completamente as campanhas eleitorais, permitir que os candidatos gastem nas campanhas quanto quiserem, mas somente poderão utilizar o radio, a televisão e vistas eleitorais, proibindo tudo o mais.

Os Partidos Políticos que não cumprirem os seus programas deverão ser eliminados, ter os seus registros cassados e proibidos de disputarem eleições. É necessário criar uma cultura e aprender a votar na legenda e não nos candidatos. A Fidelidade partidária é uma necessidade, mas o contrário, ou seja, a infidelidade partidária é uma aberração, pois quem quiser sair do partido pelo qual foi eleito, saia com o que é seu e não com o que é dos outros. Melhor explicando: para que alguém seja eleito, é necessário que os votos de todos os demais candidatos daquele partido se somem. Logo, para que alguém seja eleito, teve que contar com os votos de todos os candidatos da sua chapa. Assim, é eleito, depois trai todos os demais companheiros de partido, de chapa e dos eleitores que nele votaram. Isso é crime eleitoral, político, ou melhor é um estelionato político partidário. Impõe-se acabar com esse absurdo que nada tem de democrático. Devemos ensinar o povo, os eleitores e mostrar-lhe aspectos da legislação partidária, da Constituição Federal da República e tornar obrigatória uma disciplina das Escolas de Primeiro e Segundo Graus: Política Eleitoral, Partidária e Ciência Política.

Mas, retornando aos ensinamentos de Bertold Brecht, diz este grande mestre: Nada é impossível de mudar “Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo. E examinai, sobretudo, o que parece habitual. Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural e nada deve parecer impossível de mudar. Privatizado. Privatizaram sua vida, seu trabalho, sua hora de amar e seu direito de pensar. É da empresa privada o seu passo em frente, seu pão e seu salário. E agora não contente querem privatizar o conhecimento, a sabedoria, o pensamento, que só a humanidade pertence”.

Há esperança? Sim! Devemos preparar a nossa juventude, procure conhecer política, políticos, ciência política com “P” maiúsculo e, aos poucos devemos ir eliminando os maus políticos. Faça um exame de consciência e perceba se você também errou ao votar. É hora de mudanças. Ligue a cobrar para o Congresso Nacional, envie fax, telegramas, e-mails, cartas e abaixo assinados. Devemos insistir para que se criem mecanismos para que o povo possa através de Assembléias Populares, “tirar” os mandatos dos bandidos, ladrões e corruptos que são verdadeiros lobos travestidos de cordeiros. Dá o voto tem o direito de revogá-lo se não for correspondido. Cuidado! Lembre-se da música cantada por Zeca Pagodinho que se denomina “Comunidade Carente”. “Nós somos uma comunidade carente, lá ninguém liga pra gente. Nós vivemos muito mal. Mas, este ano nós estamos reunidos, se algum candidato atrevido for fazer promessas vai levar um pau”. Chega de blá-blá-blá em cada eleição. A comunidade já não tem mais “saco” para agüentar malandros. Mude a política, para que esta mude as nossas vidas.




26/04/2006






Ao fazer referência a esta obra, utilize o seguinte formato:
(de acordo com a norma da ABNT NBR6023-2002)

D´CÂMARA, Olavo. Desinteresse Eleitoral, Analfabetismo Político e Liberalização do voto. Jus Vigilantibus, Vitória, 26 abr. 2006. Disponível em: . Acesso em: 26 abr. 2006.


quarta-feira, abril 26, 2006

CASO POMPÉIA - Estudante tem suspeitas da autoria




Fonte: www.jornaldamanha.com


25-04-2006




Francine: “A imprensa está muito preocupada com as montagens, mas o que importa é que houve um crime”

Francine Favoreto Rezende, de 20 anos, vítima de um caso de injúria e difamação que se tornou um escândalo nacional nos últimos dias devido à publicação de fotos, que apresentariam a estudante de direito mantendo relações sexuais com dois homens, em páginas da internet, afirma que as imagens foram forjadas para lhe prejudicar.

A Polícia Civil investiga o caso e ainda deve ouvir mais seis pessoas além de Francine. Na tarde de ontem, a estudante de direito disse para a equipe do Jornal da Manhã que as fotos são montagens e que apenas algumas partes do corpo apresentado nas imagens são dela. “Nunca fiz fotos nua, por isso acredito que manipularam imagens minhas, provavelmente de quando cheguei a desfilar vestindo roupas íntimas em um shopping de Marília”.

