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sexta-feira, setembro 12, 2008

Sistemas informáticos auxiliam a justiça na apreensão de bens de devedores


Raphael Simões Andrade - Comentários

A justiça está inovando com a informática e com este auxílio está cada vez mais fechando o cerco contra devedores. Veja a lista de sistema:

        - INFOJUD – que cruza informações da Receita Federal com o Tribunal Superior do Trabalho (TST) e os Tribunais Regionais do Trabalho (TRT) para agilizar o envio de informações cadastrais e econômico-fiscais para a justiça do trabalho;

        - PROJUDI (Programa Judicial Digital), sistema desenvolvido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para a virtualização dos processos, cujo objetivo é impulsionar a tramitação dos processos jurídicos;

        - BACEN-JUD, mais conhecido como “penhora on line”, sistema informático desenvolvido pelo Banco Central que permite aos juízes penhorar conta corrente do devedor através de seu CPF ou CNPJ;

        - RENAJUD ou penhora on line de veículos.

 

Leia o resto do artigo do advogado Alexandre Atheniense, para saber mais sobre os procedimentos e alcance destes sistemas.


 

Sistemas informáticos auxiliam a justiça na apreensão de bens de devedores

 

Ajustiça está valendo-se cada vez mais dos recursos da informática para fechar o cerco contra devedores. Além do INFOJUD – que cruza informações da Receita Federal com o Tribunal Superior do Trabalho (TST) e os Tribunais Regionais do Trabalho (TRT) para agilizar o envio de informações cadastrais e econômico-fiscais para a justiça do trabalho, conta com o PROJUDI (Programa Judicial Digital), sistema desenvolvido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para a virtualização dos processos, cujo objetivo é impulsionar a tramitação dos processos jurídicos. Conta, ainda, com o BACEN-JUD, mais conhecido como “penhora on line”, sistema informático desenvolvido pelo Banco Central que permite aos juízes penhorar conta corrente do devedor através de seu CPF ou CNPJ e com o recente RENAJUD ou penhora on line de veículos.

 

Um acordo entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e os ministérios das Cidades e da Justiça vai permitir que juízes de qualquer Estado da Federação busquem em tempo real as restrições judiciais de veículos através do Sistema on line de Restrição Judicial de Veículos (Renajud), visando agilizar as execuções de dívidas judiciais no Brasil, forçar o pagamento e economizar tempo e dinheiro (evitando a expedição de ofícios em papel). O sistema vale para casos de cheques, duplicatas, empréstimos, notas promissórias, aluguel, condomínios e execução de sentença.

 

O juiz, pelo Sistema RENAJUD, via internet, por meio de uma senha eletrônica, poderá inserir restrições para impedir a transferência, o registro da mudança de propriedade do veículo, como também um novo licenciamento no Sistema RENAVAM; impedir a circulação – restrição total e autoriza o recolhimento para um depósito judicial; apontar o registro de penhora - registra no Sistema RENAVAM a penhora efetivada em processo judicial sobre o veículo e seus principais dados (valor da avaliação, data da penhora, valor da execução e data da atualização do valor da execução); ordem ao DETRAN para apreensão do carro e ordem de venda para o pagamento da dívida judicial.

 

O Tribunal de Justiça de São Paulo irá lançar um sistema similar ao BACEN-JUD, que permitirá a penhora on-line de imóveis em todo o Estado. Já existe um sistema desenvolvido pela Associação dos Registradores de Imóveis de São Paulo desde 2005, que vem sendo utilizado pelos juízes trabalhistas, procuradores da Fazenda Nacional, procuradores do Estado e pela Receita Federal.

 

Esses sistemas, sem dúvida, agilizam o judiciário, mas deixam sem saída quem está com problemas financeiros, pois além de terem seus bens confiscados, ainda estarão pagando valores a maior. Por exemplo, se um cidadão tem um débito de R$ 5.500,00 e lhe confiscam um automóvel, estará bloqueando um bem com valor muito além do devido.

 

Por isso recomendo sempre a prevenção, haja sempre de acordo com suas possibilidades e vise a advocacia preventiva.

 


Sistemas informáticos auxiliam a justiça na apreensão de bens de devedores

 

 

segunda-feira, junho 02, 2008

Leia entrevista sobre a realidade e os desafios da justiça brasileira na era digital - DNT - O Direito e as novas tecnologias

 

Leia entrevista sobre a realidade e os desafios da justiça brasileira na era digital

 

Capa_272 A realidade, as mudanças e os desafios que surgem com a implementação do processo eletrônico no Brasil são os temas discutidos em uma entrevista que concedi a revista jurídica Consulex.

 

 

Na entrevista, abordo sobre as primeiras experiências da utilização da tecnologia da informação na Justiça Brasileira, bem como as mudanças que irão ocorrer no cotidiano dos atores processuais bem como temas sobre a segurança da transmissão de documentos, o acesso aos autos processuais.

 

 

Acesse aqui a íntegra da entrevista

 

 

DNT - O Direito e as novas tecnologias

 

 

 

quinta-feira, maio 29, 2008

Processo eletrônico vai facilitar rotinas administrativas - DNT - O Direito e as novas tecnologias

 

Processo eletrônico vai facilitar rotinas administrativas

 

Papéis, pastas, carimbos. Além das centenas de milhares de processos judiciais, tramitam no Tribunal Superior do Trabalho (TST) centenas de processos administrativos e um número muito maior deles precisa ser arquivado. Com a regulamentação do processo administrativo eletrônico, toda essa papelada passa a ser, gradativamente, substituída por documentos digitalizados e procedimentos informatizados: os processos vão começar e terminar sem sair da rede de computadores. O TST é o primeiro tribunal brasileiro a adotar oficialmente o processo virtual no âmbito administrativo.

 

Um exemplo fácil de ser entendido é a requisição de material, procedimento rotineiro de todas as unidades do Tribunal. Inicialmente, o pedido é feito por meio de ordem de serviço, no Sistema Solicitação de Serviço. A Coordenadoria de Material e Logística recebe o pedido e verifica se há o material solicitado em estoque. Caso não haja, imediatamente abre um processo administrativo providenciando a compra e responde à ordem de serviço com o número desse processo. Com isso, a unidade que fez o pedido vai poder acompanhá-lo e cadastrá-lo para que sejam enviadas as atualizações da tramitação. A partir daí, todos os demais atos processuais serão realizados digitalmente.

