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sexta-feira, maio 23, 2008

Comissão aprova poder de CPI para pedir prisão temporária (Câmara dos Deputados) - Observatório da Criminologia (Prof. Lélio Braga Calhau)

 

Sábado, 17 de Maio de 2008

Comissão aprova poder de CPI para pedir prisão temporária (Câmara dos Deputados)


Biscaia alterou os prazos em seu substitutivo

 

A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado aprovou no último dia 7 o Projeto de Lei 116/07, do deputado Neilton Mulim (PR-RJ), que dá às comissões parlamentares de inquérito (CPIs) o poder de requerer à Justiça prisão temporária de investigado. O projeto também modifica os prazos da prisão temporária, previstos na Lei 7.960/89.A proposta foi aprovada na forma de substitutivo do relator, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ).

 

O substitutivo estabelece que a prisão temporária será de dez dias, prorrogáveis por igual período, e não de cinco, como é hoje. A exceção é para os crimes hediondos, já disciplinados pela Lei 8.072/90, que prevê prisão temporária por 30 dias (prorrogáveis).O projeto original previa 60 dias de prisão para crimes cometidos por organizações criminosas, 30 dias para crimes hediondos, e 5 dias para os demais casos, todos prorrogáveis.

 

Biscaia optou por alterar a redação para torná-la igual ao de outra proposta aprovada na Comissão de Segurança Pública em abril passado (PL 124/03), que também altera os prazos da prisão temporária.FortalecimentoAtualmente, a prisão temporária só pode ser pedida pela polícia e pelo Ministério Público. Não há uma lei explícita atribuindo às CPIs esse mesmo poder, o que tem levado a interpretações divergentes nos tribunais quando a comissão encaminha pedido de prisão.Com a inclusão da prerrogativa na legislação, o deputado Biscaia disse que o Congresso fortalece o papel das CPIs.

 

Segundo o texto, a prisão só poderá ser pedida quando for imprescindível para as investigações da comissão. Além disso, o Ministério Público será ouvido antes da decisão do juiz.TramitaçãoO projeto será examinado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

 

Se aprovado, segue para o Plenário. Além dessa proposta, a Câmara analisa outro projeto de Neilton Mulim (PL 58/07) que autoriza as CPIs a solicitarem à Justiça a prisão preventiva de investigados.

 

Reportagem - Janary JúniorEdição - Pierre Triboli

(Reprodução autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara')

Agência Câmara Tel. (61) 3216.1851/3216.1852Fax. (61) 3216.1856E-mail:agencia@camara.gov.br

 

Observatório da Criminologia (Prof. Lélio Braga Calhau)

 

 

quinta-feira, abril 17, 2008

Correio Forense - Deputados analisam desenhos do Cartoon Network - A Justiça do Direito Online

 

Deputados analisam desenhos do Cartoon Network

17.04.2008 [12:00]

Deputados analisam desenhos do Cartoon Network

 

Com a CPI do mundo real presa a um enredo de poucas emoções, um grupo de deputados resolveu investigar mazelas de ficção. Integrantes da Comissão de Defesa do Consumidor, da Câmara, promoveram uma audiência sobre o conteúdo da programação do canal de desenhos Cartoon Network, veiculado pela TV paga.

 

Mesmo sem poderes para quebrar sigilos, os deputados identificaram, com a devida ajuda da assessoria técnica parlamentar, o inimigo, o suspeito de desvirtuar os bons costumes: Harvey, o advogado. Trata-se uma reencarnação animada do Homem Pássaro, super herói careta que fez sucesso nos anos 70. Harvey atua como um advogado, ao lado de seu antigo mascote, agora escrivão, Vingador, solucionando casos jurídicos entre personagens de séries animadas criadas por Hanna-Barbera, como Fred Flintstone e Scooby-Doo. No desenho, os personagens passam por experiência mundanas e existenciais, algumas vezes erótica. Isso provocou revolta na Câmara.

