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terça-feira, março 02, 2010

Assista a entrevista com Alexandre Atheniense sobre as atualidades no Direito aplicado às novas tecnologias

Assista a entrevista com Alexandre Atheniense sobre as atualidades no Direito aplicado às novas tecnologias:

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02.03.2010

Assista a entrevista com Alexandre Atheniense sobre as atualidades no Direito aplicado às novas tecnologias

Assista a entrevista de Alexandre Atheniense concedida ao site Comarca Brasil. O site é uma dinâmica mídia de comunicação jurídica onde podem ser encontrados vídeos, artigos e entrevistas sobre Direito, Gestão e Concursos Públicos.

A entrevista de Alexandre Atheniense com o jornalista Ricardo Silveira abordou diversos temas do Direito aplicado às novas tecnologias e foi dividida em quatro partes. Não deixe de conferir! A entrevista abaixo também pode ser acessada através da página de vídeos do DNT no You Tube.

1ª parte: processo eletrônico



2ª parte: privacidade, redes sociais e responsabilidade dos provedores




3ª parte: legislação brasileira aplicável aos crimes cibernéticos




4ª parte: propaganda eleitoral na internet






SOBRE

Dr. Alexandre Atheniense

O blog O DIREITO E AS NOVAS TECNOLOGIAS surgiu da iniciativa do Dr. Alexandre Atheniense, advogado e professor, pelo interesse em prover aos seus leitores aficcionados pelos diversos temas relacionados sobre o Direito e a tecnologia no Brasil e no exterior, com atualização diária através do relato de opiniões, tendências, notícias, jurisprudência e legislações, propiciando uma rica e atualizada fonte de pesquisa.





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IDG Now! - 'Guia de espionagem' da Microsoft: o que você precisa saber

IDG Now! - 'Guia de espionagem' da Microsoft: o que você precisa saber:

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Segurança
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Privacidade


'Guia de espionagem' da Microsoft: o que você precisa saber


(http://idgnow.uol.com.br/seguranca/2010/02/26/guia-de-espionagem-da-microsoft-o-que-voce-precisa-saber)

Por PC World/EUA

Publicada em 26 de fevereiro de 2010 às 16h44

Atualizada em 26 de fevereiro de 2010 às 16h47

Documento vazado pelo site Cryptome orienta agentes da lei sobre as informações de usuário que a Microsoft guarda, e como obtê-las.



Desde 1996, o site Cryptome tem divulgado documentos que governos e empresas gostariam que permanecessem secretos. Agora o Cryptome estende seu olhar à web com a liberação do Microsoft Online Services Global Criminal Compliance Handbook, um “guia de espionagem” para agentes da lei e que traz detalhes sobre os dados que a Microsoft obtém, guarda e pode fornecer.

Como a maioria de nós é usuária da Microsoft, há algumas informações que você precisa saber antes de comprar pontos do Xbox Live, se conectar ao Office Live, ou enviar um e-mail no Hotmail.

O que é o “guia de espionagem”?
O Global Criminal Compliance Handbook é um documento explicativo semiabrangente concebido para investigadores, policiais e outros agentes da lei que querem acessar as informações armazenadas pela Microsoft. Ele também oferece amostras de texto para uso em intimações e diagramas que ajudam a entender os registros dos servidores.

O termo “semiabrangente” se justifica aqui porque, com apenas 22 páginas, ele não explora os bits e bytes dos sistemas da Microsoft; é mais como um guia de caça à informação, feito para leigos.

Quais serviços da Microsoft são abordados?
Todos. A Microsoft mantém as informações dos usuários relacionadas aos serviços online. Os dados abrangem de e-mails antigos a números de cartão de crédito. A informação é mantida por um certo período de tempo – às vezes, para sempre.

Os sites mencionados são:

Windows Live
Windows Live ID
Microsoft Office Live
Xbox Live
MSN
Windows Live Spaces
Windows Live Messenger
Hotmail
MSN Groups



Alguns desses serviços da Microsoft podem não se aplicar a um grande número de pessoas. Quem usa o MSN Groups, afinal? Mas o acesso a informações pessoais das contas Xbox Live, por exemplo, pode ser um problema para seus 23 milhões de assinantes, especialmente porque o Xbox Live guarda mais dados do que a maioria dos outros serviços da empresa.

Que informações a Microsoft tem?
Depende do serviço. Segue uma lista dos principais.

::Windows Live ID
A Windows Live ID é um dos principais canais de retenção de dados de usuários. Ela é usada em diversos sites, para limitar a criação de diferentes nomes de usuário e senha. Por seu amplo alcance, o Windows Live ID poderia dar às autoridades legais o acesso a toneladas de informações pessoais sobre a navegação na web. A Microsoft mantém “as 10 últimas combinações de conexão IP e site visitado” dentro do portal da empresa, “e não as últimas dez conexões IP consecutivas”.

No fim da contas, isso não é lá tão ruim. Mas pode ficar pior.

::Hotmail
“Os dados de registros de contas de e-mail são retidos por toda a existência da conta. O histórico de conexões IP é retido por 60 dias”, de acordo com o documento. Mas se você, como muitos, migrou para o Gmail e abandonou o Hotmail, todo o conteúdo da conta é “geralmente apagado depois de 60 dias de inatividade. Se o usuário não reativar sua conta, os serviços gratuitos MSN Hotmail e Windows Live Hotmail se tornarão inativos depois de um período de tempo”.

O conteúdo de e-mail mais antigo que 180 dias pode ser aberto “desde que a entidade governamental siga as instruções de notificação do consumidor” da legislação norte-americana. Se o conteúdo for mais novo do que 181 dias, você precisará de um mandado de busca.

