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quinta-feira, maio 15, 2008

História da Criminologia - a "Síndrome de Estocolmo". - Observatório da Criminologia (Prof. Lélio Braga Calhau)

 

Domingo, 11 de Maio de 2008

História da Criminologia - a "Síndrome de Estocolmo".

 

Segundo a Wikipedia, a Síndrome de Estocolmo (Stockholm Syndrome) é um estado psicológico particular desenvolvido por pessoas que são vítimas de seqüestro. A síndrome se desenvolve a partir de tentativas da vítima de se identificar com seu captor ou de conquistar a simpatia do seqüestrador.


Os vídeos abaixo são de matérias do sequestro de Patrícia Hearst (estão em inglês, sem legendas). Após ser sequestrada, Patrícia criou vínculos com seus sequestradores e passou a praticar crimes com eles.

 

Segundo a Wikipedia, o caso mais famoso e mais característico do quadro da doença é o de Patty Hearst, que desenvolveu a doença em 1974, após ser seqüestrada durante um assalto a banco realizado pela organização militar politicamente engajada (o Exército de Libertação Simbionesa). Depois de libertada do cativeiro, Patty juntou-se aos seus captores, indo viver com eles e sendo cúmplice em assalto a bancos. A síndrome pode se desenvolver em vítimas de sequestro, em cenários de guerra, sobreviventes de campos de concentração, pessoas que são submetidas a prisão domiciliar por familiares e também em vítimas de abusos pessoais, como mulheres e crianças submetidas a violência doméstica e familiar.





 

Observatório da Criminologia (Prof. Lélio Braga Calhau): História da Criminologia - a "Síndrome de Estocolmo".

 

 

 

terça-feira, maio 06, 2008

Projeto "Depoimento Sem Dano" - Observatório da Criminologia (Prof. Lélio Braga Calhau)

 

Segunda-feira, 5 de Maio de 2008

Projeto "Depoimento Sem Dano"

 

O projeto Depoimento Sem Dano (DSD) foi implantado na 2ª Vara da Infância e da Juventude de Porto Alegre (2ª VIJ -- Porto Alegre), em maio de 2003, com o intuito de evitar que a criança ou adolescente vítima de abuso sexual passasse por mais de uma inquirição durante o processo judicial. Introduzindo recursos como câmeras filmadoras e equipamentos de gravação em audiências, o projeto tem como principal objetivo promover a proteção psicológica da criança vítima de violência sexual, evitando seu contato com o acusado e a repetição de interrogatórios. Elogiado por profissionais da área do Direito, o projeto encontra-se em expansão, com vistas a ser aplicado em todo o país.Autor: Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul

 

 

Postado por Observatório da Criminologia

 

Observatório da Criminologia (Prof. Lélio Braga Calhau): Projeto "Depoimento Sem Dano"

 

sexta-feira, maio 02, 2008

Lawyer Journal - Zona do Crime

 

1st-May-2008 07:02 am

Filme faz reflexão sobre Justiça com as próprias mãos

por Maurício Cardoso

 

Chega aos cinemas nesta quarta-feira o filme La Zona. Em português, recebeu o nome de Zona do Crime, mas poderia se chamar muito bem, em qualquer idioma, Guerra Civil. É um filme mexicano, mas conta uma história muito familiar para brasileiros, argentinos, americanos ou europeus. Fala de violência urbana, mas trata também da falência dos valores e das instituições do Estado — segurança pública e Justiça, especialmente. Filosofa ainda sobre luta de classes, mas não precisava. Para quem gosta de ir ao cinema e sair pensando na vida, vale a pena.

 

O diretor é Rodrigo Plá, ganhador do Oscar de curta-metragem de 2001, que com essa obra estréia na direção de longas. O elenco traz Maribel Verdú, que aparece em O Labirinto do Fauno, e Daniel Gimenez Cacho, de Ninguém Escreve ao Coronel, que já foram exibidos em telas brasileiras. São nomes que servem como recomendação de boa obra (Clique aqui para ver o trailer).