 

Embora, nem Scooby-Doo nem Barney e Fred tenha feito uso de cartão corporativo ou produzido dossiês. Os deputados Celso Russomanno (PP-SP) e Júlio Delgado (PSB-MG) chegaram a advertir o diretor-executivo jurídico da Net TV, André Muller Borges, de que ele tinha sorte por estar depondo a uma comissão temática, e não a uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). "Se aqui fosse uma CPI, o senhor estaria encalacrado", disse Delgado, sinalizando que Borges poderia ter sido preso por mentir. O deputado Barbosa Neto (PDT-PR), que convocou a audiência pública, exibiu trechos de desenhos animados, veiculados pelo canal Cartoon Network, com cenas de violência, como esfaqueamento e suicídio: "Fiquei chocado, porque crianças assistem a esses desenhos", protestou.

 

A Justiça do Direito Online
Estadão

Correio Forense - Deputados analisam desenhos do Cartoon Network - A Justiça do Direito Online

 

quinta-feira, abril 10, 2008

Google deve informar conteúdo de álbuns fechados - Jusvi

 

Google deve informar conteúdo de álbuns fechados

 

O Grupo de Combate a Crimes Cibernéticos do Ministério Público Federal em São Paulo (MPF/SP) concedeu o prazo de 48 horas para que a empresa Google Brasil informe quais dos 3.261 álbuns de fotografia do Orkut com conteúdo bloqueado por usuários denunciados pela ONG Safernet contêm fotos de pornografia infantil. A notificação foi enviada ao presidente da empresa, Alexandre Hohagen, e o prazo se encerra amanhã (quarta-feira), mesmo dia previsto para que o MPF/SP e a empresa deponham à CPI da Pedofilia, instalada no Senado Federal.


A publicação, em qualquer mídia, de imagens de pornografia com crianças e adolescentes é crime previsto pelo artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente. A pena é de 2 a 6 anos de prisão. Entretanto, o novo recurso de privacidade criado pelo Orkut, da Google, impede o acesso do Ministério Público e da Polícia a tais álbuns, impedindo a investigação do delito e, portanto, garantindo a impunidade dos autores.


A ONG Safernet Brasil, por meio do site www.denunciar.org.br (canal oficial de denúncias conveniado ao MPF) recebeu denúncias contra 3.261 diferentes álbuns de fotografias fechados do Orkut. Estes álbuns estão, na maioria das vezes, em perfis falsos feitos por pedófilos para divulgar álbuns de fotos com esse tipo de conteúdo.


Com os álbuns fechados, apenas pessoas autorizadas pelo criador da página acessam as fotos, criando um ambiente para troca dessas imagens entre pedófilos. Mas os usuários do Orkut percebem que tipo de conteúdo há nesses álbuns e os denunciam, já que a página principal desses perfis geralmente são ilustradas com fotos de crianças nuas.



Notificação
– No documento enviado à Google Brasil, o procurador da República Luiz Fernando Gaspar Costa, coordenador substituto do Grupo de Combate aos Crimes Cibernéticos do MPF/SP, alerta que “somente a empresa tem acesso ao conteúdo publicado”. Na notificação, além das informações sobre as páginas denunciadas, o MPF/SP pede que a Google Brasil preserve “todas as evidências necessárias” (logs de acesso, dados do usuário e fotografias que estavam nos álbuns).


Após as denúncias, vários desses perfis com álbuns fechados são retirados do ar pela Google, entretanto o MPF/SP quer a garantia de que a materialidade dos crimes seja preservada para que os responsáveis possam ser investigados e punidos. Caso a Google Brasil não atenda a notificação, o MPF/SP poderá responsabilizar a empresa civil e criminalmente.


No último dia 1º de abril, a procuradora da República Fernanda Teixeira Souza Domingos Taubemblatt notificou a empresa para preservar todo o conteúdo das quase 100 mil páginas denunciadas comunicadas pela Safernet Brasil nos anos de 2006 a 2008, e informar quais dos conteúdos denunciados continham indícios de crimes e/ou violação aos direitos humanos e fundamentais, conforme a lei brasileira. O MPF/SP notificou também empresa a informar quantos e quais casos de pornografia infantil foram reportados ao órgão americano National Center for Missing and Exploited Children (NCMEC).