::Xbox Live
O Xbox Live armazena vários tipos de informação:



Gamertag
Número do cartão de crédito
Telefone
Primeiro e último nome, com CEP
Número de série (mas apenas se o console tiver sido registrado online)
Número de solicitação de serviço da Xbox Hotline
Conta de e-mail (como @msn.com, @hotmail.com ou qualquer outra conta Windows Live ID)
Histórico de IP pelo tempo de vida da gamertag (apenas uma gamertag por vez)


Essas informações são colhidas e mantidas para propósitos bem intencionados, por isso não fique completamente paranóico. Por exemplo, se seu console Xbox 360 for roubado, a Microsoft poderá caçá-lo usando seu grande banco de registros com dados sobre você e sua máquina.

::Office Online e Windows Live SkyDrive
A parte mais assustadora do manual aparece agora. O Office Online e o Windows Live SkyDrive são serviços que armazenam documentos e arquivos na nuvem. As duas páginas dedicadas a estes serviços descrevem somente o que os produtos são e não o acesso que a Microsoft tem à informação. O que a Microsoft pode obter daí? Por quanto tempo os arquivos são mantidos? Quais são os parâmetros legais? Tudo isso é incerto, o que provoca um certo frio na espinha.

A cloud computing (computação em nuvem) é a nova tendência em tecnologia. Empresas podem armazenar documentos financeiros e de negociação sigilosos em uma das nuvens da Microsoft. Se solicitado pelo governo, a Microsoft poderia (ou não?) mergulhar suas mãos em suas planilhas e extrair de lá o que quiser.

O jargão jurídico
A última parte do documento detalha os procedimentos legais necessários para obter informações da Microsoft. Mas com as escutas sem mandado virando moda ultimamente – como evidenciado pelo obscuro acordo do Google com a NSA – ninguém sabe ao certo quantos lacres o governo precisa quebrar para conseguir o que quer.



Uma história breve
Não se sabe como John Young, dono do Cryptome, obteve o Global Criminal Compliance Handbook; o certo é que sua ação mereceu a atenção da Microsoft. A empresa entrou rapidamente com uma ação na Justiça, baseando-se na Digital Millenium Copyright Act (DMCA), alegando violação de direito de autor.

Em 1998, a DMCA tornou crime a produção e a divulgação de métodos tecnológicos capazes de burlar proteções como a DRM, que visam controlar o acesso a produção protegida por direitos autorais. Ela também criminaliza a ação de contornar um controle de acesso, tenha ou não a intenção de infringir um direito de autor.

Algumas organizações têm um problema com o uso da DMCA nesse caso. A Electronic Frontier Foundation “vê problemas na invocação do direito de autor aqui. A Microsoft não vende este manual. Não há mercado para esta obra. Não é um assunto de direito de autor. A cópia de John é para uso justo. Isso é uma questão para a lei de expressão”, disse Cindy Cohn, da Electronic Frontier Foundation, ao ReadWriteWeb. Cohn afirmou que em casos que envolvem ofensas ou segredos comerciais há um procedimento de ir à corte, abrir um caso, e obter uma injunção – preencher uma queixa DMCA, como foi feito, “torna a censura fácil”.

De qualquer modo, a vontade da Microsoft prevaleceu. O hospedeiro do Cryptome, a Network Solutions, tirou o site do ar. Na quarta-feira (24/2), Young solicitou um recurso à Justiça. (Nesta sexta-feira, 26/2, o site voltou ao ar, depois que a Microsoft retirou sua queixa com base na DMCA. A Microsoft, por sua vez, divulgou uma nota sobre o caso, em que afirma que 'não pedimos que o site fosse tirado do ar, apenas que o conteúdo da Microsoft fosse retirado do ar. Estamos pedindo que o site seja restaurado e não exigimos mais que o documento seja removido', afirmou a empresa.)

Pessoalmente, penso que The Global Criminal Compliance Handbook não é tão perigoso como alguns podem pensar (exceto pela parte da cloud computing). A Microsoft precisa de medidas para colaborar com o governo em caso de perigo, simples assim. Mas com tanta informação lá fora, boa parte sob “domínio” da Microsoft, não posso ter senão um sentimento de vulnerabilidade e exposição.

E pelo bem da liberdade da internet, é crucial que o Cryptome permaneça no ar. O site serve a um propósito claro e importante; sua mais recente – e talvez a última – divulgação é prova disso.





(Brennon Slattery)

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domingo, fevereiro 07, 2010

Agência Brasil - Brasil avançou na legislação de combate à pedofilia na internet, avalia ONG - Cibercrimes

 
7 de Fevereiro de 2010 - 13h02 - Última modificação em 7 de Fevereiro de 2010 - 14h37


Brasil avançou na legislação de combate à pedofilia na internet, avalia ONG

Marco Antônio Soalheiro e Gilberto Costa
Repórteres da Agência Brasil

 
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Brasília - Há cinco anos uma organização não governamental (ONG) trabalha em favor da proteção aos direitos humanos na chamada sociedade da informação. A SaferNet surgiu a partir de uma série de pesquisas realizadas em 2004 que mostraram como a internet era utilizada para o aliciamento, a produção e a difusão de mensagens racistas, homofóbicas, de intolerância religiosa, e de apologia e incitação a crimes.

Além dos crimes virtuais na rede, os pesquisadores verificaram no mundo real as dificuldades da polícia e da própria sociedade civil em coibir o uso da rede para a circulação de imagens de abuso sexual de crianças e adolescentes.

“Vimos um retrato de que o Brasil não fazia nada a respeito disso. Havia uma omissão generalizada de ONG, das empresas e do Estado a respeito disso”, conta Thiago Tavares Nunes de Oliveira, presidente da SaferNet.