 

Baseado em conto homônimo escrito por Laura Santullo, mulher do diretor, Zona do Crime conta uma história simples e horripilante dos nossos tempos: três pivetes invadem um condomínio de luxo na Cidade do México e ao tentar assaltar uma residência matam sua moradora. O alarme soa, a segurança privada do condomínio sai em perseguição dos assaltantes. No tiroteio são mortos dois assaltantes e um guarda, alvejado por fogo amigo.

 

O condomínio é uma fortaleza cercada de favelas por todos os lados. A fumaça do tiroteio ainda está no ar quando os condôminos se reúnem para tomar as providências do caso. Ou seja: 1) capturar o assaltante sobrevivente para fazer Justiça; 2) impedir que o infausto episódio comprometa a segurança da ilha de tranqüilidade que compraram e construíram com o suor de seu trabalho. As decisões, obviamente, são democraticamente aprovadas em assembléias do condomínio.

 

As duas medidas têm a mesma origem e explicação: o Estado está falido, as instituições policial e judicial são corruptas. Então, melhor que os cidadãos de bem resolvam o problema por sua conta e risco. A conta significa isso mesmo: estão dispostos a comprar e a pagar por tudo que for necessário para manter a inviolabilidade do seu reduto, inclusive a omissão da polícia. O risco fica por conta da ousadia dos justiceiros que saem em perseguição ao sobrevivente. O desespero é geral tanto pelo que aconteceu como pelo que pode vir a acontecer.

 

Do lado de fora dos muros do condomínio, devidamente guarnecidos por cercas elétricas, arame farpado e câmeras de vigilância, o quadro é diferente, mas parecido. A mãe do assaltante que sobreviveu e sumiu vive o mesmo desespero e a mesma solidão em busca do filho. Ela bem que tenta a ajuda da polícia para localizá-lo, mas é solenemente ignorada. Se pudesse, ela também faria justiça com as próprias mãos.

 

Diante da deterioração dos valores e das relações sociais, como bem prova o filme de Rodrigo Plá e a multidão que consome diariamente cada episódio do caso Isabella em São Paulo, são as boas intenções e a má consciência de cada cidadão que darão solução para os problemas de convivência entre os seres humanos. Aliás, as ocorrências de linchamento no país são muito mais freqüentes do que faz supor a ira dos apresentadores justiceiros que atuam na TV. Justiça por conta própria não é, decisivamente, privilégio de classe social.

 

O fim do filme, que não precisa ser revelado, só poderia ser um: todos perdem. O filme não tem mocinho. Ricos e pobres, culpados e inocentes, respeitadores da lei e defensores da segurança, todos sucumbem diante do medo e da violência. Embora tenha semelhanças temáticas com filmes como os brasileiros Cidade de Deus e Tropa de Elite, a ficção de Zona do Crime tem mais ainda com a realidade, que não é só a do México.

 

“A minha razão para fazer o filme foi que me encontrei com uma Cidade do México cheia de muros, de câmeras, de cercas de segurança”, disse o diretor Rodrigo Plá em entrevista ao jornal O Globo. “Essa paisagem urbana me preocupa.” Uma preocupação, que o próprio diretor reconhece, é comum a todos os moradores dos grandes centros urbanos da América Latina.

 

A distribuidora Dreamlands oferece 10 pares de ingressos para serem sorteados entre os leitores do Consultor Jurídico. Os ingressos, válidos de segunda a quinta-feira, serão sorteados entre leitores das cidades onde o filme está em exibição, que se cadastrarem para concorrer (clique aqui para se cadastrar). Confira a lista de salas de cinemas que exibem o filme. Os nomes dos leitores sorteados serão divulgados na segunda-feira (5/5).