Francine afirma que, apesar do sofrimento enfrentado pela família, não vai modificar seus costumes. “Não saio de Pompéia e vou continuar a fazer minha faculdade. Tenho a minha cabeça tranqüila pois sei que as fotos não passam de montagens”, afirmou.

A estudante disse que tem avaliado as fotos e que percebe características que podem apontar a montagem das fotos. “Existem partes do corpo que não são minhas e não sei ainda como fizeram isso (utilizando imagens dela e de outras pessoas)”.

Quanto perguntada sobre a pessoa que teria publicado as fotos na internet, Francine afirmou: “Esta é uma pessoa que quis acabar com a minha vida, com o meu namoro”. Para a estudante, o autor da publicação é uma pessoa conhecida e que desejava prejudica-la.

Francine disse que um dos rapazes que aparece nas fotos é um ex-companheiro de universidade, mas que não tem mais contato nenhum com ele, desde que pediu transferência de período na universidade.

“Eu conhecia muito ele (um dos rapazes que aparece nas fotos), porque eu estudava de manhã, até a metade do ano passado. Porém depois que mudei de turno nunca mais tive notícias deste povo. Na época tive envolvimento com um dos amigos deste rapaz que estudava na faculdade comigo, mas não quero acusar ninguém”, completou.

Conforme as informações passadas por Francine, a polícia suspeita da mesma pessoa que ela. O crime de injuria e difamação pode ter pena variável de seis meses a 2 anos de prisão e multa. “A imprensa está muito preocupada com as montagens, mas o que importa mesmo é que houve um crime”, concluiu Francine.

Na tarde de ontem, o delegado Valter Bettio, ouviu mais três depoimentos relacionados ao caso. O nome dos depoentes não foi divulgado, porém um deles afirmou que as fotos não se tratam de montagens.



Orkut: Google EUA explica crimes




Fonte:






Agência Estado

09:15 24/04

Advogados da matriz do Google - nos EUA - virão ao Brasil no mês que vem para discutir com o Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo os crimes que estão sendo cometidos dentro da comunidade virtual Orkut - de propriedade da companhia norte-americana.




A reunião, segundo o MPF, está marcada para o dia 16 de maio, às 14 horas. "Foi o Google que escolheu a data", diz a procuradora Thamea Valiengo. "Há duas semanas, eles enviaram uma carta nos avisando. O documento, no entanto, não dizia se a empresa iria colaborar com as investigações dos crimes ou não."

A "boa vontade" do Google em conversar com as autoridades brasileiras, entretanto, não foi espontânea. Em março deste ano, o diretor da filial brasileira da companhia, Alexandre Hohagen, foi intimado pelo MPF a explicar as medidas que a empresa estava tomando para coibir as práticas ilegais no Orkut.

A intimação foi feita com base em um relatório de 150 páginas feito pela ONG Safernet. O documento apontava a ocorrência, no site, de crimes como pedofilia, racismo e xenofobia.

Na ocasião, Hohagen, do Google Brasil, alegou não ter poder de decisão sobre o Orkut, já que, segundo ele, "o escritório no Brasil possui a única função de vender e de fazer o negócio crescer", declarou ele ao Estado no dia.

Na época, foi apresentado a Hohagen um termo de cooperação que já foi assinado por provedores como UOL, Terra, Yahoo! e Microsoft. Caso assinasse o documento, o Google se comprometeria a, sob ordem judicial, fornecer informações que auxiliassem o MPF a encontrar os suspeitos, já que muitos criminosos usam perfis falsos.

Hohagen, então, disse que conversaria com a matriz do Google nos EUA, pois "não tinha poderes para tomar essa decisão." E é justamente essa decisão que o MPF espera do Google na reunião que ocorrerá no mês que vem.

"É o prazo final para o Google", diz a procuradora Thamea. "Se eles, por acaso, faltarem à reunião, iremos acionar criminalmente o diretor da filial brasileira da empresa, o Alexandre Hohagen." Isso porque, segundo ela, "se uma empresa está no País, ela tem que responder pelos crimes que estão ocorrendo aqui."