A partir de então, os cientistas da computação, professores e advogados que participaram da pesquisa criaram um sistema online para recebimento, tratamento e processamento de denúncias. Essa iniciativa foi o embrião da SaferNet, que se tornou parceira da Polícia Federal, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos e do Ministério Público Federal para rastrear pornografia infantil, mensagens e imagens que estimulem o abuso sexual de meninos e meninas.

Leia a seguir trechos da entrevista concedida por Thiago de Oliveira à Agência Brasil.

Agência Brasil: Nos últimos anos, o Brasil aprovou uma série de leis que aperfeiçoaram o combate e a punição a crimes cometidos contra crianças e adolescentes. A Lei 11.829/2008, que alterou o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é um instrumento importante contra a pedofilia na rede?

Thiago de Oliveira: A lei avançou na tipificação de novas condutas que não estavam previstas na legislação brasileira. A exemplo da posse, do armazenamento de fotografias e imagens de pornografia infantojuvenil, do assédio online, aliciamento, da compra, aquisição, exposição à venda. Antes dessa lei, a alteração feita em 2003 regularizava apenas a venda. Então era necessário comprovar a existência da transação financeira de compra e venda. A mera exposição à venda, o anúncio não era criminalizado no Brasil. O Brasil é o terceiro país do mundo a criminalizar a fotomontagem, que é usar fotos de criança e fazer montagens em cenários e contextos de pornografia de sexo explícito.


ABr: E quanto ao combate ao assédio de crianças e adolescentes, houve avanço?

Oliveira: O assédio e o aliciamento online não eram tipificados no Brasil, passaram a ser. Além dessas novas condutas que foram criminalizadas, essa nova lei seguiu uma sistemática que nós propusemos no relatório da pesquisa, que é classificar as condutas de acordo com o seu potencial ofensivo em tipos penais autônomos e independentes. O que nós sugerimos ao Senado, no âmbito da CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito], foi acatado integralmente e acabou virando lei. Classificar essas medidas de acordo com seu potencial lesivo e com os estágios do crime no modus operandi tradicional, como ocorre na internet. Por exemplo, um usuário entrou na rede, acessou uma sala de bate-papo e iniciou um contato com uma criança ou com adolescente. A partir daí, ele iniciou um processo de assédio, de aliciamento com o objetivo de produzir imagens. Se ele incorreu apenas nessas condutas, de assediar e aliciar, já responde por um tipo penal específico, previsto no ECA [Estatuto da Criança e do Adolescente]. Se ele, ao aliciar, conseguiu convencer essa criança ou adolescente a se expor na webcam ou a produzir algum tipo de foto de cunho pornográfico ou de sexo explícito, já incorreu em um outro tipo de crime penal. Se ele acabou dando printscreen na tela e salvou aquelas imagens em forma de foto, de vídeo, ao armazenar no computador, ele incorreu em um terceiro crime, que é o de armazenar ou possuir. Se, além de armazenar, ele colocou isso na internet, incorreu em mais um crime, que é o de divulgar, distribuir e publicar imagens de pornografia infantil. Ou seja, ele pode ter incorrido em quatro crimes: assédio; produção; posse e armazenamento e publicação. São crimes autônomos de acordo com a norma sistemática do ECA e as penas, portanto, podem ser somadas dando mais de 20 anos de reclusão. Toda a cadeia de condutas que pode vir a ser praticada por meio da internet com o objetivo de cometer um crime sexual contra uma criança ou um adolescente passou a ser prevista na legislação brasileira.


ABr: Uma coisa que é sempre mencionada é que não há meios de coibir crimes como esses na internet porque os servidores (local de armazenamento dos dados) estão no exterior. Nesse caso, há como ter controle?

Oliveira: Essa palavra controle, em se tratando da internet, tem uma concepção que, quando colocada em um contexto libertário, assume uma acepção bastante distante daquilo que se pretende efetivamente, que é identificar criminosos que pretendem utilizar a internet como um meio para a prática do crime. A rede é inimputável, nós não podemos criminalizar o acesso à rede, o uso ou a rede em si. O Brasil não é dono na internet, faz parte da rede. Mais 213 países acessam a rede e, desses, nem todos tem uma legislação específica e menos de 10% deles assinaram um tratado internacional contra o cyber crime, que foi adotado em uma convenção em Budapeste em 2001. A internet não respeita um mapa político e não está restrita aos limites geográficos dos estados nacionais. O modelo jurídico foi pensado de acordo com as jurisdições nacionais e, portanto, tem validade dentro do território brasileiro. Mas isso não significa dizer que um usuário brasileiro que cometeu um crime no país contra um brasileiro usando um serviço como o Orkut – prestado por uma empresa que tem sede na Califórnia e cujo datacenter está localizado nos Estados Unidos, e, portanto, lá estão as provas – não vá responder à Justiça brasileira, embora tenha utilizado um serviço prestado remotamente por uma empresa que tem sede em outro país para praticar esse delito. Foi o caso do Orkut, que também foi objeto de atuação da CPI da Pedofilia. A empresa se recusava a fornecer esses dados, alegando que seus servidores estavam nos Estados Unidos e que, portanto, a legislação americana seria aplicada. E essa tese acabou caindo com a assinatura do termo de ajustamento de conduta entre o Google e o Mistério Público Federal.


ABr: A adesão das operadoras de cartões de crédito foi outra vitória?