 

Revista Consultor Jurídico

Sobre o autor

Maurício Cardoso: é diretor de redação da revista Consultor Jurídico

Consultor Jurídico

Lawyer Journal - Zona do Crime

 

Homicídios - Recife já tem contador eletrônico de assassinatos. - Observatório da Criminologia (Prof. Lélio Braga Calhau)

 

Quinta-feira, 1 de Maio de 2008

Homicídios - Recife já tem contador eletrônico de assassinatos.


Segundo o blog www.pebodycount.com.br, a cidade de Recife tem desde a manhã desta quarta-feira (30.04.08), o primeiro contador de homicídios instalado na rua, do mundo.

A iniciativa é uma parceria do PEbodycount e da Faculdade Maurício de Nassau. O equipamento eletrônico concebido pela designer Andréa Aguiar e confeccionado pela SMM Publicidade fica na esquina das Ruas Joaquim Nabuco e Guilherme Pinto, nas Graças.

A proposta das duas instituições é levar ao conhecimento da população a informação sobre a violência em Pernambuco e, a partir daí, incentivar o controle social, o debate e a participação da sociedade.

Observatório da Criminologia (Prof. Lélio Braga Calhau): Homicídios - Recife já tem contador eletrônico de assassinatos.

 

quarta-feira, abril 23, 2008

Face do crime - Delegado da PF lança livro sobre crime organizado - Consultor Jurídico

 

Face do crime

Delegado da PF lança livro sobre crime organizado

 

A busca do controle da criminalidade por meio da cooperação internacional. Este é um dos principais pontos defendidos no livro O Crime Organizado na Visão da Convenção de Palermo, escrito pelo delegado da Polícia Federal Rodrigo Carneiro. A obra, que já está à venda, será lançada oficialmente nesta terça-feira (8/4), em Brasília. O lançamento começa às 19h no restaurante Carpe Diem, que fica na SCLS 104, Bloco D, Loja 1, Asa Sul.

 

No livro, de 264 páginas, o autor trata da formação do conceito de crime organizado pela Convenção de Palermo, instituída como lei no Brasil pelo Decreto 5.015/04. Carneiro fala de cooperação internacional e de projetos de lei sobre o crime organizado, das suas formas de atuação, instrumento de prevenção, controle e repressão.

 

Segundo o delegado, o livro não foi concebido como ferramenta para a segurança pública, mas, provavelmente, também vai se prestar a isso. “A segurança pública não precisa de uma receita mágica, mas de integração das políticas existentes, cooperação entre as instituições públicas e políticas públicas sociais sérias e contínuas. Nada de novo na composição da fórmula, mas ainda não encontramos o gestor de segurança pública que conseguirá utilizar esses e outros ingredientes na quantidade correta e combiná-los de forma eficiente”, afirma Rodrigo Carneiro.

 

Ele tem, no seu currículo na Polícia Federal, além da participação em inquéritos da Operação Sanguessuga, que tramitaram no Supremo Tribunal Federal, o comando da investigação da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, que ficou conhecido depois de relatar à CPI dos Bingos, em 2006, que o ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci freqüentou casa de lobistas. Sua investigação culminou com a recente denúncia do ex-ministro, feita pela Procuradoria-Geral da República. Carneiro também é professor da Academia Nacional de Polícia, membro da Diretoria Executiva da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal e de sua Comissão de Prerrogativas.

 

O livro tem o prefácio do diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e ex-diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda. Nas palavras de Lacerda: “Pela relevância de que se reveste no contexto atual e considerando a escassez de obras sobre o tema abordado, honra-me sobremaneira fazer a apresentação deste valioso opúsculo aos estudiosos e operadores do direito, na convicção que muito contribuirá para o engrandecimento da literatura penal brasileira”. A nota de apresentação do livro fica por conta do desembargador federal aposentado Vladimir Passos de Freitas, ex-presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

 

O Crime Organizado na Visão da Convenção de Palermo é resultado de encontros e reuniões com alunos e professores do curso de pós-graduação de Segurança Pública e Defesa Social (MBA) na União Pioneira de Integração Social, em Brasília. Para comprar, clique aqui.