 

A virtualização dos processos tem muitas vantagens em relação ao procedimento convencional. Os mais evidentes são a economia de tempo, papel e trabalho. O espaço também é um fator relevante: atualmente, 70% da área física do Tribunal destinada à guarda de processos são ocupados por processos administrativos e alguns deles chegam a ter 40 volumes. A tramitação virtual também permitirá suprimir etapas, e um secretário, por exemplo, não precisará reservar uma hora do dia para despachar com os coordenadores de sua área. A agilidade e a facilidade dos procedimentos reduzirão sensivelmente o tempo em que os processos costumam permanecer nas unidades.

 

A adoção do processo administrativo virtual representa uma mudança significativa nas rotinas e na cultura administrativa até então vigentes no Tribunal. Para assimilá-las, os servidores receberão treinamento e orientação das secretarias de Administração, Orçamento e Finanças, de Gestão de Pessoas e de Tecnologia da Informação.

 

DNT - O Direito e as novas tecnologias

 

 

terça-feira, maio 20, 2008

Serviço prestado - Cresce peticionamento eletrônico no TRT de Mato Grosso - Consultor Jurídico

 

Serviço prestado

Cresce peticionamento eletrônico no TRT de Mato Grosso

 

Protocolada no dia 20 de agosto de 2002, a primeira petição eletrônica recebida pelo Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso (TRT-MT) representou uma transformação no dia-a-dia do órgão e dos advogados do estado. Tanto que a procura pelo serviço cresceu rapidamente.

 

Entre agosto de 2002 e dezembro de 2007 foram protocoladas 47.519 petições. O número de petições enviadas cresceu 63 vezes em menos de seis anos. Em 2002, o sistema recebeu 351 arquivos. Em 2007, foram 22.133 petições enviadas. Entre 2005 e 2006, o crescimento foi de 104% e de 81% no ano seguinte.

 

Antes da implantação do peticionamento eletrônico, o advogado tinha de comparecer pessoalmente ao setor de protocolo durante o horário de expediente do Tribunal. “Com a implantação do sistema o horário foi estendido até as 24h e o advogado pode enviar as petições de qualquer localidade por meio de um computador ligado a internet”, destaca Luciano Francisco de Jesus, responsável pelo setor de segurança de dados na Diretoria de Tecnologia da Informação do TRT-MT.

 

Revista Consultor Jurídico, 20 de maio de 2008


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Consultor Jurídico

 

 

quinta-feira, abril 24, 2008

Juizado Especial Cível da Freguesia do Ó em SP recebe críticas de usuários - DNT - O Direito e as novas tecnologias

 

Juizado Especial Cível da Freguesia do Ó em SP recebe críticas de usuários

 

Temos recebidos queixas de advogados paulistanos que frequentam o fórum do Juizado Especial da Freguesia do Ó, que deveria servir como modelo para aplicação da Lei de Informatização do Processo Judcial.

 

Segundo relato do advogado Caio César,


"Quando o fórum foi inaugurado e iniciou suas atividades o procedimento era o seguinte: o advogado que fosse distribuir/protocolar petições poderia realizar o ato pela internet usando a certificação digital, ou então pessoalmente no fórum, sendo que deveria retornar dentro de 1 semana para retirar as vias cópias em papel  das petições e documentos que seriam digitalizados.

 

Óbvio que pouquíssimos cumpriam tal exigência, logo, o TJ alterou a sistemática, em razão da grande quantidade de papel que estava ficando arquivado após a digitalização, aguardando a retirada por parte dos advogados.

 

O novo procedimento consiste no advogado aguardar a digitalização de todo o processo antes de receber a cópia do protocolo.

 

Sendo assim, àqueles que não tem um certificado digital, estão sujeitos à horas de espera para distribuir e protocolar uma petição. Só para vocês terem uma idéia, na sexta eu compareci para distribuir uma ação, e desisti pois havia apenas 2 advogados na minha frente, aguardando o retorno de seus protocolos há 2 horas !!!!

 

Preferi tentar hoje (terça) no primeiro horário para pelo menos não haver ninguém antes de mim. Resumo da espera, cheguei às 9:40 e sai às 10:45, sendo que só havia eu para ser atendido.

 

Tal posição por parte do TJ torna o Processo eletrônico completamente discriminatório e inviável. Hoje, com a demanda ainda escassa no fórum da Freguesia, para àqueles que necessitam realizar a distribuição/protocolo no fórum já demora todo esse tempo, imagina quando houver um grande número de demanda.

 

A sistemática adotada é um absurdo, pois obriga o advogado a ter o certificado, sob pena de perder o dia aguardando a distribuição de uma petição. Tal situação só mostra mais uma vez o despreparo e falta de bom senso por parte daqueles que estão implementando o novo sistema.

 

Bom, é isso aí, este relato é para contribuir com informações de como as coisas estão sendo conduzidas."


DNT - O Direito e as novas tecnologias

 

quarta-feira, abril 02, 2008

Justiça do Trabalho opta por modelo único de gestão de tecnologia da informação - DNT - O Direito e as novas tecnologias

 

Justiça do Trabalho opta por modelo único de gestão de tecnologia da informação

 

O Conselho Superior da Justiça do Trabalho aprovou em 28/3 o Novo Modelo de Gestão Corporativa da Tecnologia da Informação e das Comunicações na Justiça do Trabalho. O objetivo é integrar toda a estrutura da Justiça do Trabalho – o Tribunal Superior do Trabalho, os 24 Tribunais Regionais e as 1.370 Varas do Trabalho – num único modelo e aplicar a Tecnologia da Informação e das Comunicações de forma corporativa.

 

É um exemplo que deveria ser seguido pelos demais Tribunais mas a estrutura orçamentária existente no nosso país não torna viável a adoção de um modelo único para os Tribunais Estaduais por exemplo.

 

Desta forma, espera-se que os sistemas de processo eletrônico e administração interno da Justiça do Trabalho sejam padronizados. Este é um dos maiores problemas existentes na implantação do processo eletrônico em nosso país.

 

A adoção do novo modelo foi proposta pela Comissão de Avaliação de Projetos de Informática do CSJT, grupo que reúne juízes e servidores e é responsável pela supervisão das ações desenvolvidas dentro do projeto orçamentário de informatização da Justiça do Trabalho (o Sistema Integrado de Gestão da Informação, ou SIGI). Iniciado em 2001 por iniciativa do TST, o SIGI ganhou nova dimensão com a instalação, em 2005, do CSJT, criado pela Emenda Constitucional nº 45/2004 e com o surgimento do projeto e-JUS, de informatização de todo o Poder Judiciário Federal.