Oliveira: No caso dos cartões de crédito, de 2006 pra cá, mapeamos aproximadamente 2,5 mil portais comerciais que realizam transações financeiras de compra e venda de pornografia infantojuvenil pela internet. Esses portais, na maioria dos casos, são mantidos por organizações criminosas, principalmente do Leste Europeu e esse é um negócio dessas organizações mafiosas. Elas normalmente hospedam esses portais nos chamados paraísos cibernéticos, que são países onde não há qualquer tipo de repressão contra a utilização da rede para a prática de crimes. Brasileiros entram nesses portais para comprar material de pornografia infantil e utilizam cartões de crédito. Não há outro mecanismo de investigação que não seja o rastreamento financeiro. Os sites são conhecidos, nós temos a lista, mas não são sites hospedados no Brasil e não são mantidos por organizações brasileiras. Nós queremos saber quem são os brasileiros envolvidos, porque basta comprar, pois de acordo com a nova lei a compra já é crime.


ABr: Você diria que, com essas recentes alterações na lei, o Brasil hoje já está em um patamar de primeiro mundo em relação a coibir esses crimes na internet?

Oliveira: Do ponto de vista legislativo, sim, tanto é que o presidente [Luiz Inácio Lula da Silva] recebeu um prêmio da ONU [Organização das Nações Unidas] por conta dessa lei. No dia 18 de maio, a Organização Internacional de Telecomunicações, no seu encontro anual, conferiu a ele um prêmio em reconhecimento pelo avanço viabilizado a partir dessa nova legislação. Isso não significa dizer que somos um exemplo de combate.


ABr: O presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Criança e do Adolescente no Congresso Nacional, deputado Paulo Lustosa (PMDB-CE), disse à Agência Brasil que um levantamento sobre os casos investigados por uma CPI mista que, em 2004 e 2005, também investigou abuso sexual mostra que até hoje apenas três acusados tiveram condenação, de 80 casos identificados pela comissão. Isso pode estar acontecendo também com a internet?

Oliveira: Com certeza está acontecendo, talvez de uma forma até mais dramática, porque, no caso do crime cibernético, a volatilidade das provas é muito grande. A atuação tem que ser praticamente imediata. A investigação tem que acontecer de forma muito rápida.


ABr: Daqui a cinco anos será preciso uma nova CPI da pedofilia?

Oliveira: As CPIs têm o mérito de dar visibilidade ao problema, de mobilizar a sociedade. É inegável que a CPI coloca o assunto na pauta e faz a população se sentir encorajada a denunciar. Esse é um crime que, historicamente, não só no Brasil, mas no mundo, sempre foi pouco notificado. O que a gente conhece desse fenômeno é só a ponta do iceberg. Existe uma realidade enorme que não aparece nas notícias, que não aparece nas denúncias e nas estatísticas, principalmente, quando é um abuso intrafamiliar. Associada a isso, há uma impunidade muito grande e isso vai se refletir tanto no aspecto da denúncia quanto no aspecto do agressor. A pessoa pensa, eu vou denunciar pra quê? Se for preso a Justiça vai mandar soltar. São essas peças que vão compondo esse quebra-cabeça. A CPI mista não culpou a internet porque o foco era o abuso sexual de crianças fora da rede. Nesse aspecto, foram apresentados quatro projetos de lei e desses, apenas um foi aprovado, que é a Lei nº 12015. Ainda assim, essa lei foi aprovada cinco anos depois de ser apresentado o projeto. É uma lei que apresenta defeitos e é objeto de uma ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal.


ABr: Vocês têm algum levantamento sobre o volume de denúncias relativo a esses crimes sexuais contra crianças e adolescentes na internet?

Oliveira: No site tem uma evolução desde janeiro de 2006 até dezembro de 2008, do número de páginas únicas. Uma URL [página na internet] geralmente é denunciada várias vezes, por vários usuários, e o sistema filtra automaticamente essa duplicidade. E ainda tem o número de páginas novas criadas por mês que foram objetos de denúncia. Em junho de 2008, por exemplo, foram mais de 6 mil páginas novas que foram denunciadas.


ABr: Tem alguma razão especial para esse pico em junho de 2008?

Oliveira: Estava no calor da CPI [que começou no final de março]. Há uma influência grande do Orkut nesses indicadores, 90% das denúncias eram do Orkut [em junho de 2008], que estava no olho do furacão. E havia a mídia em cima, muitas matérias de imprensa, de TV falando disso, o que acaba estimulando o usuário a denunciar.


ABr: É uma escala totalmente crescente nos últimos três anos.

Oliveira: Em 2006 foram 31 mil denúncias, em 2007, 63 mil e em 2008, 94 mil.


ABr: Fazendo uma comparação entre o mundo real e o mundo virtual, o pedófilo da internet é o mesmo pedófilo abusador no espaço real?

Oliveira: Não, porque no espaço real o abuso sexual normalmente acontece dentro de casa, 57% dos abusos sexuais do mundo, segundo estatísticas da ONU, são interfamiliares, acontecem dentro da própria casa. É o pai, ou o padrasto, ou é o primo, ou o tio, alguém da família que tem ascendência sobre a criança. E a exploração sexual vitimiza as crianças das classes D e E. São as crianças que estão nas estradas, que andam na boleia de caminhão, na periferia das cidades, nos destinos turísticos, nas praias de Salvador, de Fortaleza, de Natal, na região de Marajó, no Pará. São essas redes de exploração sexual que têm a pobreza como um facilitador. As pessoas acabam até vendendo os seus filhos, colocando-os nessas redes de exploração sexual em troca de dinheiro. A exploração sexual no Brasil vitimiza as crianças das classes D e E enquanto na internet as vítimas são das classes A e B e agora, mais frequentemente, também da classe C, com a entrada dela na internet na medida em que o computador vai se popularizando. Então, o perfil é diferente. O pedófilo que atua na internet normalmente é aquele sujeito que não quer correr o risco de ser pego na rua assediando uma criança. Ele está usando uma sala de bate-papo, MSN, site de relacionamento para fazer um primeiro contato com o objetivo de tentar alguma aproximação com a criança, fazer com que ela se exiba na webcam, aceite um diálogo privado. Isso tudo deixa rastros e faz da internet uma grande aliada nesses casos, porque, se não fosse a rede, nós não conseguiríamos descobrir essas pessoas.