CPI
– Amanhã, 8 de abril, às 9h, os procuradores da República Sergio Gardenghi Suiama e Luiz Fernando Gaspar Costa , coordenadores do Grupo de Combate a Crimes Cibernéticos do MPF/SP, vão depor à CPI da Pedofilia. No último dia 3, procuradores do grupo enviaram ofício ao presidente e ao relator da CPI, senadores Magno Malta e Demóstenes Torres, se colocando à disposição para colaborar com os trabalhos da comissão.


Criado em 2003, o grupo foca seu trabalho em dois crimes contra os direitos humanos muito cometidos na rede e cuja atribuição é federal: pornografia infantil e racismo. Os oito procuradores do grupo se dividem atualmente sobre cerca de 500 investigações e processos criminais que tramitam na Justiça Federal de São Paulo (o número de procuradores do grupo e de casos cresceu exponencialmente com o advento do Orkut).


Na esfera cível, o grupo atua junto aos provedores de serviços de internet, com a missão de assegurar que as empresas adotem medidas adequadas de prevenção e colaboração com as autoridades. Em 2005, os maiores provedores brasileiros, UOL, IG e Terra, assinaram termo de compromisso de integração operacional com o MPF/SP, que estabelece, entre várias medidas, prazo mínimo para preservação de evidências.


No documento enviado à CPI, os procuradores relatam que o Brasil não é um país produtor de pornografia infantil comercial, mas que “é certo afirmar que criminosos brasileiros têm se utilizado cada vez mais da Internet para distribuir e trocar pornografia infantil, bem como para assediar e aliciar crianças online”.


Entre 2006 e 2007, a ONG Safernet registrou um aumento de 126,03% nas denúncias de pornografia infantil na internet. De 121.358 denúncias, o patamar subiu para 267.470 em apenas um ano. Desse total de denúncias, 86% refere-se ao Orkut, que hoje é o principal serviço privado de internet acessado por brasileiros.


“Cerca de 30 milhões de usuários nacionais integram hoje a rede de relacionamentos mantida pela Google, o que justifica plenamente a atuação estatal no sentido de obrigar a empresa a engajar-se de forma mais efetiva no combate à pornografia infantil praticada em seus serviços”, afirmam os procuradores no documento enviado à CPI.



Ação
– Nesse sentido, o MPF/SP ajuizou em agosto de 2006, ação civil pública contra a Google Brasil para obrigar a empresa a preservar e encaminhar dados solicitados pela Justiça Brasileira, sob pena de multa diária de 200 mil reais por processo e indenização por danos morais coletivos no valor de 130 milhões de reais em caso de condenação.

 

Decisão liminar obrigou a Google a entregar os dados, mas a empresa obteve efeito suspensivo no Tribunal Regional Federal da 3ª Região.


A ação está relatada para sentença, mas o MPF/SP e a Google tentam uma solução amigável desde outubro de 2007, quando a empresa constituiu novos advogados e criou um departamento jurídico no Brasil, mas o diálogo não avança sobre cinco tópicos que o MPF considera fundamentais:


a) tempo de preservação de provas: o MPF/SP quer a preservação de dados por pelo menos três anos, a Google insiste em apenas 30 dias;
b) preservação e encaminhamento da provas (sobretudo das imagens de pornografia infantil postadas);
c) desenvolvimento de filtros para impedir a publicação de pornografia infantil;
d) implementação de um serviço efetivo de atendimento ao consumidor nacional, inclusive por meio de um serviço de telefone 0800;
e) acesso das autoridades públicas aos álbuns fechados.

 

Fonte: Procuradoria Geral da República (PGR) »

 

Revista Jus Vigilantibus, Terça-feira, 8 de abril de 2008

Jusvi

 

quarta-feira, abril 09, 2008

PF quer acesso a dado de suspeito de pedofilia em provedor

 

7/4/2008

PF quer acesso a dado de suspeito de pedofilia em provedor

 

A Polícia Federal quer tornar obrigatório que os provedores liberem os dados cadastrais de usuários da internet investigados por pedofilia sem a necessidade de autorização judicial. Pretende ainda ampliar de 30 dias para três anos o prazo de preservação, pelas empresas, do conteúdo dos sites que contenham material pedófilo.

 

Essas e outras sugestões serão entregues na terça aos integrantes da CPI da Pedofilia. Eles pediram à Polícia Federal que fizesse uma proposta de projeto de lei para ser discutido na comissão.