 

“É um trabalho de fôlego, fundamental para que possamos continuar a desenvolver a unificação tecnológica da Justiça do Trabalho”, afirma o presidente do CSJT e do TST, ministro Rider Nogueira de Brito. O ministro lembrou que a falta de familiaridade dos magistrados com as ferramentas de informática criou algumas dificuldades para o desenvolvimento dos muitos projetos em andamento. A Comissão de Avaliação dos Projetos de Informática veio justamente criar uma ponte entre um corpo técnico altamente qualificado e o “cliente” ou usuário final, os magistrados, ao reunir juízes com conhecimento em Tecnologia da Informação e servidores da área técnica e da área-fim da Justiça do Trabalho, a área judiciária. “Esse grupo, que une o útil ao agradável, apresenta agora esse modelo de gestão que é um marco para a Justiça do Trabalho”, destaca o ministro Rider de Brito. “A partir de agora nos conduziremos por caminhos previamente traçados, não continuaremos a improvisar. Trata-se de uma grande realização do CSJT no sentido daquilo que temos enfatizado, que é a transformação da Justiça do Trabalho, de um arquipélago, num continente.”

 

A magnitude, o alcance, a diversidade e a complexidade do projeto modernizador levaram a CAPI a concluir que a estrutura da gestão corporativa da informatização nos moldes anteriores estava defasada e exigia adequações. Até então, a gestão do SIGI-JT vinha sendo conduzida de forma descentralizada e cooperativa, procurando atender às demandas à medida que estas surgiam. “Num curto período de tempo – entre 2004 e 2008 -, houve necessidade de assimilação de grande quantidade de informações técnicas e orçamentárias sem que fosse possível, porém, chegar a uma visão exata do que ocorria no desenvolvimento das muitas ações e subprojetos em que se desdobrou o projeto maior”, afirmam os integrantes da CAPI na proposta apresentada ao CSJT. O modelo aprovado pelo CSJT partiu da observação atenta dos vários problemas enfrentados desde a implantação do primeiro projeto orçamentário estratégico, em 2002. O grande desafio encontra-se em gerenciar esforços dispersos por diferentes esferas organizacionais com vistas à consecução dos resultados almejados, e para alcançá-lo o CSJT usará recursos humanos de todos os Tribunais e Varas do Trabalho.

 

No desenvolvimento do modelo, os integrantes da CAPI basearam-se nas teorias organizacionais, no estudo de casos e na avaliação de melhores práticas nas áreas de administração pública e empresarial, gestão de pessoas, planejamento estratégico, gerenciamento de projetos, gestão da qualidade, melhoria de processos, governança corporativa, comunicação institucional e em temas acessórios, como governo eletrônico, economia, orçamento e finanças, terceirização, consultoria e planejamento, aspectos legislativos e normativos. “Espera-se constituir um legado para a continuidade do processo de modernização tecnológica”, afirmam os integrantes da Comissão. “Não era mais possível conduzir a execução do SIGI-JT como um mero programa de investimentos para a compra de máquinas, montagem de infra-estrutura, ampliação de redes e renovação de sistemas de informática. É preciso que cada ação esteja associada com um avanço institucional. Isto é possível, e tem sido alcançado em muitos casos”, afirma o juiz Cláudio Mascarenhas Brandão, do TRT da 5ª Região (BA), presidente da CAPI.

 

Gestão em camadas

 

O Novo Modelo de Gestão Corporativa da Tecnologia da Informação e das Comunicações assenta-se em camadas ou níveis hierarquicamente relacionados – análogos aos clássicos planos estratégico, tático e operacional. A coordenação política será exercida pela CAPI (formada por magistrados e assessorada por executivos e técnicos), que coordenará o processo de modernização tecnológica.

 

A Assessoria de Tecnologia da Informação e das Comunicações do CSJT se incumbirá da gerência técnica, e será responsável pela intermediação entre os níveis de decisão e execução, cabendo-lhe, também, propor diretrizes e padrões relativos ao desenvolvimento dos projetos, à formalização das ações na esfera administrativa do CSJT e do TST e à comunicação organizacional.

 

Os atuais grupos de trabalho serão substituídos por comitês setoriais, com atribuições que incluem, além do desenvolvimento dos projetos, a aquisição, a consolidação e a disseminação de conhecimentos técnicos para as equipes dos Tribunais e Varas. O modelo se completa com unidades que se encarregarão da comunicação institucional, das negociações institucionais, da fiscalização e do controle.

 

SIGI-JT, a espinha dorsal da integração

 

O Modelo Único de Gestão é o desdobramento necessário da constatação de que o SIGI, mais do que um reforço orçamentário, constitui um vigoroso programa de modernização, que engloba diversos projetos setoriais. A maioria desses projetos visou, até agora, à compra de equipamentos e programas em grandes quantidades e à assinatura de grandes contratos de prestação de serviços em nível nacional, a fim de atender à totalidade dos TRTs e ao TST e a criar uma base padronizada.

 

Das várias ações bem sucedidas, destacam-se a padronização do sistema gerenciador de bancos de dados, a contratação da Rede Nacional de Comunicação de Dados da Justiça do Trabalho, em fase de implantação pela Embratel, e a compra de dispositivos e programas de segurança da informação. Os parques de equipamentos dos Tribunais foram também ampliados e atualizados, com a aquisição de computadores, impressoras, multifuncionais e outros equipamentos. A Fundação Getúlio Vargas foi contratada para mapear e aprimorar as rotinas de trabalho das três instâncias, etapa necessária para o desenvolvimento do sistema corporativo, padronizado e uniformizado de administração processual (o SUAP, sistema Unificado de Administração Processual), que está a cargo do SERPRO.

 

Além desses avanços, encontra-se em fase de desenvolvimento um novo sistema de cálculo judicial unificado, o e-CALC, e, para a área administrativa foi concebido o SIGA – sistema Integrado de Gestão Administrativa, cuja descrição funcional básica foi concluída recentemente. O CSJT trabalha também no desenvolvimento do Portal Corporativo da Justiça do Trabalho e adquiriu ferramentas de ensino à distância, destinadas à formação e ao treinamento de magistrados e servidores. Finalmente, quatro projetos propostos pelos TRTs já foram concluídos e foram adotados: o e-JUS, o e-DOC, a Carta Precatória Eletrônica e o Cálculo Rápido.