 

Revista Consultor Jurídico, 8 de abril de 2008

 

Consultor Jurídico

 

terça-feira, abril 22, 2008

BBCBrasil.com | Reporter BBC | Site brasileiro quer mapear crimes no mundo

 

http://www.bbcbrasil.com

22 de abril, 2008 - 10h56 GMT (07h56 Brasília)

Site brasileiro quer mapear crimes no mundo

 

Página do site

Site mostra zonas com índice de criminalidade

 

Um professor universitário brasileiro criou um site na internet para mapear a ocorrência de crimes em todo o mundo, com base em informações das próprias vítimas.

O wikicrimes.org, criado pelo professor cearense Vasco Furtado, é um portal com mapa interativo onde as pessoas podem registrar crimes e, com isso, ajudar a identificar zonas com maior índice de criminalidade.

 

Furtado acredita que seu projeto pode ajudar a população brasileira a mapear as áreas mais perigosas do país. Segundo ele, o Estado no Brasil “monopoliza” a informação sobre os delitos e os números são questionados.

 

Além disso, muitas pessoas acreditam que não adianta reportar alguns crimes à polícia. “Cerca de 50% de alguns tipos de crimes não são denunciados”, afirma Furtado.

 

“É uma forma que permite à população declarar ‘esta região é perigosa, aqui ocorrem crimes’. A informação é para o cidadão, que é quem decidirá o que fazer com os dados que considere relevante”, explica Furtado.

 

A estatística publicada no site na manhã desta terça-feira mostrava 615 casos registrados em Fortaleza, 66 no Rio de Janeiro, 64 em Campo Grande e 38 em São Paulo.

 

Página do wikicrimes

Rio de Janeiro no site

 

Furtado acredita que estas informações fornecidas poderiam ser complementadas com dados policiais. No entanto, o professor disse à BBC que já convidou autoridades a colocar dados na página, mas não recebeu nenhuma resposta.

 

O departamento de Polícia Civil do Rio de Janeiro afirmou à BBC que tem a preocupação de “não revelar dados que possam restringir” o seu trabalho. Além disso, quer evitar criar uma sensação de insegurança à população.

 

Não há como comprovar as informações publicadas no site, que depende da boa fé dos seus usuários. Para “denunciar” crimes na página, basta se cadastrar como usuário do site e clicar no lugar onde ocorreu o crime. Algumas informações serão solicitadas como dia e hora do crime, número de pessoas envolvidas e testemunhas.

 

BBCBrasil.com | Reporter BBC | Site brasileiro quer mapear crimes no mundo

 

terça-feira, abril 15, 2008

Música e cinema - Filme: As duas faces de um crime (Richard Gere, 1996) - Dulce Pontes e sua "Canção do Mar" - Observatório da Criminologia (Prof. Lélio Braga Calhau)

 

Sábado, 12 de Abril de 2008

Música e cinema - Filme: As duas faces de um crime (Richard Gere, 1996) - Dulce Pontes e sua "Canção do Mar".

 

Réu e advogado. Filme de tribunal com espetacular revelação.

 

Quem não gosta de um filme de Tribunal? Faz parte da cultura do estudioso das ciências criminais assistir filmes que envolvam os dramas de um julgamento criminal. Em 1996, Richard Gere surpreendeu o grande público com a brilhante interpretação de um advogado criminal (saído da Promotoria) e que defendia uma acusado da prática de um homicídio e com possíveis problemas de personalidades múltiplas(papel do ator Edward Norton).

 

Outro destaque do filme foi a música "Canção do Mar", interpretada pela portuguesa Dulce Pontes. Deixo a música para vocês e desejo a todos um bom final de semana.