 

O chefe da divisão de Direitos Humanos da Polícia Federal, delegado Felipe Tavares Seixas, afirmou que as mudanças servirão para acabar com a auto-regulamentação das empresas, que atualmente decidem sobre quais dados e informações podem ou não ser acessados para fins investigativos.

 

De janeiro a março de 2007, foram denunciadas à ONG SaferNet Brasil, que monitora e denuncia crimes na internet, 6.686 páginas diferentes, nacionais e internacionais, com suposto conteúdo pedófilo. No mesmo período deste ano, foram denunciadas 13.375 páginas diferentes com possível conteúdo pedófilo.

 

O texto da PF também torna crime fazer download e armazenar fotos e vídeos de conteúdo sexual envolvendo crianças --hoje só é crime a transmissão desse material.

 

A divulgação de desenhos animados com temas pedófilos e de fotos ou vídeos em que jovens, mesmo maiores de 18 anos, aparecem nus ou em cenas de sexo --e em que haja dificuldade de identificar a faixa etária-- também poderão se tornar crimes.

 

O procurador do Ministério Público Federal de São Paulo Sérgio Suiama disse concordar com as sugestões que serão encaminhadas à CPI pela Polícia Federal. De acordo com ele, a preservação do conteúdo de sites pelos provedores --mesmo que os sites sejam retirados do ar por conter material pedófilo-- é fundamental para as investigações.

 

Google

A CPI da Pedofilia aprovou requerimento de convocação do diretor-presidente da empresa Google do Brasil, Alexandre Hohagen, e do diretor de comunicação, Felix Ximenes, para que deponham na próxima quarta-feira. A CPI já havia convidado representantes da empresa, mas ninguém compareceu.

 

Cobrada sistematicamente pela Justiça, pela Polícia Federal e, agora, pelos senadores por não colaborar com as investigações sobre a pedofilia virtual --ao não divulgar o nome dos usuários que mantêm sites com conteúdo pornográfico--, a empresa contratou uma equipe de advogados, entre eles o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça), para defendê-la.

 

Na noite de quarta-feira, o ex-ministro entrou em ação ao telefonar para o presidente da comissão, senador Magno Malta (PR-ES) dizendo ter sido contratado pela Google e pedindo prazo para que os executivos comparecessem à CPI.

 

Orkut

A comissão quer ouvir a empresa sobre estimativa feita pela SaferNet de que o site de relacionamentos Orkut, que pertence à Google, abrigaria no total 3.361 páginas bloqueadas por sistema de segurança, que só podem ser vistas por pessoas autorizadas por seus donos, com material de pedofilia.

 

Ximenes disse não ter sido notificado ainda pela CPI de sua convocação e a de Alexandre Hohagen, mas que os dois comparecerão na data marcada para prestar esclarecimentos.

 

Folha de S.Paulo

PF quer acesso a dado de suspeito de pedofilia em provedor

 

quarta-feira, março 19, 2008

Correio Forense - TCU encontra notas fiscais superfaturadas com aluguel de carros para o Palácio do Planalto - A Justiça do Direito Online

 

TCU encontra notas fiscais superfaturadas com aluguel de carros para o Palácio do Planalto

19.03.2008 [11:30]

TCU encontra notas fiscais superfaturadas com aluguel de carros para o Palácio do Planalto

 

As auditorias realizadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) entre 2002 e 2005 indicaram diversas irregularidades nos gastos da Presidência da República e de outros órgãos do governo com aluguel de automóveis. Ao depor ontem na comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investiga o uso dos cartões corporativos no Executivo, a técnica do TCU Vanda Lídia Romano afirmou que até outubro de 2004 as despesas com locadoras causaram prejuízo aos cofres públicos. Dentre as irregularidades estão o superfaturamento de notas fiscais e o pagamento por serviços não realizados.