 

DNT - O Direito e as novas tecnologias

 

quarta-feira, março 26, 2008

TRE-BA inaugura serviço de petição online

 

25/3/2008
TRE-BA inaugura serviço de petição online

 

Economia de tempo e comodidade no deslocamento são algumas das vantagens proporcionadas pelo serviço de Petição Eletrônica disponível no site do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) desde o dia 14 de março. Executado pela Coordenadoria de Gerenciamento de Documentos (Coged) em parceria com a Secretaria Judiciária, a petição online permite que os advogados da área eleitoral possam fazer petições via internet, acessando o site do Tribunal - www.tre-ba.gov.br - na opção petição eletrônica.

 

Segundo Alex Pereira, coordenador da Coged, com a nova iniciativa, os advogados não precisarão mais se deslocar até o TRE-BA para fazer uma petição. Não será necessária também a documentação original, basta escanear o documento assinado e anexar ao pedido, explica. O sistema desenvolvido para a petição online também será utilizado para o encaminhamento dos processos referentes às Zonas Eleitorais da capital.

 

As petições efetuadas por via eletrônica serão recebidas somente no horário de funcionamento do protocolo, de segunda à quinta das 13 às 18 horas, e às sextas - feiras das 8 às 13 horas.

 

Já utilizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pelos TRE's de Recife e do Maranhão, o projeto faz parte da modernização da gestão de documentos do TRE-BA. E pode servir como prévia para a adoção futura de um projeto de tramitação virtual de processos, que já está nos planos do Tribunal, afirma o coordenador.

 

TRE - BA

TRE-BA inaugura serviço de petição online

 

quinta-feira, novembro 29, 2007

Cooperação na Justiça - Grupo será criado para implantar processo virtual

Fonte: Consultor Jurídico


Cooperação na Justiça

Grupo será criado para implantar processo virtual

 

Em reunião feita na quarta-feira (28/11), representantes do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, do Conselho Nacional de Justiça e do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) manifestaram a disposição de criar um grupo de cooperação para a implantação do processo eletrônico em todo o Poder Judiciário.

 

O Conselho Superior da Justiça do Trabalho está finalizando com o Serpro um contrato para a implantação do Sistema Unificado de Administração Processual (Suap) em nível nacional. O Suap pode ser a principal ferramenta para a integração digital e a informatização do processo judicial na Justiça do Trabalho. É ele que permitirá a padronização, a unificação e a integração de todo o controle de tramitação das ações trabalhistas, desde a Vara do Trabalho, onde é ajuizada a reclamação, até o TST, última instância recursal para quase todos os processos.

 

Com o Suap, as partes, juízes, advogados e interessados poderão acessar a qualquer momento, de qualquer lugar, informações sobre tramitação de processos e, ainda, praticar atos processuais (juntar documentos e petições aos autos, obter certidões etc.), já que o sistema absorverá os sistemas e-DOC, e-JUS, Cálculo Trabalhista Rápido, Carta Precatória Eletrônica e AUD (de informatização de salas de audiência) e outros sistemas hoje em funcionamento nos Tribunais trabalhistas.

 

A cooperação entre os dois conselhos permitirá o compartilhamento de experiências, do qual resultará a racionalização da implementação do processo digital, a padronização de equipamentos, a compatibilidade das regulamentações, a economia de recursos e outras medidas necessárias à eficácia da informatização do Judiciário.

 

Revista Consultor Jurídico, 29 de novembro de 2007


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Consultor Jurídico

segunda-feira, novembro 26, 2007

STJ receberá todos os tipos de petições pela Internet

Fonte: DNT - O Direito e as novas tecnologias

 


06-11-2007

STJ receberá todos os tipos de petições pela Internet

 

Conforme já havíamos anunciado anteriormente po STJ a partir do dia 1o. de fevereiro de 2008 passará a receber todos os atos processuais pela internet, independente de petição escrita em razão do que preceitua a Resolução Nº 9, assinada ontem (5) pelo presidente, ministro Raphael de Barros Monteiro Filho, que será publicada esta semana no Diário da Justiça.

 

Apesar daS ter revelado que o Tribunal somente aceitará petições em formato PDF, entendemos que a Lei 11419 prevê que a comunicação dos atos processuais pelo meio eletrônico será feito através de documentos digitais.

 

Se considerarmos que documento digital é gênero de um arquivo binário enquanto que arquivo em formato PDF é uma espécie de arquivo digital, fica claro que o Tribunal pretende restringir que os peticionantes façam uso de outros formatos de arquivos digitais como videos e audio, a não ser que se faça uma conversão dos arquivos deste formato para o PDF  o que seria possível.

 

A Resolução Nº 9 dá nova redação ao artigo primeiro da Resolução Nº 2, de 24 de abril de 2007, que instituiu a petição eletrônica, conhecida como “e-pet”, no âmbito do


STJ. O serviço é limitado, por enquanto, ao recebimento de habeas-corpus, recurso em habeas-corpus e processos de competência originária do presidente da Corte, como cartas rogatórias, sentenças estrangeiras e suspensão de liminar, de sentença e de segurança. A partir de fevereiro próximo, o
STJ estará apto a receber todos os tipos de processo por meio eletrônico.

 

O ministro Barros Monteiro explicou que a e-pet ficou restrita, inicialmente, a alguns processos por medida de experiência. Ele ressaltou que em outubro o STJ recebeu a primeira sentença estrangeira integralmente por meio eletrônico, tudo certificado eletronicamente com o mesmo valor de um documento original impresso. Para o ministro, é um grande salto em eficiência e agilidade. “Com o sucesso do sistema e diante da demanda, resolvemos estender sua aplicação a todos os processos de competência do STJ”, afirmou.

 

É importante ressaltar que o peticionamento eletrônico é facultativo. É mais uma ferramenta disponibilizada para facilitar o acesso dos advogados e partes ao STJ e agilizar os trabalhos do Poder Judiciário.

 

Para utilizar o e-pet é preciso possuir certificação digital ou identidade digital, que pode ser adquirida por qualquer cidadão, empresa ou entidade diretamente de qualquer uma dasAutoridades Certificadoras [Acs] que integram a chamada Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileiras [ICP-Brasil] . A OAB que se integrou a ICP-Brasil estará colocando a disposição estes certificados que serão gravados no chip da nova identidade no início do ano que vem de modo a aparelhar os seus inscritos para a prática destes atos.

 

Não será possível utilizar o serviço sem antes adquirir essa tecnologia, cujo objetivo fundamental é garantir a segurança da operação realizada pela internet, identificando a autoria, a origem e a integralidade de conteúdo dos documentos enviados eletronicamente.

 

De posse do certificado, o usuário deve se credenciar no sistema do STJ e instalar, em seu computador, os softwares e hardwares que vão gerar as petições e acessar o peticionamento eletrônico.