 

 

 



 

Observatório da Criminologia (Prof. Lélio Braga Calhau): Música e cinema - Filme: As duas faces de um crime (Richard Gere, 1996) - Dulce Pontes e sua "Canção do Mar".

 

terça-feira, abril 08, 2008

Para peritos, Isabella foi asfixiada e atirada

 

8/4/2008

Para peritos, Isabella foi asfixiada e atirada

 

Os peritos do IML (Instituto Médico Legal) não têm mais dúvidas: a menina Isabella Nardoni, 5, foi mesmo atirada do apartamento de seu pai, Alexandre Alves Nardoni, 29, na noite de 29 de março. Até ontem, os peritos que analisaram o corpo da criança ainda divergiam sobre ela ter sido arremessada ou deixada no jardim onde seu corpo foi encontrado.

 

Além de concluir que Isabella foi jogada através de um buraco feito na tela de proteção de um quarto do sexto andar do prédio onde o pai vivia, na zona norte, os peritos também deverão apontar nos laudos sobre o crime que a queda foi determinante para a morte da menina.

 

Peritos do IML e do IC (Instituto de Criminalística) também confirmaram que, além da queda, a menina foi asfixiada, conforme revelou a Folha, muito provavelmente ainda dentro do apartamento do pai.

 

Um dos maiores desafios dos peritos do IML em apontar com exatidão a causa predominante da morte da menina é o "lapso de tempo" entre o momento em que ela foi sufocada e a queda no jardim. Tudo foi rápido, segundo os peritos.

 

Na janela de onde a menina foi jogada, os peritos do IC encontraram ontem marcas possivelmente deixadas pelas mãos de Isabella e que indicam que ela foi jogada de cabeça para baixo, já desacordada (em função da asfixia). Para determinar como exatamente Isabella atingiu o solo do jardim do prédio do pai, o IC examina o afundamento na grama onde ela foi achada.

 

Os peritos do IC, principalmente os que integram o Núcleo de Física, já descartaram a hipótese de que a queda tenha sido provocada por acidente. No entender dos especialistas, se Isabella tivesse escorregado, é mais provável que caísse perto da base do edifício. Se tivesse pulado, o corpo teria caído a uma distância maior do que a que foi encontrado.

 

Por causa da queda do sexto andar, Isabella apresentou uma fratura na bacia. A outra ruptura de um osso de seu corpo apareceu no pulso direito, mas, ainda na análise dos peritos, esse ferimento foi causado num possível movimento de defesa, quando ela deve ter sido espancada por quem, instantes depois, a jogou pela janela.

 

Além da bacia e do pulso direito fraturados, Isabella também apresentava luxação no osso hióide (pequeno e único osso, em forma de ferradura, situado na parte anterior do pescoço, na base da língua), a língua estava para fora da boca quando foi achada no jardim, com as unhas roxas e com manchas no pulmão e no coração, todos esses traumas causados provavelmente pela asfixia.

 

Um corte de cerca de dois centímetros na testa de Isabella é analisado como o possível causador das manchas de sangue que foram encontradas no apartamento de seu pai. Ontem, os peritos vasculharam o local para descobrir se o ferimento foi causado por um móvel ou não, mas não conseguiram determinar o que causou esse ferimento.

 

Desde o dia 3, o pai de Isabella, Alexandre Nardoni, e a mulher dele, Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, 24, estão presos temporariamente --por 30 dias-- como principais investigados pela morte. Ontem, os defensores do casal impetraram um habeas corpus com pedido de liberdade para o casal.

 

Pegada na cama

Outra importante pista averiguada pela perícia e pela Polícia Civil para tentar determinar quem atirou Isabella do apartamento de seu pai é uma pegada ao lado de um pingo de sangue no lençol da cama do quarto de onde a menina foi atirada. Para os peritos, a pegada indicará quem pisou na cama para chegar à janela e, dali, jogar Isabella no jardim do prédio.