A procuradora, entretanto, não acha que essa medida extrema será necessária. "Acho que eles irão colaborar. Se não, ninguém mais vai querer ser diretor da filial brasileira. Quem quer trabalhar em um lugar em que se corre o risco de ir para a cadeia?"

Mesmo aguardando a reunião, o MPF já começou a enviar à Justiça pedidos de quebra de dados de suspeitos. Até agora, já foram concedidas ordens judiciais para a quebra de sigilo de oito perfis. "O Google do Brasil se negou a passar a informação, alegando, de novo, que não tinha gerência sobre o Orkut. Mas vamos aguardar a reunião antes de tomar qualquer medida."

O Google não quis se pronunciar sobre o assunto. Contudo, o assessor de Imprensa da empresa, Paulino Comunale, confirmou a reunião em maio, mas não informou a data exata. As informações são de O Estado de S.Paulo.



Brasil:Alfabetização precisa de 396 mil professores




Fonte:







Até 2015, uma parcela considerável de professores no Brasil vai se aposentar. Será necessário ao país contratar 396 mil novos profissionais de educação nos próximos 10 anos se quiser atingir a universalização da educação primária, da 1ª a 4ª séries.

A recomendação está no Relatório Mundial sobre a Profissão Docente, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O documento considera a profissão do docente um eixo estratégico na promoção de uma educação de qualidade para todos.

Recém-concluída pelo Instituto de Estatística da Unesco no Canadá, a publicação mundial, divulgada nesta terça (25/04) em Nova York, traz um panorama dos avanços e atrasos no que se refere a situação dos professores no mundo.

De acordo com o relatório, na América Latina e Caribe, o tamanho da força docente ideal será reduzido em função do grande declínio na população em idade escolar. Como conseqüência, o número de professores para a universalização da educação primária estará reduzido a 146 mil em 10 anos.

Tal fato oferece oportunidade a países latino-americanos como o Brasil de melhorar a qualidade da educação por meio de investimento de mais recursos por aluno e por professor.

A falta de investimento na formação do educador é o maior entrave para a valorização educação básica no país, de acordo com o professor da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB), Erasto Fortes.

O professor é especialista na área de política de gestão em educação, Fortes lembra que a partir da década de 1960 começou a expansão do ensino no país, mas a carreira profissional não acompanhou o mesmo progresso. “Não adianta universalizar o ensino sem qualidade”, afirma.

Caso raro

Apesar do quadro pessimista, Fortes ressalta que os professores de 1ª a 4ª séries do ensino fundamental na rede pública de ensino do Distrito Federal são um caso à parte. “Não tenho conhecimento de profissionais sem formação superior”, acredita. No resto do país a realidade é outra.

De acordo com o relatório da Unesco, 92% dos professores de 1ª a 4ª séries do Brasil não cursaram nível superior. Para Fortes, o problema da atual política de formação continuada de professores está relacionado, principalmente, ao descaso com a gestão da educação nos estados e municípios.

O coordenador editorial e assessor para a Área de Educação da Unesco, Célio Cunha, ressalta que o maior desafio para a educação no Brasil agora é investir no professor. “Nenhuma reforma terá êxito sem condições de resolver os problemas de formação e salarial do professor”, diz. Segundo Cunha, não adianta ter 97% das crianças em idade de freqüentar a escola matriculadas no ensino fundamental, se não qualificar o professor.

O assessor da Unesco defende ser necessário a aprovação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) pelo Congresso Nacional para haver avanços, principalmente na qualificação do professor. “O Brasil tem um estoque de professores fora da sala de aula. Os salários não atraem e eles migram para outras profissões”, diz.

O relatório da Unesco faz parte das ações da organização para comemorar, de 24 a 30 de abril, a Semana da Educação para Todos que este ano tem como prioridade o educador, com o tema Toda Criança Precisa de um Professor.

A campanha realizada anualmente lembra governos e sociedade civil sobre os compromissos de melhoria do ensino assumidos em Dacar, em 2000, por ocasião do Fórum Mundial de Educação.

Correioweb



Escândalo no Brasil. Fotos eróticas na internet




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A mulher que aparece nas fotos, fazendo sexo com dois homens, é uma universitária de 20 anos, Francine Favoretto de Resende. Ela mesma afirma, que as fotos foram montadas.