 


Origem

segunda-feira, outubro 29, 2007

Conheça como funcionam os Juizados Especiais Eletrônicos no Brasil

Fonte: DNT - O Direito e as novas tecnologias

 


16-10-2007

Conheça como funcionam os Juizados Especiais Eletrônicos no Brasil

 

Muito esclarecedora a reportagem publicada pela jornalista Rosanne D'agostino no site Última Instância sobre o funcionamento dos Juizados Especiais que operam com o processo eletrônico em alguns Estados Brasileiros.

 

Esta reportagem serve como um referencial sobre o futuro funcionamento da Justiça Eletrônica como um todo após o advento da Lei 11.419/2006. Ainda temo pela infraestrutura de tráfego de dados que hoje existe nos Tribunais para a oferta da prática de atos processuais pelo meio eletrônico na medida em que um número maciço de advogados começarem a utilizar o peticionamento eletrônico.

 

Espero que a demanda imediata que será gerada por estes serviços possam de fato ser absorvidas pela disponibilidade de banda de acesso rápida pelos sites dos Tribunais e estabilidade do funcionamento sem grandes ou contínuas interrupções que poderiam colocar em risco a crediblidade do processo eletrônico no Brasil


Leiam a íntegra da matéria

Rosanne D'Agostino


Como até ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) admitem, “Justiça que tarda, falha”. E, no caso do Brasil, esse é, sem dúvida, um dos maiores problemas enfrentados pelos operadores do direito. A morosidade prejudica e irrita advogados, promotores e juízes. Mas ninguém é mais afetado do que a população, que vê suas demandas se arrastando pelos tribunais por infindáveis anos.


Esse quadro cinzento pode ser finalmente revertido com o auxílio da tecnologia. Fóruns digitais, que dispensam o uso de papel, aceleram a tramitação dos julgados de maneira inimaginável. Um processo, que leva de um a dois anos em um tribunal tradicional, pode ser resolvido até em três meses em um fórum digital. E com apenas 25% dos funcionários.


Além de beneficiar o cidadão que pede auxílio à Justiça, a tecnologia também promete revolucionar, para melhor, a vida dos magistrados. Quando o juiz Paulo Eduardo de Almeida Sorci chega ao trabalho, não encontra filas, tumulto ou barulho. Ele ouve pássaros, dá bom dia aos colegas e segue direto ao segundo andar do prédio, onde sua mesa está instalada.


Sem poeira ou papelada, senta-se e dá início ao trabalho que faz há 12 anos, só que de uma maneira radicalmente diferente do que fazia antes, e de como ainda atua grande parte dos colegas de profissão. Sorci trabalha no primeiro fórum digital de São Paulo.


O fórum em questão é uma novidade. Inaugurado há quase quatro meses na zona oeste da capital paulista, o Foro Regional da Nossa Senhora do Ó é o primeiro totalmente informatizado do país. Possui três varas cíveis e uma de família e sucessões no bairro da Freguesia do Ó. E nenhum processo em papel.


Nele, o dia de trabalho começa sem trabalho aparente. Isso porque, conta o juiz Paulo Eduardo Sorci, não existem pilhas de papelada processual. “É assim até eu abrir a tela do computador. Está tudo lá. Acabo de resolver um processo, outro pula na tela, esperando atenção.”


Na Freguesia, já são 5.000 feitos em andamento. Quase metade da demanda do Fórum da Lapa, um dos mais congestionados da capital, já foi para lá, onde um quarto dos funcionários de um fórum tradicional resolve o problema. Normalmente, a média de duração de um processo em primeira instância vai de um a dois anos. No fórum digital, o mesmo processo é solucionado até em três meses.


O juiz Antônio Silveira Neto, presidente de informática da AMB (Associação dos magistrados Brasileiros), viveu rotina semelhante em Campina Grande, na Paraíba, como titular do 2º Juizado Especial Cível da comarca, também informatizado. Um exemplo de que a digitalização, além de reduzir gastos, acelera a tramitação. “Em média, há um ganho de 70% do tempo em cada processo, o tempo da burocracia, gasto em cartórios, que é economizado em favor da sociedade”, afirma.


Após seis meses de funcionamento, a juíza Sulamita Bezerra Pacheco de Carvalho também faz um balanço positivo do que tem sido o Juizado Especial Cível Virtual de Natal (RN), instalado no dia 31 de março deste ano. O juizado, também o primeiro totalmente virtual, acelera o trâmite em até 80%.


À moda antiga?


No sistema tradicional, o processo demora até dez dias apenas para se tornar processo. É preciso dar entrada com uma petição em papel, que recebe uma etiqueta. Em seguida, a distribuição é feita eletronicamente ao juiz, mas o encaminhamento à vara precisa ser realizado por um funcionário.


Chegando lá, a petição é carimbada com confirmação de recebimento. Coloca-se capa, todas as folhas são furadas. Às vezes, são três ou quatro volumes, cada um com 100 folhas. Colocam-se grampos e todas as páginas são numeradas. Só então o processo passa a existir formalmente. E o juiz ainda nem sabe do que se trata.


No processo eletrônico, o advogado encaminha a petição do escritório ou de casa, pela internet. A maioria dos tribunais já disponibiliza sistemas de petição virtual, inclusive os superiores e o Supremo. Distribuída instantaneamente, a petição recebe capa eletrônica, já tem numeração e vai com vista para o juiz. Até aí, nenhum servidor precisou trabalhar. Se ela chega ao fórum em papel, é digitalizada com scanner.


No novo paradigma, a importância do juiz é cada dia maior. Os processos chegam diretamente em pastas virtuais. O programa organiza a pauta, divide em mandados, arquivamentos, pendências e outros tópicos. Além disso, conta com um banco de dados e de sentenças, para facilitar ainda mais o trabalho.
“Agora, o juiz é o gargalo do processo, que antes ficava no cartório”, revela Paulo Sorci. O magistrado trabalha com metas infinitas, porque a demanda chega diretamente a ele, no computador. “É radicalmente diferente, mas é para melhor, mais proveitoso.”


Em sua sala, persistem apenas alguns papéis da 10ª Câmara Criminal do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), na Barra Funda, que ele auxilia. “Eu não tenho mais aquele folhear constante nos processos. Vejo tudo na tela do computador. Não tem os ácaros, o pó.”


Antônio Silveira concorda com a rotina mais tranqüila, com relação à salubridade. E os dois juízes fazem questão de lembrar: o trabalho não diminuiu. “Pelo contrário, são mais processos para o juiz julgar, porque eles não ficam mais embargados nos cartórios.”