 

Cerca de 30 pares de sapatos e tênis pertencentes ao pai e à madrasta de Isabella são analisados pelos peritos do caso. A perícia está atrás de possíveis imagens de circuitos de câmeras de locais públicos onde o casal estava horas do crime e, com elas, analisará os pares de calçados apreendidos.

 

O delegado Calixto Calil Filho, 9º DP (Carandiru), afirmou ontem que aguarda os resultados oficiais dos laudos periciais antes de voltar a ouvir o casal. Os laudos também devem ser importantes para a futura realização de uma reconstituição do crime.

 

No dia 4, o IML pediu mais 15 dias de prazo para concluir as perícias e entregar os laudos sobre a morte de Isabella. São três os exames ainda não concluídos: 1) radiológico; 2) toxicológico do casal e da menina e 3) anatomopatológica (análise microscópica dos órgãos).

 

Todos esses laudos serão anexados ao laudo necroscópico que irá determinar oficialmente a causa da morte da menina. De acordo com médicos do IML, dez amostras com sangue ou vestígios de sangue foram entregues para análise no IC. O órgão pretende confrontá-las com o sangue colhido de Isabella e do casal para determinar a quem ele pertence.

 

Folha de S.Paulo

 

Para peritos, Isabella foi asfixiada e atirada

 

Dica de filme - Criminologia - Escritores da liberdade (Freedom Writers, 2007) - Observatório da Criminologia (Prof. Lélio Braga Calhau)

 

Sábado, 5 de Abril de 2008

Dica de filme - Criminologia - Escritores da liberdade (Freedom Writers, 2007)

Foto 1: Hilary Swank (do filme Menina de Ouro) é a atriz que interpreta a professora que mudou a realidade de vários membros de gangues.

 

Prezados internautas, hoje quero indicar um filme fantástico para vocês. Trata-se de "Escritores da liberdade" (Freedom Writers, 2007). É um filme que trata de temas com a educação, violência, ética, gangues e baseado em fatos reais.

 

Recentemente promovi um pequeno seminário de Criminologia em Governador Valadares (MG) onde reunimos especialistas da segurança para tratar do fenômeno das gangues. Houve diversas palestras, visões da Criminologia, da Polícia, da Secretaria de Estado da Defesa Social, mas a que mais me tocou foi a palestra de um Capitão da PM mineira, Antonio Adirson, e que nos trouxe a visão daquela pessoa que se encontra envolvida no problema das gangues. Lá no seu bairro afastado, sem condições de trabalho, sem ajuda, sem apoio efetivo para transformar sua vida.

 

Esse filme trata disso. Nós podemos recuperar várias dessas pessoas. Temos que nos esforçar para fazer a nossa parte. Para tanto devemos deixar de atuar mecanicamente no Sistema da Justiça e, em um primeiro momento, buscar entender a realidade criminológica das gangues.

 

A Criminologia aponta que as pessoas que estão envolvidas em gangues, na maioria dos casos, não possuem nenhum projeto pessoal para o médio e longo prazo em suas vidas. São pesssoas que tem como único objetivo viver o presente (algumas afirmam mesmo que vivem em uma "guerra"), em alguns casos, sobreviver. Temos de mudar isso, dar uma esperança e um objetivo para essas pessoas. Algumas pessoas não praticam crimes, não tanto por medo do Sistema da Justiça, mas sim, para não terem seus projetos pessoais de médio e longo prazos atrasados ou abortados antes de se iniciarem.

 

Espero que gostem do filme. Ele pode ser utilizado em dinâmicas com pessoas ou grupos envolvidos com problemas na Justiça. Vale a pena ver. Um abraço, lélio.

 

 

Foto 2: A professora gostava dos seus alunos. Não fazia apenas parte do sistema...

 

Observatório da Criminologia (Prof. Lélio Braga Calhau): Dica de filme - Criminologia - Escritores da liberdade (Freedom Writers, 2007)

 

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