Segundo as palavras da família da Francine e dela mesma As fotos foram espalhadas pela Internet por um rapaz como vingança pela moça ter se recusado a namorá-lo. A identidade do rapaz está sendo mantida em sigilo pela polícia. Segundo o Valter Bettio, delegado de Pompéia, o rapaz mora em Araraquara para onde foi depois do escândalo e deverá ser ouvido por carta precatória.

Francine recebeu propostas para participar de programas em rede nacional de televisão para falar sobre o assunto e o caso de constrangimento já foi apresentado por diversos veículos de comunicação em todo o país. Por causa das fotos, Francine teve, em 12 de abril, de ser escoltada da faculdade onde estuda, em Marília, pela polícia, que usou gás pimenta para desfazer uma multidão de alunos que gritavam frases de ofensas e a ameaçavam do lado de fora da sala de aula.

Mas na última entrevista a estudante de direito afirmou que pretende voltar às aulas ainda nesta semana, porém não afirmou o dia. “Já avisei a coordenação da faculdade, mas não sei quando retorno”, disse.

Segundo as palavras do delegado titular de Pompéia, Valter Bettio, as investigações continuam. A polícia já entrou em contato com os provedores de sites onde as imagens foram publicadas para buscar a possível origem da emissão das fotos.


Seguro saúde




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Cliente não pode ser obrigado a aderir a novo plano




Uma seguradora não pode cancelar o plano de saúde de cliente porque este não é mais lucrativo para a empresa. O entendimento é da 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que declarou nula a cláusula do contrato da Companhia de Seguros Aliança do Brasil que outorgava ao fornecedor o direito de cancelamento integral do convênio caso não houvesse adesão ao novo plano.

O autor da ação alegou ter feito o contrato de seguros Ouro Vida, efetuando rigorosamente todos os pagamentos. Entretanto, recebeu a notificação de que deveria renovar as apólices para aderir ao Seguro Ouro Vida Grupo Especial. Caso contrário haveria o cancelamento do acordo. Ele referiu que uma das alterações no novo plano dizia respeito à perda de seguro relativamente à invalidez permanente por doença e doença terminal.

O relator, juiz convocado Ney Wiedemann Neto, destacou que os contratos de seguros estão submetidos ao Código de Defesa do Consumidor e que devem ser respeitadas as formas de interpretação e elaboração contratuais, especialmente a respeito do conhecimento ao consumidor do conteúdo do contrato, a fim de coibir desequilíbrio entre as partes.

Com fundamento no artigo 51, inciso IV, do CDC, que diz que “são nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade,” o juiz declarou a nulidade da cláusula.

Ele destacou que o fato de a seguradora ter demonstrado seu prejuízo com a contratualidade não se mostra suficiente para configurar desequilíbrio, mas mero risco assumido.

Também participaram do julgamento no dia 20 de abril os desembargadores Osvaldo Stefanello e Artur Arnildo Ludwig.

Processo: 70.011.938.594

Revista Consultor Jurídico, 25 de abril de 2006


Invasão de competência




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Lei que regula emissão de diploma é contestada no STF




A Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal contra a Lei 12.248/06, do estado de São Paulo. O texto regulamenta a cobrança de emissão de certificados e diplomas de conclusão de curso e estabelece que o valor máximo cobrado pela confecção, emissão e registro dos diplomas não pode superar cinco Ufesps — Unidade Fiscal do Estado de São Paulo. Cada Ufesp custa R$ 13,93.

A entidade sindical afirma que, ao aprovar a lei, o estado invadiu competência privativa do Poder Público Federal (artigo 22, inciso XXIV da Constituição Federal) e feriu as garantias constitucionais de proteção da ordem econômica e financeira. Outro argumento é que as instituições de ensino particulares não-universitárias dependem das universidades públicas para registrarem seus diplomas no Ministério da Educação e, então, a limitação da cobrança pode gerar déficit financeiro ao próprio Poder Público.

“A lei não pode interferir na gerência financeira de uma instituição educacional sem ter em mente os custos gerados pelo serviço que visa atingir, pois tal situação leva à interferência do poder estatal sobre os rumos da própria instituição, tanto em sua formação didático-científica quanto em relação à sua autonomia administrativa e financeira”, alega a confederação. A ADI está sob análise do ministro Marco Aurélio, relator do caso.

ADI 3.713

Revista Consultor Jurídico, 25 de abril de 2006

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