Avanços


A virtualização da justiça brasileira é uma iniciativa avançada se comparada a outros países e foi possível graças à Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. O programa utilizado na maior parte dos Estados, hoje, chama-se Projudi e foi desenvolvido pelo CNJ (Conselho nacional de Justiça) com base na experiência de algumas cidades. Um exemplo é o Juizado de Campina Grande.


O Projudi começou a ser instalado no começo do ano e já permite a tramitação eletrônica de mais de 9.000 processos em 15 tribunais. Trata-se de um programa baseado em software livre (sem direitos autorais), que permite o acesso e o peticionamento de qualquer lugar do mundo, via web. Roraima, um dos pioneiros, diminuiu as fases do processo de 40 para 3 dias.


O CNJ estima que, somente em 2007, terão sido investidos R$ 42 milhões na compra de equipamentos para instalar o sistema. Desde o ano passado, a soma é de R$ 69 mi. Nesta segunda-feira (15/10), teve início a distribuição de 3.000 computadores e 2.646 digitalizadores (scanners) para 282 juizados especiais estaduais. A intenção é acabar com o papel no Judiciário dentro de cinco anos.


Em seguida, o intuito é virtualizar os juizados no interior dos Estados. “Será um salto de qualidade inédito da Justiça estadual, que ficará interligada ao sistema virtual padronizado do CNJ”, sustenta o corregedor nacional de justiça, ministro Cesar Asfor Rocha, que preside a Comissão de Informatização, Modernização e Projetos Especiais do CNJ.


A economia, além de financeira —cada processo custa em média R$ 20 apenas com insumos— é ambiental. Por ano, são gastas 46 mil toneladas de papel em processos no país. Para isso, é preciso cortar cerca de 690 mil árvores, o que implica no desmatamento de uma área aproximada de 400 hectares. Além disso, o consumo de água para fabricar o papel é de cerca de 1,5 milhão de metros cúbicos.


Com a medida, faltaram apenas Pernambuco e Acre para completar a virtualização dos JECs (Juizados Especiais Cíveis) em todas as capitais (Recife e Rio Branco não manifestaram interesse em receber os equipamentos). Já São Paulo e Rio não integram a lista porque desenvolvem projetos de implantação próprios.
“O sistema [Projudi] apresenta bom desempenho, com fácil utilização, menus intuitivos e boa organização de telas. A maioria dos usuários, servidores e advogados, elogia a dinâmica”, diz a juíza Sulamita, de Natal. “A virtualização do Judiciário é um caminho sem volta”, complementa o diretor de projetos e modernização do CNJ, Pedro Vieira.


Em setembro, povoados como Tabatinga, a cerca de 1.600 quilômetros de Manaus, também ganharam o Projudi. Seus 48 mil habitantes, isolados pelo Rio Solimões, já podem acessar processos. A maioria por tráfico de drogas, já que a região faz fronteira com a Colômbia. Antes, os papéis tinham de ser levados de avião ou barco. “Agora nos igualamos aos grandes centros urbanos”, comemorou o diretor do fórum local, juiz Celso Antunes da Silva Filho.


Primeiros passos


O sistema não é 100% pronto, diz o juiz Paulo Sorci. Ele revela que teve dificuldades iniciais com o sistema, mas nada que o fizesse economizar elogios hoje. Após anos trabalhando em execução criminal, na Barra Funda, onde já encontrou até barata em arquivo, o magistrado festeja a novidade. “Hoje, resolvo 40 processos por dia. Conseguiria talvez a metade sem o computador. Tudo é com um clique.”


Conforme a Corregedoria Geral de Justiça do TJ-SP, existem em andamento 180.357 processos nas 31 Varas Criminais no Fórum Criminal da Barra Funda. Cerca de 3.000 funcionários e 96 juízes trabalham no local para dar conta da demanda —1.800 feitos por juiz. Tudo em papel, já que o fórum não é digitalizado.


A rapidez do novo sistema é logo demonstrada em uma audiência realizada durante a permanência da reportagem de Última instância no fórum da Freguesia.

Um casal teve a separação consensual concluída em pouco mais de dez minutos. E o arquivamento, sem a necessidade de intervenção do cartório, é feito em segundos. Cada um sai com seu comprovante da dissolução, assinado digitalmente.


Para lidar com a nova ferramenta, o juiz passa por um treinamento de informática e algumas horas de erros e acertos em frente ao computador. “Eu tinha apenas noções básicas de operação de programas computacionais”, diz Sorci. “Agora, estou dominando a máquina.”


As dificuldades, no entanto, ainda persistem quando se trata de procedimentos físicos, como mandados e alvarás, que ainda têm de ser materializados para gerar efeito perante terceiros —cartórios, bancos, entre outros.


A assinatura digital, que veio para agilizar e reduzir o trabalho braçal dos juízes, também enfrenta dificuldades. Os primeiros mandados de averbação da Freguesia recebidos pelos cartórios foram ignorados. “Eles devolviam dizendo que não havia assinatura física do juiz e certidão de autenticidade. Até a Caixa Econômica Federal já chegou a devolver alvarás por falta de assinatura. É uma coisa antiga”, completa Sorci.


Focos de relutância


“Toda mudança implica em alguma resistência, é natural, é do ser humano”, considera Walter Nunes da Silva Junior, presidente da Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil). “Mas é um caminho sem volta. Não é o futuro só do Judiciário, mas o de qualquer ramo.”


Nunes fala sobre reclamações provindas de alguns juízes que se recusam a trabalhar com o novo sistema. Ainda mais quando se fala em Diário Oficial eletrônico, dificuldade de visualização e acesso a informações. “Eu gostava da folha grande, mas é uma coisa que vamos ter que nos acostumar. Daqui a alguns anos, talvez todo mundo tenha que se acostumar a ler o jornal pela tela do computador”, prevê o juiz do fórum da Freguesia.


Os mesmos problemas fazem parte do processo eletrônico, como a vista cansada, ocasionada pelas seguidas horas de exposição à tela do computador. “Todo juiz usa computador, mas agora ele chega para substituir outros aspectos do trabalho, e não mais apenas a máquina de escrever. Por conseqüência, o magistrado passa mais tempo nele”, avalia o presidente da Ajufe.


O juiz Antônio Silveira Neto pondera que a maior parte dos que resistem são juízes da esfera criminal, âmbito que exige maior quantidade de procedimentos presenciais, e dos não familiarizados com a tecnologia. “De um modo geral, na área cível, a aceitação é imediata”, afirma.