Apesar de os detalhes sobre as despesas terem caráter sigiloso, o Correio apurou que a maior beneficiada com os gastos do governo na locação de automóveis, no período analisado pelo TCU, foi a Victory Rent a Car. A empresa foi criada por Mauro Sergio Almeida Fatureto, que trabalhou como chefe de gabinete do ex-deputado federal Humberto Michiles (PL-AM). O político não conseguiu se reeleger por conta do seu envolvimento no suposto esquema de corrupção ligado à construtora Gautama, desbaratado pela Operação Navalha da Polícia Federal. Michiles sempre foi considerado homem-forte do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento. Pela ligação com o ministro, o ex-parlamentar garantiu a Mauro Fatureto um cargo de diretor no Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit).


Nas mãos de Fatureto, no entanto, a empresa mantinha contratos modestos. Foi a partir de outubro de 2003, com a entrada na sociedade do empresário do Amazonas Waldery Areosa que a locadora — situada, segundo cadastro da Receita Federal, em uma loja de menos de 50 metros quadrados no subsolo de um shopping no Sudoeste — viu entrar na sua conta bancária quantias milionárias. Entre os meses de janeiro a setembro de 2004, a Presidência da República pagou à Victory Rent a Car R$ 3,9 milhões pelo aluguel de carros executivos. Mas, segundo o relatório do TCU, nem todos os serviços contratados devem ter sido prestados.


De acordo com os técnicos, tanto a Victory como outras locadoras receberam pagamento pelo aluguel de veículos não utilizados pela presidência. Além disso, o parecer do TCU apontou a existência de outros indícios de falhas nos documentos referentes aos contratos de locação, como a existência de notas fiscais calçadas, que apresentam divergências entre o valor recebido e a quantia que a empresa declara à Receita. O caráter sigiloso dos dados impede uma análise aprofundada sobre os serviços pagos e não realizados, assim como dos emissores das notas irregulares.


Mudanças


A relação entre Mauro Fatureto e Waldery Areosa não levantaria qualquer suspeita, caso se tratasse apenas de uma questão de administração empresarial. Mas, uma análise minuciosa sobre as relações entre os envolvidos demonstra ainda uma verdadeira troca de colaborações para campanhas eleitorais de candidatos ligados a eles. Waldery Areosa foi um dos maiores financiadores da campanha ao Senado do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, para quem doou R$100 mil, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Por sua vez, seu amigo, Humberto Michiles, recebeu R$ 50 mil da construtora Barbosa Mello, que presta serviços para o Dnit, órgão do qual o seu ex-chefe de gabinete e fundador da Victory, Mauro Fatureto, virou diretor.


O Correio tentou ouvir representantes da locadora. No entanto, no endereço que consta no cadastro da Receita funciona uma clínica de estética. Os administradores do shopping afirmam que a empresa deixou o local há mais de um ano, logo depois de perder o contrato com a Presidência da República.


Ontem a CPI dos Cartões iniciou a tomada de depoimentos. O primeiro a depor foi Marinus de Vries Marisco, procurador do Ministério Público no TCU. Ele defendeu regras mais rígidas para o uso dos cartões. Depois do procurador, falaram Vanda Lídia Romano Silveira, Jorge Pereira de Macedo, Marcelo Luiz de Souza da Eira, todos técnicos do TCU. Eles fizeram um relato sobre as auditorias realizadas pelo órgão nas despesas do governo com cartões corporativos.

 


A Justiça do Direito Online

Correio Braziliense

Correio Forense - TCU encontra notas fiscais superfaturadas com aluguel de carros para o Palácio do Planalto - A Justiça do Direito Online

 

sexta-feira, dezembro 14, 2007

Estranhos na linha - Câmara instala CPI para investigar grampo telefônico

Fonte:

Lawyer Journal


Estranhos na linha

  • Dec. 14th, 2007 at 8:42 AM

 

Câmara instala CPI para investigar grampo telefônico

 

A Comissão Parlamentar de Inquérito que vai investigar denúncias de grampos telefônicos irregulares em linhas de ministros do Supremo Tribunal Federal deve ser instalada na Câmara dos Deputados na próxima quarta-feira (19/11). Os supostos grampos foram divulgados em reportagem publicada pela revista Veja no último dia 22 de agosto.

 

De acordo com a revista, cinco dos 11 ministros do STF admitiram publicamente a suspeita de que suas conversas telefônicas poderiam estar sendo monitoradas clandestinamente. A reportagem atribui responsabilidade pelos grampos a uma "banda podre da Polícia Federal", que se valeria das informações para chantagens e favorecimentos.