ABr: Que conselho você dá aos pais quanto ao acesso dos filhos à internet?

Oliveira: Conversem abertamente com seus filhos, expliquem que a internet é uma ferramenta fantástica de comunicação, de entretenimento, de informação, de acesso ao conhecimento, de estudo, de lazer, mas ela é um espaço de socialização. E, como espaço de socialização, ela é o reflexo da sociedade, naquilo que ela tem de bom e de ruim. A internet nada mais é do que um reflexo da sociedade brasileira em um primeiro momento e ainda um reflexo da sociedade mundial, em todas as suas virtudes e em todos os seus defeitos. Então, assim como você vai encontrar conteúdos fantásticos e fabulosos na rede, você vai encontrar pornografia infantil, crimes de ódio, discriminação, violência, imagens de violência extrema. E são esses espaços da rede que os pais devem ensinar as crianças a reconhecer e evitar.





Edição: Lílian Beraldo e Juliana Andrade  


Agência Brasil - Brasil avançou na legislação de combate à pedofilia na internet, avalia ONG - Cibercrimes

 



 

 

 

 

quarta-feira, novembro 25, 2009

Conjur - Estudante é condenado por comentário ofensivo publicado em seu blog

Conjur - Estudante é condenado por comentário ofensivo publicado em seu blog:

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Ofensa alheia

Estudante responde por comentário em seu blog


O Tribunal Justiça do Ceará condenou o blogueiro e estudante de jornalismo Emílio Moreno da Silva a pagar indenização de R$ 16 mil à diretora escolar Eulália Maria Wanderley de Lima. Segundo informa o portal G1, a indenização é decorrente de um comentário publicado por outro internauta, em seu blog, e ofensivo à diretora do Colégio Santa Cecília. A ação foi julgada em julho deste ano e no último fim de semana foi anunciada a penhora dos bens do blogueiro para o pagamento do débito.


O caso teve início em março de 2008, quando Morena da Silva noticiou em seu blog, o Liberdade Digital, uma briga envolvendo dois estudantes do Colégio Santa Cecília, na capital do estado. Na ocasião, um internauta postou um comentário crítico à atuação de da diretora da instituição, na mediação do conflito.


A diretora entrou com ação por danos morais contra o blogueiro. Após cinco audiências, a Justiça do Ceará determinou o pagamento de 40 salários mínimos por parte, a título de indenização. O estudante de Jornalismo perdeu o prazo para recorrer e a ação 'transitou em julgado', isto é, quando não cabem mais recursos.


No último sábado (21/11), a Justiça comunicou que fará a penhora de bens do blogueiro para garantir o pagamento da indenização. Ele argumenta que não tem bens móveis e imóveis para penhorar e diz que tentou resolver o caso de forma amigável.


'O que eu realmente lamento é que não tenha havido um diálogo mais tranquilo, sem que houvesse a necessidade de uma ação na Justiça. Ofereci direito de resposta, apaguei de imediato o comentário. Enfim, acho que tudo isso é fruto de um equívoco. Lamento realmente', disse Silva.


O advogado da vítima, Helder Nascimento, porém, diz que antes de entrar com o processo pediu a retirada do comentário mas não foi atendido. Na ocasião, segundo ele, o blogueiro teria rejeitado o pedido, alegando 'cerceamento à liberdade de expressão'.


Por sua vez, na versão do blogueiro, o primeiro contato do escritório de advocacia aconteceu dois meses após o comentário. Na época, de maneira informal e por telefone, o advogado pediu para que ele identificasse o autor do comentário.


'Uma pessoa me liga e pede a identificação de um comentarista do blog. Eu não passei. Consultei o sindicato dos jornalistas do Ceará, a assessoria jurídica deles e no início de setembro chegou o mandato de citação do 11º Juizado Especial Cível', ressaltou Silva, acrescentando ser falso o e-mail dado pelo autor do comentário. De acordo com o estudante, o blog existe desde 2006 e analisa os fatos locais.

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quarta-feira, novembro 11, 2009

Agência Brasil - Sociedade brasileira quer consumir cultura, diz coordenadora - Cibercrimes

 
10 de Novembro de 2009 - 18h15 - Última modificação em 10 de Novembro de 2009 - 20h04


Sociedade brasileira quer consumir cultura, diz coordenadora

Da Agência Brasil


 
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Brasília - A coordenadora executiva do Programa Mais Cultura, Silvana Meireles, afirmou hoje (10) que a população brasileira quer consumir cultura. Segundo ela, os gastos da população com esse item estão na sexta posição, acima das despesas com educação.

“Apesar de termos dados revelando que há uma grande parcela da população, principalmente das classes C, D, e E, que ainda é desassistida por políticas públicas na área da cultura, os gastos da família brasileira com cultura ficam na sexta posição, acima dos investimentos com educação. Ou seja, existe um anseio da sociedade civil e dessa população por consumo de cultura”, disse durante seminário para discutir a construção de espaços culturais em áreas de intervenção do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Silvana ressaltou que cerca de 60% dos municípios brasileiros têm ações do Programa Mais Cultura e que a criação dos Espaços Culturais vai ampliar esse número.