O que falta ser feito


Uma das soluções apontadas para resolver o problema do hábito seria tornar o sistema mais amigável, aspecto estudado atualmente pelo CNJ. “É claro que é preferível ler um livro em papel, pela comodidade. Por isso, o processo tem que ter uma interface limpa, fácil, para tornar a coisa mais prazerosa”, argumenta o presidente da Ajufe. “Enquanto não houver uma padronização total, não vamos ter toda a efetividade da lei da virtualização.”


Por outro lado, ainda resta fazer a digitalização de todos os processos antigos e das instâncias de segundo grau dos Estados. Um trabalho incalculável, visto que os processos antigos têm inúmeros papéis. Muitos deles, inúteis. “Como vai ser decidido o que vai ser digitalizado?”, questiona Nunes.


O fim derradeiro da morosidade, entretanto, depende ainda de fatores estruturais, cuja mudança está sujeita à vontade dos demais poderes, Legislativo e Executivo. “Esse pacote de mudanças faz parte do sonho de muitos juízes. A estrutura processual tem que ser alterada, com menos recursos, mais efetividade e menos graus de jurisdição”, defende Sorci.


“E, em segundo lugar, a mentalidade dos atores do processo”, completa Silveira. “O mau funcionamento dos serviços públicos, o aproveitamento da indústria de recursos, a litigância. Tudo isso repercute na Justiça.”


Apesar disso, a maior mudança já ocorrida em toda a história da Justiça é um caminho sem retorno, impulsionado pelo esforço conjunto de todo o Judiciário e por uma tecnologia de ponta. “A digitalização é a reforma mais importante do Poder Judiciário brasileiro. É radical, mas esse é o futuro”, conclui Walter Nunes.

 


Origem

STJ extenderá o uso do protocolo eletrônico para as demais classes processuais

Fonte: DNT - O Direito e as novas tecnologias

 


20-10-2007

STJ extenderá o uso do protocolo eletrônico para as demais classes processuais

 

Stj O ano de 2008 promete várias implantações de projetos de tecnologia de informação nos Tribunais que tornarão mais cômoda a vida dos advogados praticando atos pelo meio eletrônico.

 

O STJ através da Asessora Especial da Presidência, Maria Auxliadora Rocha nos informa que a partir de 1o. de fevereiro de 2008 será possível protocolar petições naquele Tribunal para todas as classes processuais.

 

Atualmente, de acordo com a só é possível o protocolo eletrônico no STJ, para a remessa de petições referentes a processos de competência originária do presidente do Tribunal, aos Habeas Corpus e aos recursos em Habeas Corpus, que incluem sentença estrangeira, cartas rogatórias, suspensão de liminar, de sentença e de segurança

 

Com a nova identidade do advogado munida co certificado eletrônico que possibilitará a assinatura digital os advogados brasileiros estarão aptos a prática dos atos processuais no STJ sem a necessidade de juntada de papel a posteriori.

 

Veja o vídeo sobre como funciona o peticionamento eletrônico hoje no STJ, acesse o manual de instruções e conheça a legislação que regulamenta o peticionamento eletrônico no STJ.

 

 


Origem

segunda-feira, outubro 22, 2007

Progresso ou privilégio

Fonte: Consultor Jurídico


Progresso ou privilégio

Supremo aprova regras para petição eletrônica

 

por Maria Fernanda Erdelyi

 

Um advogado do Acre poderá protocolar uma petição no Supremo Tribunal Federal sem sair da sua casa até a meia noite. É a petição eletrônica com certificado digital que deve começar a funcionar no Supremo dentro de um mês. Depois de discussão de quase uma hora, oito dos onze ministros do STF aprovaram a proposta de resolução que regulamenta a petição eletrônica. Com o sistema em vigor, as petições poderão ser protocoladas através do site do Supremo. No portal do Supremo, no link processos, haverá em breve um item chamado “petição eletrônica”.

 

Advogados que tiverem a certificação digital — a OAB deve emitir a nova carteira da Ordem com chip ICP-Brasil (Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileiras) — poderão entrar com recurso sem necessidade de cadastro e sem necessidade de ir ao Supremo. Sem a certificação digital é necessário um cadastro prévio. O STF fez um convênio com o Observatório Nacional, órgão oficial que fornece o horário legal do país, para garantir se determinada transação ocorreu dentro do prazo.

 

Um dos pontos da proposta que gerou mais polêmica entre os ministros foi a questão do horário de protocolo das petições. A proposta, como aprovada, permite o envio de petições até às 24horas. O ministro Marco Aurélio não concordou. Segundo o ministro advogados que utilizarem o sistema terão vantagens sobre os outros. A petição em papel só pode ser entregue até as 19h.

 

“O meio eletrônico vai se tornar um privilégio”, afirmou. Corroborando a posição do ministro, o IBGE divulgou, nesta segunda-feira (17/9), informação dando conta que 55% dos municípios brasileiros não dispõem de provedores de internet. Demonstrando irritação e contrariedade, Marco Aurélio deixou a sessão administrativa antes do fim.

 

Para a presidente do Supremo, ministra Ellen Gracie, é uma questão de “mudança de mentalidade”. De acordo com Ellen, implantar o sistema e manter o horário normal não mudaria muita coisa.

 

Paulo Pinto, do setor de tecnologia da informação do Supremo esclareceu que o sistema é seguro e garante o recebimento das petições. “Automaticamente o usuário receberá uma confirmação”, disse. Ele explicou, ainda, que o sistema tem capacidade para armazenar 320 vezes todo o arquivo do Tribunal de Justiça de São Paulo — maior tribunal do país.

 

Processo virtual

No Superior Tribunal de Justiça, a petição eletrônica, e.pet, como é chamada, já é uma realidade. No dia 30 de maio deste ano o STJ recebeu o primeiro pedido de Habeas Corpus encaminhado pela internet por meio do serviço de peticionamento eletrônico com certificação digital. A petição foi assinada digitalmente com certificado do ICP-Brasil. O certificado é como uma carteira de identidade virtual.

 

A petição eletrônica tem funcionado, contudo, com algumas restrições no STJ. Apenas as petições referentes a processos de competência originária do presidente do Tribunal, aos Habeas Corpus e aos recursos em Habeas Corpus, que incluem sentença estrangeira, cartas rogatórias, suspensão de liminar, de sentença e de segurança — são recebidas por meio eletrônico.

 

Para utilizar o e.pet, o profissional deve possuir certificação digital, ser credenciado no sistema do STJ e ter os programas necessários – softwares e hardwares – instalados em seu computador. A tramitação pode ser acompanhada on-line pelo usuário credenciado sem a necessidade de petições escritas em papel.