 

Para o deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), que sugeriu a criação da CPI, a simples suspeita coloca em risco o Estado Democrático de Direito. O deputado afirma que a CPI vai investigar também os grampos feitos legalmente pela Polícia Federal e que estão sob suspeita de manipulação.

 

"Vamos investigar os grampos no Brasil para que a gente possa ter uma radiografia e, desta forma, aprimorar o processo legislativo no que diz respeito à interceptação telefônica." Nessa radiografia, a comissão deverá analisar como são feitas as escutas, quem as faz, de que forma, quantas existem hoje no país e quem exerce o controle sobre esses monitoramentos.

 

A CPI, que será formada por 23 integrantes titulares e 23 suplentes, terá o prazo de 120 dias para apresentar e votar seu relatório final. No dia 19 de dezembro, devem ser eleitos o presidente e os vice-presidentes da comissão.

 

Revista Consultor Jurídico, 14 de dezembro de 2007



Lawyer Journal - Estranhos na linha

quinta-feira, agosto 23, 2007

Julgamento do mensalão

Fonte: Consultor Jurídico


Julgamento do mensalão

O Globo capta conversa de ministros do Supremo

O jornal O Globo publica nesta quinta-feira (23/8) trechos de mensagens trocadas entre os ministros do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski, durante o julgamento do mensalão. Os ministros trocam impressões sobre a sustentação do procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, e discutem outros aspectos do processo.

Na conversa, travada pela intranet do tribunal e captada pelo fotógrafo Roberto Stuckert Filho, os ministros falam também sobre a indicação do novo ministro do STF, que ocupará a vaga de Pertence, e sobre se deve ser aceita ou rejeitada a acusação de co-autoria em peculato contra acusados que não são funcionários públicos. Entre eles estão Silvio Pereira, Delúbio Soares, Marcos Valério e José Genoino.

De acordo com a reportagem do Globo, separados por três metros, Cármen e Lewandowski comentam a sustentação do procurador: “Ele está — corretamente — ‘jogando para a platéia’”, escreve Lewandowski. “É, e tentativa de mostrar os fatos e amarrar as situações para explicar o que a denúncia não explicou”, diz Cármen.

Ricardo Lewandowski afirma que “impressiona a sustentação do PGR”. A ministra sugere uma reunião com assessores dos dois gabinetes. Os ministros comentam sobre as em relação ao crime de peculato — uso de cargo público para apropriação ilegal de recursos ou bens.

Lewandowski não está seguro se o crime pode ser imputado aos que não ocupavam cargo público à época. A denúncia pede que eles sejam processados como co-autores.“Minha dúvida é quanto ao peculato em co-autoria ou participação, mesmo para aqueles que não são funcionários públicos ou não tinham a posse direta do dinheiro”, diz Lewandowski.

Na troca de mensagens, a ministra Cármen Lúcia comenta com Lewandowski a posição de Eros Grau. “O Cupido (sentado ao lado da ministra estava Eros Grau) acaba de afirmar aqui do lado que não vai aceitar nada (ilegível)”.

Na noite de quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal emitiu nota em que proibia a presença de fotógrafos no plenário, durante o julgamento. E informava que as fotos seriam fornecidas pela assessoria do tribunal. Contudo, o tribunal voltou atrás na decisão e permitiu a presença de fotógrafos.

Veja trechos das conversas captadas pelo jornal

“A sustentação do PGR impressiona”: Os ministros Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia conversam por computador durante a exposição do procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza. Os dois concluem que a sustentação do procurador impressiona, corrigindo as falhas na denúncia. E marcam um encontro.

11:57: Lewandowski: Coerência é tudo na vida!

12:04: Cármen Lúcia: Lewandowski, conforme lhe disse ele está começando pelo final, indicando os fatos de trás para frente...

12:06 Lewandowski: tem razão, mas isso não afasta as minhas convicções com relação aqueles pontos sobre os quais conversamos. Ele está — corretamente — “jogando para platéia”

12:07 Cármen Lúcia: é, e é tentativa de mostrar os fatos e amarrar as situações para explicar o que a denúncia não explicou...