“Qualquer estado e qualquer município brasileiro podem aderir ao programa, basta manifestar essa intenção. Existe uma vasta gama de produção cultural espalhada no território brasileiro. Em contraponto, há uma falta de acesso a essa produção cultural. Então o ministério tem trabalhado com estados brasileiros e mais recentemente com municípios no sentido de fazer alianças para o desenvolvimento e ampliação desse projeto”, frisou.

O presidente da organização não governamental Instituto Arte no Dique, José Virgílio, se mostrou ansioso com a implementação dos Espaços Culturais em sua em sua cidade, Santos (SP).

“Com a inauguração da Escola Popular de Arte e Cultura Plínio Marcos e do Espaço Cibernético Gilberto Gil, em 2010, vamos criar a possibilidade de gerar empregos modernos e capacitação profissional. Numa área onde os jovens não têm perspectiva, é importante abrir possibilidades de profissionalização para colocá-los no mercado de trabalho. Esse programa vai transformar a vida daquelas pessoas”, destacou.

De acordo com a coordenadora do Programa Mais Cultura, a iniciativa vai atingir 19 estados brasileiros, com cerca de 20 ações. No total, 1,2 mil projetos devem receber apoio do Ministério da Cultura, entre eles, 200 cines cultura, 410 bibliotecas modernizadas, além de pontos de leitura e pontos de cultura.



Edição: Lílian Beraldo  


Agência Brasil - Sociedade brasileira quer consumir cultura, diz coordenadora - Cibercrimes

 



 

 

 

 

segunda-feira, junho 15, 2009

Agência Brasil - Lula defende cooperação entre países para garantir segurança na internet - Cibercrimes

 
15 de Junho de 2009 - 12h59 - Última modificação em 15 de Junho de 2009 - 12h58


Lula defende cooperação entre países para garantir segurança na internet

Paula Laboissière
Enviada Especial

 
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Genebra (Suíça) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje (15) uma cooperação entre países para garantir a segurança na internet. Durante visita a Genebra, na Suíça, ele recebeu o prêmio World Telecommunications anda Information Society, da Organização  Internacional de Telecomunicações.

“Esse é o lugar certo para coordenar esse esforço”, disse. Lula pediu ainda que a organização defina padrões a serem adotados  por todos nos países no combate à pedofilia. Para ele, é preciso “um instrumento multilateral” que estimule uma cooperação internacional.

“Os desafios do crime cibernético demonstram a importância do debate sobre governança na internet”, destacou o presidente.



Edição: Juliana Andrade  


Agência Brasil - Lula defende cooperação entre países para garantir segurança na internet - Cibercrimes

 



 

 

 

 

sexta-feira, fevereiro 13, 2009

Agência Brasil - Encontro em Brasília discute crimes na internet - Cibercrimes

 
11 de Fevereiro de 2009 - 09h00 - Última modificação em 11 de Fevereiro de 2009 - 09h00


Encontro em Brasília discute crimes na internet

Da Agência Brasil


 
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Brasília - O procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, participa hoje (11), às 19h, em Brasília, da abertura do curso Crime, Computadores, Perícias e Internet, promovido pela Escola Superior do Ministério Público da União em parceria com a Embaixada Americana no Brasil.

A atividade é voltada para integrantes do Ministério Público, juízes e policiais e tem como objetivo oferecer treinamento e troca de experiências entre especialistas brasileiros e norte-americanos no combate ao crime organizado e, mais especificamente, ao crime cibernético.

Também estarão presentes à solenidade de abertura o procurador-geral de Justiça do Distrito Federal, Leonardo Bandarra,  representantes do FBI e da Justiça norte-americana.



 


Agência Brasil - Encontro em Brasília discute crimes na internet - Cibercrimes

 



 

 

 

 

domingo, janeiro 25, 2009

Agência Brasil - Entre a Olinda de dentro e a Olinda de fora a conexão que faltava - Cibercrimes

 
6 de Julho de 2007 - 12h43 - Última modificação em 6 de Julho de 2007 - 12h47


Entre a Olinda de dentro e a Olinda de fora a conexão que faltava

Paulo Machado
Ouvidor da Radiobrás

 
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Brasília - Olinda, cidade situada a 6 quilômetros de Recife, capital do estado de Pernambuco, ostenta vários títulos que povoam a imaginação de quem não a conhece, dentre eles, o de ter o melhor carnaval do Nordeste, ser a primeira Capital Brasileira da Cultura e também de Patrimônio Artístico e Cultural da Humanidade. É de lá que a leitora Maristela Farias nos escreveu.

Olinda tem uma população de quase 400 mil habitantes, morando em um território de 40 quilômetros quadrados, sendo que sua área urbana tem 34 quilômetros quadrados e a rural, pouco mais de 6 quilômetros quadrados . O chamado Polígono de Preservação Cultural mede 10 quilômetros quadrados, dos quais apenas 1,2 quilômetro quadrado é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico pelo do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Maristela diz que a Olinda que está fora da área tombada é periferia e constitui 70% do município. Nessa Olinda de fora, há grandes problemas sociais, principalmente de violência praticada pelos e contra os jovens, jovens sem nenhuma perspectiva social e em completa degradação. Segundo a leitora, a Olinda tombada é muito bonita e aparece na mídia, nos folders e nas chamadas televisivas, cheia de cores. No entanto, a realidade é bem outra.

Ela elogia a qualidade da cobertura da Agência Brasil, pela qual ela acompanhou o Seminário Internacional sobre Diversidade Cultural, realizado em Brasília na última semana. No entanto, ela lamenta que a realidade local não esteja representada nas discussões das políticas públicas debatidas no evento.