 

A certificação digital ou identidade digital pode ser adquirida por qualquer cidadão, empresa ou entidade diretamente de uma das Autoridades Certificadoras (Acs) que integram a chamada ICP-Brasil. De posse do certificado, o usuário deve instalar em seu computador os softwares e hardwares que vão gerar as petições e acessar o sistema de peticionamento eletrônico do STJ.

 

Revista Consultor Jurídico, 17 de setembro de 2007

 


Origem

Supremo aprova regras para petição eletrônica

Fonte: DNT - O Direito e as novas tecnologias

 

18-09-2007


Supremo aprova regras para petição eletrônica

 

Conforme noticiado no artigo de autoria de Maria Fernanda Erdelyi publicado no Consultor Jurídico, o STF deverá em breve criar a rotina de peticionamento eletrônico com o uso da certificação digital. Ainda não existe regulamentação aprovada pelo Supremo sobre o peticionamento eletrônico. Quando isto acontecer estaremos repassando aos leitores através do blog.


Segue a íntegra do artigo

Um advogado do Acre poderá protocolar uma petição no Supremo Tribunal Federal sem sair da sua casa até a meia noite. É a petição eletrônica com certificado digital que deve começar a funcionar no Supremo dentro de um mês. Depois de discussão de quase uma hora, oito dos onze ministros do STF aprovaram a proposta de resolução que regulamenta a petição eletrônica. Com o sistema em vigor, as petições poderão ser protocoladas através do site do Supremo. No portal do Supremo, no link processos, haverá em breve um item chamado “petição eletrônica”.

 

Advogados que tiverem a certificação digital — a OAB deve emitir a nova carteira da Ordem com chip ICP-Brasil (Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileiras) — poderão entrar com recurso sem necessidade de cadastro e sem necessidade de ir ao Supremo. Sem a certificação digital é necessário um cadastro prévio.

 

O STF fez um convênio com o Observatório Nacional, órgão oficial que fornece o horário legal do país, para garantir se determinada transação ocorreu dentro do prazo. Um dos pontos da proposta que gerou mais polêmica entre os ministros foi a questão do horário de protocolo das petições. A proposta, como aprovada, permite o envio de petições até às 24horas. O ministro Marco Aurélio não concordou. Segundo o ministro advogados que utilizarem o sistema terão vantagens sobre os outros.

 

A petição em papel só pode ser entregue até as 19h. “O meio eletrônico vai se tornar um privilégio”, afirmou. Corroborando a posição do ministro, o IBGE divulgou, nesta segunda-feira (17/9), informação dando conta que 55% dos municípios brasileiros não dispõem de provedores de internet. Demonstrando irritação e contrariedade, Marco Aurélio deixou a sessão administrativa antes do fim. Para a presidente do Supremo, ministra Ellen Gracie, é uma questão de “mudança de mentalidade”.

 

De acordo com Ellen, implantar o sistema e manter o horário normal não mudaria muita coisa. Paulo Pinto, do setor de tecnologia da informação do Supremo esclareceu que o sistema é seguro e garante o recebimento das petições. “Automaticamente o usuário receberá uma confirmação”, disse. Ele explicou, ainda, que o sistema tem capacidade para armazenar 320 vezes todo o arquivo do Tribunal de Justiça de São Paulo — maior tribunal do país.

 

Processo virtual No Superior Tribunal de Justiça, a petição eletrônica, e.pet, como é chamada, já é uma realidade. No dia 30 de maio deste ano o STJ recebeu o primeiro pedido de Habeas Corpus encaminhado pela internet por meio do serviço de peticionamento eletrônico com certificação digital. A petição foi assinada digitalmente com certificado do ICP-Brasil. O certificado é como uma carteira de identidade virtual. A petição eletrônica tem funcionado, contudo, com algumas restrições no STJ.

 

Apenas as petições referentes a processos de competência originária do presidente do Tribunal, aos Habeas Corpus e aos recursos em Habeas Corpus, que incluem sentença estrangeira, cartas rogatórias, suspensão de liminar, de sentença e de segurança — são recebidas por meio eletrônico. Para utilizar o e.pet, o profissional deve possuir certificação digital, ser credenciado no sistema do STJ e ter os programas necessários – softwares e hardwares – instalados em seu computador.

 

A tramitação pode ser acompanhada on-line pelo usuário credenciado sem a necessidade de petições escritas em papel. A certificação digital ou identidade digital pode ser adquirida por qualquer cidadão, empresa ou entidade diretamente de uma das Autoridades Certificadoras (Acs) que integram a chamada ICP-Brasil. De posse do certificado, o usuário deve instalar em seu computador os softwares e hardwares que vão gerar as petições e acessar o sistema de peticionamento eletrônico do STJ. Revista Consultor Jurídico, 17 de setembro de 2007

   


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quarta-feira, outubro 17, 2007

Agravo regimental não pode ser protocolado por e-mail no STJ

Fonte: DNT - O Direito e as novas tecnologias

 

15-09-2007


Agravo regimental não pode ser protocolado por e-mail no STJ

 

Enquanto o STJ  ainda não implantar o uso da certificação digital para  a prática do protocolo eletrônico ainda estaremos convivendo com decisões com a que aconteceu recentemente na Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que não conheceu do agravo regimental porque, além de ter sido apresentado fora do prazo, ele foi ajuizado por e-mail.

 

Embora a Lei 9800/99 possibilite o envio de peças por fax ou outro dispositivo similar, O STJ não tem aceito protocolo utilizando o mail. É importante lembrar que pela Lei 11.419/2006 o protocolo não será utilizado pelo e-mail e sim através da modalidade de carregar "upload" a petição diretamente no site do Tribunal.

 

O relator do agravo, ministro Paulo Gallotti, ressaltou que o correio eletrônico não é considerado similar ao fac-símile para efeito da aplicação do artigo 1º da Lei n. 9.800/99, que permite às partes usar sistema de transmissão de dados e imagens para a prática de atos processuais que dependam de petição escrita.

 

O ministro esclareceu que o sistema de petição eletrônica com certificação digital, implantado neste ano no STJ, só pode ser usado para habeas-corpus, recurso em habeas-corpus e processos de competência originária do presidente do Tribunal como cartas rogatórias, sentenças estrangeiras e suspensão de liminar, de sentença e de segurança (STJ-6a. Turma, REsp 916506-RN, rel. Min. Paulo Gallotti, ac. un., j. 04.09.07).

 


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