12:08 Lewandowski: tem razão, trata-se de suprir falas (sic) “posteriori”

12:08 Cármen Lúcia: é isso

12:43 Lewandowski: Cármem: impressiona a situação do PGR

12:45 Cármen Lúcia: Muito, acho que seria conveniente — pelo menos para mim— que a gente se encontrasse no final do dia talvez com os meus meninos e o Davi ainda que durante meia hora. Eles estão ouvindo e poderíamos ouvi-los para ver o sentimento que, dominando-os, estão dominando toda a comunidade. Não sei, é como você disse, todo mundo vai estar cansado. Mas acho que seria muito conviniente.

12:45 Lewandowski: Cármen: a sustentação do PGR impressiona

12:46 Lewandowski: Cármen, não sei não, mas mudar à última hora é complicado. Eu, de qualquer maneira, vou ter de varar a noite. Mas acho que podemos bater um papo aqui mesmo... Minha dúvida é quanto ao peculato com co-autoria ou participação, mesmo para aqueles que não são funcionários públicos ou não tinham a posse direita do dinheiro.

12:48 Cármen Lúcia: Exatamente, também acho que há dificuldade, mas não dá mais para o que eu cogitei e lhe falei.... realmente, ou fica todo mundo ou sai todo mundo...

Cármen Lúcia manda mensagem para Eduardo Silva Toledo (assessor de Pertence)

Cármen Lúcia: Dudu, como estão as coisas aí?

Eduardo: Está tudo bem. Estamos tentando conseguir o voto do ministro Peluso no HC 84223. A taquigrafia não tem o voto e, se a senhora entender conveniente, podemos pedir no gabinete do ministro (ilegível) de qualquer maneira, já temos o áudio.

“Vamos ficar firmes”: Lewandowski conversa com assessor Davi de Paiva Costa. Volta a dizer que o procurador o impressiona e se mostra em dúvida sobre a decisão tomada anteriormente de não aceitar a acusação de peculato contra denunciados não eram funcionários públicos à época ou não eram donos do dinheiro que circulou pelo valerioduto. Mas decide não fazer qualquer alteração.

12:27 Lewandowski: Davi, a imputação da infração do artigo1º, VII, lavagem de dinheiro oriundo do crime praticado por organização criminosa, creio que poderá subsistir. Verifique por favor.

12:40 Lewandowski: Davi, se você tiver algum material, por favor mande-me depois do almoço, colocando-o no pen drive que eu vou lhe mandar. Vou trabalhar durante as sustentações orais, à tarde e à noite à medida que você for coletando o material vai me mandando. Grato.

12:41 Davi: de acordo, ministro

12:51 Lewandowski: Davi, a sustentação do PGR impressiona. Você continua achando que a acusação de peculato não se sustenta contra aqueles que não são funcionários públicos e não tinham a posse direta do dinheiro, mesmo em co-autoria?

12:52 Davi: minha impressão é que não há provas nos autos de autoria intelectual. Posso, porém, minutar o voto em sentido contrário...

12:52 Lewandowski: Não, vamos ficar firmes nesse aspecto. Manifestei apenas uma dúvida.

Eram quase 16 horas quando Lewandowski manda mensagem para Cármen Lúcia. Falam da nomeação do próximo ministro do STF, que possivelmente será o ministro do STJ Carlos Alberto Direito.

15:45 Cármen Lúcia: Lewandowski, uma pessoa do STJ (depois lhe nomeio) ligou e disse (...) para me dar a notícia do nomeado (não em nome dele, como é óbvio) (...) mas a resposta foi que lá estão dizendo que os atos sairiam casados (aposent. e nom.) e que haveria uma (...) de posse na sala da Professora e, depois, uma festa formal por causa (...) Ela (a que telefonou) é casada com alguém influente.

Lewandowski: Que loucura então comigo foi jogo de cena, comenta ele (...)

Lewandowski: Cármen, se acontecer o tal jantar, então, será só para tomar um bom vinho pois pelo jeito nós não somos interlocutores de peso.