A Ouvidoria fez uma análise da cobertura da Agência Brasil sobre o evento. Foram ouvidas 27 fontes nas 23 matérias publicadas entre 25 e 30 de junho. Das fontes 52% são representantes do governo brasileiro, 15% ministros de Cultura ou o equivalente de outros paises latino-americanos, 11% representantes de organizações internacionais (ONU, Unesco, OEA), 11% representantes de organizações da sociedade civil brasileira e 7% são intelectuais.

Os principais temas abordados nas matérias são: identidade cultural, padrões de beleza e “afro-latinidade”, redes alternativas de difusão cultural e espaços para exibição de filmes, direitos autorais e acesso a obras intelectuais, promoção dos idiomas nativos, luta contra a globalização neoliberal, diversidade digital, geração de emprego pela economia da cultura e criação de espaços para a capacitação da população de baixa renda.

As principais conclusões a que os participantes do encontro chegaram, segundo as matérias da Agência Brasil, foram com relação à necessidade de democratização dos veículos de comunicação, incentivo aos meios de comunicação alternativos, construção de um sistema público de comunicação, apoio a pequenas gravadoras e camelôs na produção e distribuição da música nacional, regulamentação para obrigar a exibição de filmes nacionais, acordos sobre a flexibilização dos direitos autorais, incentivos às publicações em idiomas indígenas, implantação de centros comunitários e Pontos de Cultura e a inclusão dos negros e índios nas decisões.

Além dessa cobertura convencional através de notícias publicadas na página, a agência inovou, inaugurando seu blog, no qual os editores puderam postar suas impressões sobre o seminário em uma linguagem mais informal. Até um trecho do diálogo entre participantes de um chat criado pelo Ministério da Cultura para discutir os assuntos tratados no evento pudemos ler ali. Além disso, o leitor encontrou fotos, vídeos e áudios das palestras e dos debates, tudo publicado em tempo real. Do ponto de vista do uso dos recursos multimídia a agência deu seu espetáculo mostrando as inúmeras possibilidades que a convergência de diversas tecnologias pode proporcionar em matéria de informação.

Até aí, estava tudo perfeito, a não ser por uma observação da leitora: “tenho a impressão que vivemos fora do Brasil ou o que se propaga nos meios de comunicação é uma tremenda mentira”.

Maristela Farias se refere não só à distância que separa as duas Olindas – a de dentro e a de fora, mas à distância que separa o mundo dos jornalistas e autoridades do mundo real. Fala da distância entre o jornalismo que vê a realidade a partir de grandes centros urbanos e a realidade cotidiana das periferias das cidades Brasil afora. Fala desse abismo entre a concepção das políticas públicas e as reais necessidades dos jovens vivendo em periferias. Periferias das cidades, periferias econômicas, periferias sociais e periferias culturais, nas quais grassa a exclusão.

No entanto, a leitora também ensina o caminho a ser percorrido entre os centros urbanos e a periferia para levar o jornalismo da agência até lá e trazer a realidade local para esse cibernético espaço público de debate dos problemas nacionais. Os mais de 600 Pontos de Cultura, as milhares de rádios e TVs comunitárias e os centros de inclusão digital do Projeto Casa Brasil podem ser a ponte que faltava.

A Agência Brasil já deu provas de que dispõe da tecnologia necessária para se conectar a eles. Talvez falte só a decisão política de fazê-lo. Fomentar a produção de conteúdo e de jornalismo local pode ser uma das saídas para resolver “os grandes problemas sociais, principalmente de violência praticada pelos e contra os jovens, jovens sem nenhuma perspectiva social e em completa degradação”, acrescentou a leitora.

Até a próxima semana.

 


Agência Brasil - Entre a Olinda de dentro e a Olinda de fora a conexão que faltava - Cibercrimes

 



 

 

 

 

Agência Brasil - Ministro das Comunicações fala no Fórum de Governança na Internet - Cibercrimes

 
13 de Novembro de 2007 - 06h27 - Última modificação em 13 de Novembro de 2007 - 06h27


Ministro das Comunicações fala no Fórum de Governança na Internet

Agência Brasil


 
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Rio de Janeiro - O ministro das Comunicações, Hélio Costa, dá entrevista às 11h no 2º Fórum de Governança na Internet. O encontro está sendo realizado no Hotel Windsor Barra, na Barra da Tijuca, no Rio. Às 13h15, haverá entrevista do coordenador executivo do fórum, Markus Kummer.

O encontro reúne até quinta-feira (15) mais de 2 mil representantes de cerca de 100 países para discutir temas relacionados à Governança da Internet para o Desenvolvimento. Em pauta, entre outros assuntos, administração da rede, liberdade de expressão, crime cibernético, pornografia infantil e segurança.

 



Agência Brasil - Ministro das Comunicações fala no Fórum de Governança na Internet - Cibercrimes

 



 

 

 

 

Agência Brasil - Plano Estratégico de Defesa Nacional será lançado amanhã - Cibercrimes

 
17 de Dezembro de 2008 - 23h26 - Última modificação em 18 de Dezembro de 2008 - 09h08


Plano Estratégico de Defesa Nacional será lançado amanhã

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil

 
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Brasília - O resultado do trabalho de 15 meses do comitê interministerial criado para elaborar o Plano Estratégico de Defesa Nacional será conhecido amanhã (18). O documento que estabelece diretrizes e ações de médio e longo prazo para reformular e dinamizar o setor será lançado durante solenidade que acontecerá no Palácio do Planalto, em Brasília, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo a assessoria do ministério da Defesa, a Estratégia Nacional pretende modernizar a estrutura nacional de defesa atuando em três eixos estruturantes: reorganização das Forças Armadas, reestruturação da indústria brasileira de material de defesa e a composição dos efetivos do Exército, Marinha e Aeronáutica.

Na exposição de motivos apresentada ao presidente Lula, o ministro da Defesa e presidente do comitê interministerial, Nelson Jobim, e o ministro de Assuntos Estratégicos e coordenador dos trabalhos, Mangabeira Unger, explicam que a reorganização das três Forças depende da redefinição do papel do Ministério da Defesa.

Os ministros também relataram a necessidade de que sejam indicadas claramente as diretrizes estratégicas para cada uma das Forças, além de especificar a relação entre elas. Três setores decisivos para a defesa nacional seriam o cibernético, o espacial e o nuclear.

Em relação à reestruturação da indústria nacional, o principal propósito, ainda segundo o Ministério da Defesa, é assegurar que o Brasil detenha o conhecimento tecnológico necessário para fabricar os equipamentos de que suas tropas necessitem.

A proposta do último eixo, a composição das tropas militares, é manter a obrigatoriedade do serviço militar inicial para os homens e zelar para que as Forças Armadas reproduzam, em sua composição, a estrutura da sociedade brasileira. Há planos de criar o serviço social civil voluntário, ao qual poderiam se incorporar homens e mulheres.

Em setembro, ao conceder entrevista à Agência Brasil, Mangabeira garantiu que o alistamento permaneceria obrigatório. Para o ministro, a extinção da obrigatoriedade faria com que apenas jovens pobres levassem a se alistar, motivados pelo soldo, o que, de certa forma, ele reconheceu já acontecer e reprovou.

“Hoje, o sistema funciona da seguinte forma. No papel, é obrigatório. Na realidade, é voluntário e serve quem quer”, disse Mangabeira.

“Entendemos que a garantia mais profunda de defesa de nosso país é a identificação da Nação com suas Forças Armadas, e não que apenas uma parte dos brasileiros receba [soldos] das demais partes para defendê-las. Em uma sociedade tão desigual quanto a nossa, o serviço militar obrigatório funciona como um nivelador republicano, um espaço no qual a nação pode se encontrar acima das classes sociais”, afirmou.

Até o momento, não foi divulgado quanto de recursos será necessário investir para implementar a Estratégia Nacional. Na mesma entrevista, Mangabeira disse à Agência Brasil que o plano “não é uma resposta conjuntural a problemas pontuais, nem uma espécie de triagem de pedidos e solicitações feitas pelas Forças Armadas”.

Foram convidados para a cerimônia os comandantes das três Forças, entidades representativas da indústria de defesa, empresários, líderes sindicais e representantes do mundo acadêmico, principalmente das instituições envolvidas ou que serão convidadas a se envolver em pesquisas tecnológicas vinculadas à Defesa.




 


Agência Brasil - Plano Estratégico de Defesa Nacional será lançado amanhã - Cibercrimes

 



 

 

 

 

Agência Brasil - Plano incentiva desenvolvimento de tecnologia nuclear para fins militares e civis - Cibercrimes

 
18 de Dezembro de 2008 - 15h47 - Última modificação em 18 de Dezembro de 2008 - 15h49


Plano incentiva desenvolvimento de tecnologia nuclear para fins militares e civis

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil

 
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Brasília - A depender do Plano Estratégico de Defesa Nacional que será lançado esta tarde, o Brasil não deverá aderir a eventuais acréscimos ao Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares, acordo internacional que visa evitar a disseminação de armamentos nucleares ao mesmo tempo em que viabiliza o uso da tecnologia para fins pacíficos. O país é signatário do tratado desde 1997.

De acordo com documento divulgado na manhã de hoje (18) pelo Ministério da Defesa, o Brasil manterá abertas as vias de acesso ao desenvolvimento de suas próprias tecnologias nucleares, não aderindo a acréscimos que restrinjam ainda mais a utilização da tecnologia sem que antes as potências nucleares tenham avançado em eliminar seu arsenal nuclear.

O texto, elaborado por um comitê interministerial presidido pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, e coordenado pelo ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, alega que o setor nuclear tem valor estratégico e que a Nação não deve se privar da tecnologia.

A estratégia defendida é que o país domine todo o ciclo do combustível nuclear, bem como a construção de reatores nucleares, o que já vem sendo desenvolvido pela Marinha dentro do projeto de construção do primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear.

O Brasil também deve acelerar o mapeamento, a prospecção e o aproveitamento das jazidas de urânio; desenvolver o potencial de projetar e construir termelétricas nucleares; empregar a energia nuclear a fim de estabilizar a matriz energética nacional, sujeitando seu uso aos mais rigorosos controles de segurança e de proteção do meio ambiente e ampliar a capacidade de usar a energia nuclear.

Além do setor nuclear, o plano também destaca a importância de o país desenvolver outros dois setores classificados como estratégicos – o espacial e o cibernético. No primeiro, algumas das prioridades destacadas são o desenvolvimento e a fabricação de veículos lançadores de satélites, sobretudo os geoestacionários, utilizados em telecomunicações, e os destinados ao sensoriamento remoto. Já no campo cibernético, estão contemplados os usos industriais, educativos e militares.

Em todas as áreas, o documento estabelece a ressalva de que as tecnologias que venham a ser desenvolvidas, bem como a capacitação dos profissionais envolvidos, devem ficar sob domínio nacional, mesmo quando desenvolvidas por meio de parcerias com outros países ou empresas estrangeiras.

 



Agência Brasil - Plano incentiva desenvolvimento de tecnologia nuclear para fins militares e civis - Cibercrimes

 



 

 

 

 

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