Cármen Lúcia: De peso físico não, mas de peso funcional (especialmente pela perspectiva) deveriam nos respeitar um pouco mais... O Cupido (sentado ao lado da ministra estava o ministro Eros Grau) acaba de afirmar aqui do lado que não vai aceitar nada (ilegível)

Lewandowski: Desculpe, mas estou na mesma, será que estamos falando da mesma coisa?

Cármen Lúcia: vou repetir: me foi dito pelo Cupido que vai votar pela não recebimento da den. Entendeu?

Lewandowski: Ah, agora sim. Isso só corrobora que houve uma torça. Isso quer dizer que o resultado desse julgamento era realmente importante (cai a conexão)

Cármen Lúcia: e quando eu disse isso a você, há duas semanas, v. disse que o Reitor não poderia estar dando (...)

Lewandowski: Interessante, não foi a impressão que tive na semana passada. Sabia que a coisa era importante, mas não que valia tanto.

Lewandowski: Bem, então é aderir ao ditado: “morto o rei, via o rei”!

Cármen Lúcia: Não sei, Lewandowski, temos ainda três anos de “domínio possível do grupo”, estamos com problema na turma por causa do novo chefe, vai ficar (ilegível) e não apenas para mim e para v. principalmente para mim, mas também acho, para os outros (Carlos e J.). Esse vai dar um salto social agora com esse julgamento e o Carlinhos está em lua-de-mel com os dois aqui do lado.

Cármen Lúcia: não liga para a minha casmurrice, é que estou muito amolada por ter acontecido (ilegível) passados para trás e tratados com pouco caso. Depois passa.

Revista Consultor Jurídico, 23 de agosto de 2007


Origem

sexta-feira, novembro 24, 2006

Relatório da CPI do tráfico de armas inclui projeto que tipifica o crime organizado

Fonte:





21/11/2006 22h52

O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) apresentou hoje (21) o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar o tráfico de armas. O texto, que será votado no dia 29, tem o objetivo de responder às constatações sobre a entrada no país de armas e munições "em volume suficiente para permitir a construção de arsenais utilizados para viabilizar o poder de fogo das organizações criminosas".

Para o relator, o mais importante dos 16 projetos de lei contidos no documento é o que tipifica o crime organizado no país e estabelece normas para a investigação e o julgamento. "Nós temos hoje um crime organizado que é muito mais complexo e novo, mas as ferramentas para enfrentá-lo são ainda as de quando o crime é eventual, comum, e não como empresa criminosa", disse. Segundo Pimenta, é necessária uma legislação que dê condições para a polícia, o Ministério Público, o Poder Judiciário e o sistema penitenciário tratarem o criminoso de maneira diferenciada.

Outros projetos destacados foram: estabelecer condições para a entrevista reservada do preso com seu advogado; determinar a instalação de sistemas de rastreamento de sinais eletromagnéticos em penitenciárias; tornar hediondo o crime de homicídio de policiais e de agentes penitenciários; e transferir a competência para a fiscalização dos clubes de tiro e o comércio de armas e munições, do Comando do Exército para a Polícia Federal.

Paulo Pimenta lembrou que desde a instalação, em 16 de março de 2005, a CPI acompanhou 31 operações policiais em vários estados. O relatório aponta a apreensão de 281 armas longas, sendo 126 de fabricação estrangeira e 67, de fabricação nacional. Das 450 armas curtas, 245 são fabricadas no exterior e 107, no Brasil. Em relação às munições, foram apreendidas 1.276.149. A rota de entrada das armas e munições inclui Paraguai, Argentina, Uruguai e Venezuela.

Segundo o relator, as maiores apreensões ocorreram no Rio de Janeiro e em São Paulo, e a cada ano o número de pistolas é maior que o de revólveres. "Se nós tivermos condições de colocar as alterações legislativas e as indicações propostas, reduziremos de maneira significativa a ocorrência desse tipo de crime no país", acrescentou.

O relatório indicia 16 pessoas, entre advogados, presidiários, um tenente-coronel, um policial civil e médicos. Essas pessoas, explicou o deputado, "foram identificadas pela CPI como responsáveis por determinado crime", e até o dia 29 ainda haverá uma posição definitiva a respeito dos indiciamentos.

Fonte: Agência Brasil


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